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Distrito Federal

Restaurantes comunitários vão oferecer três refeições diárias para população em situação de rua

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Medida terá início na próxima semana em todas as unidades do DF; em entrevista, secretária de Desenvolvimento Social detalha ações para esse público, desde alimentação até acolhimento

A partir da próxima semana, os 16 restaurantes comunitários vão ofertar gratuitamente todas as refeições para pessoas em situação de rua. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (6) pela secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Desde 2020, esse público, acompanhado das equipes de Abordagem Social, já tinha garantia do almoço nos equipamentos. Com o decreto do governador Ibaneis Rocha, publicado recentemente, os restaurantes também passam a oferecer café da manhã e jantar, conforme capacidade de atendimento de cada unidade.

“O governador assinou decreto e nós teremos, agora, a oferta do café da manhã, almoço e jantar. A partir da semana que vem, o decreto começa a ser aplicado na prática em todos os 16 restaurantes comunitários”, disse a secretária Ana Paula Marra (à esquerda) | Foto: Divulgação/Sedes

Hoje, são quatro os restaurantes comunitários que têm jantar: Arniqueira, Sol Nascente/Pôr do Sol, Planaltina e Recanto das Emas. Em entrevista ao CB Poder, do jornal Correio Braziliense, nesta segunda, Ana Paula Marra reforça que a Sedes estava em processo de adequação dos contratos com as empresas terceirizadas para garantir o serviço em todos os equipamentos.

“Nós assumimos a gestão da secretaria em 2020, e sempre houve uma preocupação sobre como ficariam as pessoas em situação de rua naquele momento de pandemia, com tudo fechado. Os restaurantes comunitários mantiveram a oferta de refeições, por meio de marmitas, sem aglomeração. Desde esse período, nós incluímos a população que vive nas ruas, de forma gratuita. Isso ficou em vigor até o momento porque nós percebemos essa necessidade”, explica. “O governador assinou decreto e nós teremos, agora, a oferta do café da manhã, almoço e jantar. A partir da semana que vem, o decreto começa a ser aplicado na prática em todos os 16 restaurantes comunitários”.

Atualmente, quatro restaurantes comunitários oferecem jantar: Arniqueira, Sol Nascente/Pôr do Sol, Planaltina e Recanto das Emas. Oferta chegará às 16 unidades do DF | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A secretária de Desenvolvimento Social, também destacou na entrevista a inclusão da modalidade pernoite no edital de chamamento público com duas mil novas vagas de acolhimento institucional.

“Na pandemia, quando todos estavam em isolamento social, nós construímos dois alojamentos temporários, um no Autódromo e outro no estacionamento do estádio do Abadião, em Ceilândia, de forma emergencial. Eram 200 vagas em cada um e teve grande adesão. Foi quando começamos a pensar nessa possibilidade. O pernoite vem para trazer essa dignidade noturna. A pessoa vão chegar às 19h e ficar até às 7h, e terão direito a um jantar, uma cama, tomar banho, colocar uma roupa limpa, dormir longe do frio, poderão acordar e continuar suas atividades da forma que eles quiserem”, pontua a gestora.

“É uma novidade, é a primeira vez que vamos implementar de forma permanente. Colocamos no edital 200 vagas inicialmente para ver como será essa adesão das pessoas em situação de rua. Enquanto em uma casa de passagem são, no máximo, 50 pessoas, na modalidade pernoite, justamente pela rotatividade, nós vamos ter de 50 a 200 pessoas no local. Isso tudo vai variar de acordo com a entidade que vai assumir o serviço”, ressalta.

Audiência pública

Para esclarecer as organizações da sociedade civil (OSC) e a população, Ana Paula Marra finalizou a entrevista ao CB Poder com um convite: “Nesta terça, das 10h às 12h, teremos uma audiência pública virtual onde todas as entidades sociais interessadas em participar do edital de acolhimento de pessoas em situação de rua e também do pernoite poderão tirar as suas dúvidas. Este será o momento de esclarecer ponto a ponto o que está no edital, porque quanto maior a participação, melhor o serviço”, enfatiza.

A audiência pública será realizada nesta terça-feira (7) pela plataforma Zoom, neste link.

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Fato Novo com informações: Sedes e Agência Brasília

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1 Comment

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Distrito Federal

Agências do trabalhador têm 849 vagas abertas nesta quinta-feira (12)

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Oportunidades são para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência; salários chegam a R$ 3,4 mil

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta quinta-feira (12), 849 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 3,4 mil.

Dois postos oferecem a remuneração mais alta: serralheiro e soldador, ambos em Ceilândia. Há uma vaga aberta para cada um deles. Nos dois casos, não há exigência de escolaridade mínima nem de experiência prévia.

Já o cargo com mais vagas abertas é o de auxiliar de limpeza, no Guará. São 60 oportunidades, todas exclusivas para pessoas com deficiência. É preciso ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência. O salário é de R$ 1.629,62.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).


*Agência Brasília

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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Distrito Federal

“Prova DF” avalia mais de 58 mil estudantes da rede pública

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Primeira edição do exame abrange alunos dos anos iniciais do ensino fundamental; objetivo é diagnosticar o desempenho dos alunos em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem

A Secretaria de Educação (SEEDF) mobilizou 246 instituições educacionais públicas para a aplicação da Prova DF 2024, que teve início na última quinta-feira (5) e segue até esta sexta (13). A avaliação integra a implementação do Sistema Permanente de Avaliação Educacional do Distrito Federal (SipaeDF), com o objetivo de diagnosticar o desempenho dos estudantes da rede pública em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem.

Essa é a primeira edição da avaliação, voltada para estudantes do 2º e 5º anos do ensino fundamental, e envolve 2.949 turmas e 58.541 alunos. Os participantes serão avaliados em língua portuguesa e matemática. “A Prova DF é uma ferramenta essencial para monitorar a qualidade da educação básica e identificar áreas que precisam de intervenção para melhorar os indicadores educacionais do Distrito Federal”, resumiu a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Franciscleide Rodrigues Ferreira.

“A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”

Maria Luzineide Ribeiro, diretora de Avaliação da SEEDF

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A chefe da Unidade de Planejamento da Oferta, Supervisão e Avaliação Educacional, Vanessa Arruda, ressaltou que os dados obtidos a partir da Prova DF são indispensáveis para um diagnóstico preciso das necessidades educacionais.

“Eles permitem a continuidade de um monitoramento mais robusto e a implementação de políticas voltadas à superação dos desafios do cenário educacional; além disso, esses dados contribuirão para a composição do Índice de Qualidade da Educação do Distrito Federal”, ressaltou.

Para a diretora de Avaliação, Maria Luzineide Ribeiro, o sistema coloca o Distrito Federal entre as unidades da Federação com instrumentos próprios de avaliação educacional. “A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”, explicou.

Sobre a Prova DF 

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