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Tecnologia

O Ecossistema dos Robôs: Automações Corporativas começam a “Conversar”

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Com o avanço do RPA e da Inteligência Artificial, os robôs digitais nas empresas deixaram de ser ferramentas isoladas e passaram a formar redes inteligentes. Esse ecossistema conversacional permite o compartilhamento de informações em tempo real e a coordenação autônoma de fluxos de trabalho

A automação corporativa está passando por uma grande transformação. Durante muito tempo, os robôs digitais (bots) atuavam de forma isolada, executando tarefas pontuais — um transferia dados, outro gerava relatórios. Esse cenário está mudando rapidamente com a combinação de RPA (Automação Robótica de Processos), Inteligência Artificial (IA) e plataformas integradas.

Agora, os robôs estão começando a “conversar” entre si, compartilhando informações e coordenando processos em tempo real. O resultado é o surgimento de um verdadeiro ecossistema de automações corporativas, onde as máquinas formam redes inteligentes.

Acelerando o Mercado

Esse salto é um movimento claro de mercado. O setor global de RPA, avaliado em US$ 18,18 bilhões em 2024, deve ultrapassar US$ 22 bilhões em 2025. A projeção da Fortune Business Insights indica que esse número pode saltar para US$ 72 bilhões até 2032, impulsionado pela corrida para automatizar não apenas tarefas, mas também as conexões entre elas.

Na prática, essa capacidade de diálogo digital permite fluxos de trabalho fluidos. Por exemplo, um bot extrai dados financeiros e os repassa instantaneamente para outro bot, que consolida as informações e, em seguida, aciona uma IA para redigir um relatório completo e acessível. Tudo isso ocorre sem intervenção humana e sem ruídos.

Aplicações práticas já estão sendo testadas em hospitais, onde softwares permitem que robôs de entrega negociem rotas entre si para evitar bloqueios e otimizar o tempo de serviço.

O Novo Papel Humano

O avanço dos robôs conversacionais não implica a substituição dos profissionais, mas uma redefinição de seu papel. Com as máquinas assumindo a velocidade e precisão na coordenação dos processos, os humanos podem se dedicar a funções insubstituíveis, como:

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  • Criatividade e inovação.
  • Análise crítica e tomada de decisão estratégica.
  • Empatia e gestão complexa de pessoas.

Em essência, a visão e a estratégia permanecem com as pessoas, enquanto a execução repetitiva fica a cargo das automações.

Desafios de Governança

Embora o ecossistema conversacional traga eficiência, ele também impõe desafios significativos de governança, ética e segurança.

Quando as automações começam a dialogar e tomar decisões em conjunto, é fundamental estabelecer limites claros: quais processos podem ser totalmente autônomos, quais exigem intervenção humana e como garantir que todo esse poder tecnológico sirva aos objetivos do negócio e ao bem-estar das pessoas.


Fonte: Renan Salinas

 

Brasil

Relatório da Abin alerta que interferência externa é elemento estrutural na geopolítica e risco ampliado para o Brasil em 2026

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O relatório “Desafios de Inteligência – 2026”, da Abin, descreve um cenário onde a interferência externa deixou de ser excepcional e passou a ser um elemento estrutural da disputa geopolítica, operando de forma contínua em múltiplos eixos: ambiente digital, eleições de 2026, cadeias econômicas e disputa por recursos estratégicos na Amazônia. A agência alerta que a dependência brasileira de big techs e infraestruturas digitais estrangeiras compromete a soberania informacional e cria vulnerabilidades capazes de afetar as decisões internas do país.

O relatório “Desafios de Inteligência – 2026” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sustenta que atores transnacionais, empresas de tecnologia e Estados estão moldando processos políticos e econômicos brasileiros sem a necessidade de ações clássicas de ingerência, usando algoritmos, pressão econômica e disputa narrativa.


Risco Ampliado nas Eleições de 2026 e Soberania Digital 🗳️

A Abin alerta que a possibilidade de interferência externa no processo eleitoral brasileiro é um fator de risco que não pode ser subestimado.

  • Vulnerabilidade Digital: A centralização de dados sensíveis em infraestrutura privada estrangeira sujeita o Brasil a legislações de outros países, criando um risco estratégico. A agência afirma que a assimetria entre Estados e plataformas digitais condiciona decisões públicas a critérios comerciais alheios ao interesse nacional.

  • Guerra Cognitiva e IA: O documento alerta para a guerra cognitiva (uso de desinformação e algoritmos para dividir sociedades) e para o uso de Inteligência Artificial (IA), que reduz as barreiras para a criação de conteúdos falsificados com alto grau de verossimilhança.

  • Risco Eleitoral: A combinação de ambientes digitais não regulados, plataformas transnacionais e IA cria condições inéditas para manipulação de percepção pública em larga escala, potencializando os riscos de instabilidade nas eleições de 2026.

Amazônia e Pressões Geopolíticas 🏞️

O relatório dedica atenção à Amazônia como alvo estratégico de influências externas, onde o discurso ambiental é frequentemente instrumentalizado.

  • Contestação e Governança: A crescente internacionalização do discurso ambiental abre brechas para a contestação de políticas domésticas e para tentativas de impor padrões externos de governança sobre o território brasileiro.

  • Influência Disfarçada: A presença de organizações transnacionais em áreas sensíveis e a baixa capacidade estatal criam oportunidades para operações de influência que se apresentam como cooperação ambiental, mas carregam objetivos geopolíticos mais amplos, explorando pressões ambientais para justificar interferências indiretas.

Vulnerabilidade Econômica e Dependência Tecnológica 💲

A Abin reforça que a disputa econômica global é um instrumento relevante de interferência, onde sanções, tarifas e restrições comerciais assumem o papel de pressão política.

  • Exposição Brasileira: O Brasil, por ser altamente dependente de importações tecnológicas e exportações de commodities, torna-se vulnerável a retaliações que visam influenciar decisões políticas internas.

  • Risco nas Cadeias: A capacidade de uma potência estrangeira de interromper cadeias críticas (como semicondutores e fertilizantes) pode produzir efeitos socioeconômicos imediatos, impactando a estabilidade política interna.

A Abin conclui que a interferência externa não é mais episódica e o Brasil deve reforçar mecanismos de defesa cibernética, proteger o processo eleitoral e reduzir as dependências tecnológicas e econômicas para proteger sua soberania.


Com informações: ICL Notícias

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Mundo

Inteligência Artificial: Mistral Lança Novos Modelos e Acelera Competição Global na Europa

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🚀 Startup francesa de IA revela modelos multimodais de código aberto e compactos, o Mistral 3. A empresa, avaliada em quase 12 bilhões de euros, busca acompanhar gigantes globais, impulsionar o mercado europeu e oferecer soluções de inteligência distribuída e baixo custo.

Mistral Reforça Presença Europeia com Lançamento de Modelos de IA

A startup francesa Mistral, especializada em inteligência artificial (IA), anunciou o lançamento de um novo conjunto de modelos de IA, fortalecendo sua posição no mercado europeu e intensificando a competição com empresas globais como Google, OpenAI e DeepSeek. O objetivo da empresa é expandir suas aplicações comerciais e tecnológicas, consolidando-se como uma das startups mais promissoras da Europa, com uma avaliação que se aproxima de 12 bilhões de euros (cerca de R$ 69,5 bilhões, conforme conversão citada).

O anúncio ocorre após a Mistral fechar um acordo estratégico com o banco HSBC, demonstrando a aplicação prática de suas tecnologias no setor financeiro.

Modelos de IA: Robustez e Compactação para Diversas Aplicações

A Mistral apresentou duas categorias principais de modelos, visando atender a um amplo espectro de necessidades tecnológicas:

Modelo Grande Multimodal

A startup revelou o que descreveu como o “melhor modelo multimodal e multilíngue de código aberto do mundo”. Este modelo robusto é indicado para demandas de alto desempenho e complexidade, incluindo:

  • Assistentes de IA avançados.

  • Sistemas de recuperação aumentada.

  • Pesquisas científicas e complexas.

  • Fluxos de trabalho corporativos de grande escala.

Modelo Compacto – O Mistral 3

Em contraponto aos modelos de grande escala, a Mistral lançou o Mistral 3, um modelo pequeno projetado para ser executado diretamente em dispositivos de borda (edge devices). Essa característica permite a implantação da IA em uma vasta gama de equipamentos, como:

  • Drones e veículos autônomos (carros).

  • Robôs.

  • Laptops e smartphones.

A empresa destaca que os modelos pequenos oferecem vantagens significativas para a maioria das aplicações do mundo real, defendendo que a próxima geração de IA será mais inteligente, rápida e aberta.

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  • Vantagens Operacionais: Os modelos compactos proporcionam menor custo de inferência e latência reduzida.

  • Desempenho Segmentado: Permitem desempenho específico e otimizado para tarefas e fluxos de trabalho definidos.

  • Implantação Acessível: Podem ser implantados em uma única GPU, agilizando as operações e ampliando a disponibilidade da IA para cenários desconectados ou locais.

Capital Bilionário e Expansão Estratégica

Fundada em 2023, a Mistral consolidou seu crescimento por meio de aportes financeiros significativos. A startup arrecadou 1,7 bilhão de euros (aproximadamente R$ 9,8 bilhões) em sua rodada de financiamento mais recente, que contou com a participação de investidores importantes como a fabricante de chips holandesa ASML e a Nvidia. Esse investimento impulsionou a avaliação da empresa para 11,7 bilhões de euros.

O CEO da Mistral afirmou que o investimento reforça a capacidade da empresa de agregar valor à indústria de semicondutores e consolidar suas operações comerciais. A startup já firmou contratos de centenas de milhões de dólares, incluindo o acordo com o HSBC, que utilizará os modelos da Mistral em tarefas como análises financeiras e traduções.

A estratégia da Mistral envolve, ainda, a avaliação de potenciais fusões e aquisições (M&A) como forma de acelerar seu crescimento e fortalecer sua posição na Europa, em um momento em que concorrentes dos Estados Unidos, como OpenAI e Anthropic, também expandem suas operações no continente. A Mistral aposta em uma era de inteligência distribuída, combinando modelos robustos e compactos para garantir competitividade global e provar a força da inovação europeia em IA.


Com Informações de: Olhar Digital

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Brasil

Evento Conecta PretaLab promove inclusão de mulheres negras no debate e uso prático da inteligência artificial

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O evento Conecta PretaLab, do Olabi, com abertura nesta terça-feira (2) no Sesc Pompeia, em São Paulo, oferecerá oficinas práticas e rodas de conversa para ensinar mulheres negras a usar a inteligência artificial (IA) no cotidiano, trabalho e estudos. O objetivo é promover o acesso, a autonomia e a participação dessas mulheres nas decisões sobre o futuro da IA, combatendo a desigualdade no acesso à tecnologia, que, segundo a codiretora do Olabi, Silvana Bahia, tende a excluir grupos historicamente marginalizados. A abertura contará com a mesa “Inteligência artificial e justiça social“, com a participação de Jurema Werneck (Anistia Internacional Brasil) e Mayara Ferrão.

O evento Conecta PretaLab, uma iniciativa do Olabi, será realizado no Sesc Pompeia, em São Paulo, com o objetivo de democratizar o acesso e o conhecimento sobre Inteligência Artificial (IA) para mulheres negras.


Inclusão e Autonomia na IA 💡

O projeto parte da premissa de que mulheres negras precisam estar no centro da conversa sobre inteligência artificial, não apenas como usuárias, mas como criadoras e participantes das decisões sobre o futuro da tecnologia.

  • Desigualdade de Acesso: A codiretora do Olabi, Silvana Bahia, destacou que o acesso real à IA é desigual, concentrando-se em pessoas com familiaridade digital, boa conexão e condições materiais, deixando mulheres negras, pessoas periféricas e grupos historicamente excluídos para trás.

  • Reprodução de Desigualdades: Silvana ressaltou que a IA, sendo construída a partir de dados e prioridades definidas por grupos restritos, tende a reproduzir as mesmas desigualdades que já marcam o país, e a ausência dessas mulheres na construção das tecnologias resulta em impactos negativos ainda mais intensos sobre elas.

Programação e Oficinas Práticas 💻

O evento oferece oficinas práticas, rodas de conversa e debates para facilitar o primeiro contato com essas ferramentas.

  • Abertura: A abertura do Conecta, na terça-feira (2), às 19h, terá a mesa “Inteligência artificial e justiça social“, com a participação de Jurema Werneck (diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil), Mayara Ferrão (artista visual) e Silvana Bahia (Olabi).

  • Temas das Oficinas: Nos dias 6 e 7 de dezembro, as facilitadoras, muitas delas formadas pelo próprio PretaLab, apresentarão ferramentas de IA que auxiliam a montar currículos, organizar planilhas, revisar textos, criar artes para pequenos negócios, estudar para provas e planejar finanças, de forma simples e acessível.


Com informações: Agência Brasil

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