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Saúde

HPV e Câncer: pesquisa revela desinformação de brasileiras

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Levantamento do Grupo EVA e Instituto Locomotiva revela que 57% das mulheres não sabem que o HPV é a principal causa do câncer de colo do útero, uma doença que mata 19 brasileiras por dia

Uma pesquisa inédita realizada pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), em parceria com o Instituto Locomotiva, aponta um grave cenário de desinformação no Brasil sobre a relação entre o vírus HPV e o câncer de colo do útero. O levantamento, intitulado Percepção das Brasileiras sobre Tumores Ginecológicos e Práticas de Prevenção, entrevistou 831 mulheres entre 18 e 45 anos, abrangendo todas as classes sociais e regiões do país. O dado mais alarmante é que 57% das entrevistadas desconhecem que o HPV é o principal agente causador da doença.

A falta de conhecimento sobre o tema é uma preocupação, uma vez que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o HPV seja responsável por 99% dos casos de câncer de colo do útero. Em 2025, a previsão é que o Brasil registre cerca de 17 mil novos diagnósticos, resultando em uma média de 19 mortes diárias.

Lacunas na Prevenção e Impacto das Fake News

Além da desinformação sobre a causa do câncer, a pesquisa revela deficiências nas práticas de prevenção. A análise dos dados mostrou que:

  • 42% das mulheres não tomaram ou não se lembram de ter se vacinado contra o vírus HPV.
  • 29% desconhecem a função do exame de Papanicolau, um método crucial de detecção precoce.
  • 49% não sabem para que serve o exame de DNA-HPV, um teste mais recente para identificar o vírus.

A Dra. Andréa Paiva Gadelha Guimarães, presidente do Grupo EVA, alertou para o impacto das notícias falsas na saúde pública. “A pesquisa mostrou a necessidade do acesso à informação científica e de origem confiável, para que as pessoas entendam a importância da vacina e dos exames regulares”, afirmou. A especialista destacou que, embora a informação seja fundamental, nem sempre ela se traduz em uma mudança imediata de comportamento. O desafio, segundo ela, é promover ações de apoio que ajudem a conscientizar as mulheres sobre a importância dos cuidados com a própria saúde.

Agenda de Conscientização e Debates

Em resposta a esses dados, a divulgação do estudo antecede o “Setembro em Flor”, uma campanha nacional criada pelo Grupo EVA em 2021 para marcar o mês internacional de conscientização sobre os cânceres ginecológicos. O símbolo da iniciativa, uma flor com pétalas coloridas, representa os diferentes tipos de tumores: colo uterino, corpo uterino, ovário, vulva e vagina.

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Como parte das atividades da campanha, o Congresso Nacional, em Brasília, será iluminado no dia 16 de setembro com as cores da iniciativa. Além disso, o mês será palco para eventos de debate científico e político:

  • Simpósio Internacional EVA: Realizado entre os dias 11 e 13 de setembro, em São Paulo, o simpósio reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir os avanços mais recentes em diagnóstico, prevenção e tratamento de tumores ginecológicos.
  • Fórum de Conscientização e Políticas Públicas: No dia 16 de setembro, em Brasília, o Salão Nobre da Câmara dos Deputados será o palco de um encontro para debater estratégias de enfrentamento da doença. O fórum vai reunir representantes da sociedade civil, parlamentares e profissionais de saúde para discutir o fortalecimento de políticas públicas que possam ampliar o acesso a vacinas, exames e tratamentos adequados.

As iniciativas visam não apenas informar, mas também influenciar as políticas públicas de saúde. A missão do Grupo EVA é promover a educação, a pesquisa e o ensino em câncer ginecológico, defendendo os direitos dos pacientes e colaborando com outras associações para um controle mais efetivo da doença no Brasil.


Com informações: Grupo EVA / circularcomunicacao.com

 

 

Saúde

Tanorexia: o vício do bronze que transforma a busca pelo “glow perfeito” em risco de câncer de pele

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Um novo estudo genético, publicado na revista Nature, sequenciou os genomas de 28 indivíduos que viveram no sul da África e descobriu que as populações permaneceram isoladas por cerca de 100 mil anos. A análise indica que a composição genética dessas populações ancestrais é drasticamente diferente da observada nos humanos modernos e “fica fora da faixa de variação genética” atual. A descoberta sugere que o isolamento geográfico, possivelmente devido a condições desfavoráveis na região do rio Zambeze, permitiu uma evolução genética única na ponta sul do continente

Com a chegada do verão e a campanha Dezembro Laranja de prevenção ao câncer de pele, cresce no Brasil o fenômeno da tanorexia, um comportamento de obsessão e vício em manter a pele sempre bronzeada, muitas vezes a qualquer custo e com exposição excessiva ao sol.

Distorção de Imagem e Risco de Câncer ⚠️

A dermatologista Denise Ozores explica que a tanorexia é uma distorção da imagem corporal, na qual a pessoa nunca se sente bronzeada o suficiente, chegando a se ver pálida mesmo quando já está com a pele queimada.

  • Comportamento Compulsivo: Pessoas com tanorexia recorrem a horas seguidas de exposição ao sol, bronzeamentos improvisados ou procedimentos clandestinos para tentar corrigir o incômodo de se verem “clara demais”.

  • Pressão Social: A lógica das redes sociais, onde a pele dourada é frequentemente associada a status, saúde e beleza, cria uma pressão para alcançar o “glow perfeito”, levando muitos a ignorar os riscos.

  • Câncer da Vaidade: O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, e sua principal causa é a exposição excessiva e desprotegida à radiação ultravioleta. A dermatologista alerta que o câncer de pele tem se tornado o “câncer da vaidade”, com pacientes arriscando a saúde para evitar aparecer “brancos” em fotos de fim de ano.

Redefinindo a Beleza no Verão ☀️

Denise Ozores defende a necessidade de ressignificar a ideia de “pele bonita”, promovendo a estética natural e individualizada, onde cada pessoa valoriza sua própria cor e textura.

Para curtir o verão com segurança e preservar a saúde da pele, a especialista recomenda:

  • Uso de protetor solar diário com reaplicação frequente.

  • Busca por sombra e uso de chapéu.

  • Respeito aos horários seguros de exposição solar.

  • Estabelecimento de limites reais na busca pelo bronzeamento.


Com informações: CO – Assessoria (Cacau Oliver)

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Saúde

Latrofobia e Dentofobia: O medo de ir ao médico ou dentista tem explicação científica e pode ser superado

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O medo intenso e irracional de ir ao médico (iatrofobia) ou ao dentista (dentofobia) é um fenômeno comum, enraizado em respostas psicológicas e fisiológicas, e não deve ser encarado como “frescura”. Gatilhos como o medo do desconhecido (más notícias), a síndrome do jaleco branco (elevação da pressão arterial em ambiente clínico) e a antecipação da dor ou invasão ativam o instinto de luta ou fuga. Especialistas recomendam o uso de estratégias comportamentais e mentais para retomar o controle da situação, como o estabelecimento de um “sinal de pare” com o profissional e o uso de técnicas de respiração para acalmar o sistema nervoso.

O medo de frequentar consultórios médicos ou odontológicos é uma ansiedade real e paralisante para muitas pessoas. Quando esse medo se torna excessivo e irracional, ele é classificado como iatrofobia (medo de médicos) ou dentofobia (medo de dentistas), condições que levam muitos pacientes a adiar cuidados essenciais de saúde.


Gatilhos do Medo e Respostas Psicológicas 🧠

A ciência identifica que a ansiedade no ambiente clínico é uma resposta fisiológica e psicológica real, muitas vezes ligada a mecanismos de defesa:

  • Medo de Más Notícias: O receio de descobrir uma doença grave ou de ser julgado pelos hábitos de vida faz com que a pessoa evite a consulta, seguindo a lógica prejudicial de “quem procura, acha”.

  • Síndrome do Jaleco Branco: O ambiente clínico em si eleva o estresse, causando um aumento na pressão arterial que não ocorre em casa, criando um ciclo vicioso de ansiedade antes da consulta.

  • Antecipação da Dor: A simples antecipação de procedimentos invasivos ativa áreas do cérebro ligadas à ameaça, desencadeando o instinto primitivo de luta ou fuga, mesmo para um exame de rotina.

Estratégias para Retomar o Controle ✅

Entender que o medo tem fundamento biológico é o primeiro passo. O segundo é adotar estratégias práticas para tornar a experiência menos traumática:

Estratégia Objetivo
Estabelecer um “Sinal de Pare” Devolver a sensação de controle ao paciente, combinando um gesto para interromper o procedimento a qualquer momento.
Hackear o Sistema Nervoso Utilizar técnicas de respiração (ex: 4-7-8: inspirar em 4s, segurar em 7s, soltar em 8s) para forçar o corpo a sair do estado de alerta.
Evitar Ruminação Antecipada Marcar a consulta para o primeiro horário da manhã, minimizando o tempo de ansiedade e preocupação.
Bloquear Gatilhos Sensoriais Usar fones de ouvido com cancelamento de ruído para abafar sons estressantes (como o motorzinho do dentista).
Jogar Limpo com o Profissional Informar sobre o medo logo no início, garantindo que o médico ou dentista seja mais paciente e explicativo durante o atendimento.

Com informações: Olhar Digital

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Brasil

Ministério da Saúde prioriza acesso a medicamentos de longa duração contra o HIV e pressiona por transferência de tecnologia

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O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou no Dia Mundial de Luta contra a Aids que o acesso a novas tecnologias de prevenção é prioridade, citando a demanda pela incorporação do lenacapavir no SUS. O medicamento, um injetável de longa duração (aplicação a cada seis meses) para PrEP, é decisivo para populações vulneráveis e está pendente de registro sanitário. O Brasil, que registrou queda de 13% nas mortes por aids (abaixo de 10 mil pela primeira vez em três décadas) e cumpriu duas das três metas globais 95-95-95, pressiona a farmacêutica Gilead por transferência de tecnologia devido ao preço “impraticável” do produto

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a prioridade da pasta em garantir o acesso a novas estratégias e tecnologias de prevenção contra o HIV/Aids, em celebração ao Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro). A principal demanda é pela incorporação de medicamentos de longa duração no Sistema Único de Saúde (SUS), como o lenacapavir.

Novo Paradigma na Prevenção: Lenacapavir 💉

O medicamento em foco é o lenacapavir, da farmacêutica Gilead, uma formulação injetável de longa duração para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV, que requer aplicação a cada seis meses.

  • Vantagens: O lenacapavir poderá substituir o uso diário de comprimidos da PrEP oral, melhorando a eficácia e a adesão de populações vulneráveis e jovens que têm dificuldade em seguir o regime diário. Estudos clínicos indicaram altíssimos índices de eficiência.

  • Diálogo por Tecnologia: Padilha confirmou que o Ministério está dialogando e quer participar da transferência de tecnologia do produto para o Brasil, pois o preço praticado pela empresa no exterior (mais de US$ 28 mil por pessoa ao ano nos EUA) é considerado “absolutamente impraticável para programas de saúde pública”.

  • Pressão por Genérico: O Brasil ficou de fora de uma versão genérica do medicamento anunciada para 120 países de baixa renda. A Articulação Nacional de Luta contra a Aids reivindicou que, se não houver avanço em acordos de transferência, o governo deve considerar o licenciamento compulsório (quebra de patente).

Avanços na Resposta Brasileira ao HIV 🇧🇷

O Brasil apresentou avanços significativos na política de HIV/Aids, que agora inclui a oferta gratuita de PrEP, PEP (profilaxia pós-exposição) e terapia antirretroviral.

  • Metas Globais: O país cumpriu duas das três metas globais 95-95-95 (95% das pessoas vivendo com HIV conheçam o diagnóstico; 95% das diagnosticadas estejam em tratamento; e 95% das tratadas alcancem supressão viral).

  • Queda nas Mortes: O boletim epidemiológico mais recente mostrou uma queda de 13% no número de óbitos por aids entre 2023 e 2024, caindo para 9,1 mil mortes em 2024. É a primeira vez em três décadas que o número ficou abaixo de 10 mil.

  • Eliminação da Transmissão Vertical: O Ministro anunciou a expectativa de que o Brasil receba, em dezembro, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) pela eliminação da transmissão vertical do HIV (de mãe para bebê) como problema de saúde pública, sendo o maior país do mundo a alcançar esse patamar.


Com informações: Agência Brasil

 

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