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Distrito Federal

Curso de formação de 1,2 mil PMs começará em setembro, diz comandante

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Ana Paula Habka

A comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Habka, falou ao Metrópoles sobre concurso, feminicídio, saúde do policial e infraestrutura

A comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Ana Paula Habka, disse, em entrevista ao Metrópoles, que o curso de formação de 1,2 mil novos policiais começará em setembro de 2024.

Habka informou que a corporação está adaptando a escola para receber os mais de mil aprovados no concurso para a PMDF. A formação dura aproximadamente oito meses.


“Eu não vou te dizer que é o ideal, mas a gente está adaptando a nossa escola para receber [os 1,2 mil futuros policiais militares], porque o governador foi muito sensível. Eu expliquei para ele a situação que a gente enfrenta hoje do déficit de efetivo na corporação e ele concordou. Perguntou se eu teria capacidade de formar 1,2 mil de uma vez só e eu falei que sim”, disse a comandante-geral da PMDF.


“Então, a gente está fazendo adaptação na escola porque tem que aumentar banheiros, salas de aula e, também, [fazer uma] inclusão maior de mulheres”, enfatizou.

O concurso da PMDF chegou a ser suspenso por discriminação de gênero, em uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin. O certame só foi retomado após a PMDF assinar acordo com a Corte para excluir a regra que limitava o ingresso de mulheres na corporação a 10% das vagas.

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Segundo Habka, dos 1,2 mil aprovados no concurso, 300 são mulheres, o que representa 25% do total que será nomeado neste etapa.


Saúde

A comandante-geral da PMDF anunciou novos psiquiatras para a corporação, durante a entrevista. Segundo Habka, a tropa tem apenas um médico da especialidade, mas o concurso em andamento dará à PMDF três novos psiquiatras, a partir de 2025. Segundo a coronel, a Procuradoria autorizou a contratação direta de 43 profissionais, incluindo psicólogos e psiquiatras.

Habka disse que fechou parcerias com a Secretaria de Saúde e com o Serviço Social do Comércio (Sesc) para ampliar o número de profissionais da saúde mental que atendem os policiais militares da capital federal.

“A Secretaria de Saúde também, muito gentilmente, nos cedeu uma psiquiatra que está lá trabalhando com a gente full time, só dedicada à nossa corporação”, disse.

“Outra parceria é com o Sesc. No dia 1º de julho, eles já vão disponibilizar 10 psicólogos e dois psiquiatras que vão ficar à nossa disposição também. Aliado a isso, temos a ajuda do Ministério da Justiça, que tem um programa: o Escuta Susp. Esse é um atendimento com as universidades”, explicou.

Questionada sobre o porquê de os policiais militares não terem acesso ao GDF Saúde, diferentemente dos demais servidores distritais, a comandante-geral da PMDF informou que a legislação prevê que a gestão da saúde deve ser da própria corporação. Habka disse que, se houvesse a transferência dos PMs para o GDF Saúde, ficaria mais caro para o policial manter os dependentes no sistema.

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“A gente consegue ter um controle do nosso policial, da nossa saúde, dentro da corporação. E isso está na legislação: é previsto o nosso quadro de saúde e é isso que acontece. E nós temos na nossa legislação também os nossos dependentes. Se a gente fosse passar isso aí para o plano de saúde do governo, a gente teria que não incluir os dependentes no formato que hoje o policial paga. Então, seria um custo muito mais elevado para o nosso policial militar”, pontuou.


Atendimento às mulheres

Durante a entrevista, a comandante-geral da PMDF informou que um novo sistema implementado pela corporação resultou no aumento em 50% dos pedidos de socorro por mulheres em situação de violência.

O DF registrou oito casos de feminicídio em 2024, até o momento. No ano passado, a capital federal do país ficou em terceiro lugar no ranking de cidades com mais mulheres assassinadas em função do gênero.

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Distrito Federal

Agências do trabalhador têm 849 vagas abertas nesta quinta-feira (12)

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Oportunidades são para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência; salários chegam a R$ 3,4 mil

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta quinta-feira (12), 849 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 3,4 mil.

Dois postos oferecem a remuneração mais alta: serralheiro e soldador, ambos em Ceilândia. Há uma vaga aberta para cada um deles. Nos dois casos, não há exigência de escolaridade mínima nem de experiência prévia.

Já o cargo com mais vagas abertas é o de auxiliar de limpeza, no Guará. São 60 oportunidades, todas exclusivas para pessoas com deficiência. É preciso ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência. O salário é de R$ 1.629,62.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).


*Agência Brasília

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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Distrito Federal

“Prova DF” avalia mais de 58 mil estudantes da rede pública

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Primeira edição do exame abrange alunos dos anos iniciais do ensino fundamental; objetivo é diagnosticar o desempenho dos alunos em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem

A Secretaria de Educação (SEEDF) mobilizou 246 instituições educacionais públicas para a aplicação da Prova DF 2024, que teve início na última quinta-feira (5) e segue até esta sexta (13). A avaliação integra a implementação do Sistema Permanente de Avaliação Educacional do Distrito Federal (SipaeDF), com o objetivo de diagnosticar o desempenho dos estudantes da rede pública em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem.

Essa é a primeira edição da avaliação, voltada para estudantes do 2º e 5º anos do ensino fundamental, e envolve 2.949 turmas e 58.541 alunos. Os participantes serão avaliados em língua portuguesa e matemática. “A Prova DF é uma ferramenta essencial para monitorar a qualidade da educação básica e identificar áreas que precisam de intervenção para melhorar os indicadores educacionais do Distrito Federal”, resumiu a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Franciscleide Rodrigues Ferreira.

“A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”

Maria Luzineide Ribeiro, diretora de Avaliação da SEEDF

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A chefe da Unidade de Planejamento da Oferta, Supervisão e Avaliação Educacional, Vanessa Arruda, ressaltou que os dados obtidos a partir da Prova DF são indispensáveis para um diagnóstico preciso das necessidades educacionais.

“Eles permitem a continuidade de um monitoramento mais robusto e a implementação de políticas voltadas à superação dos desafios do cenário educacional; além disso, esses dados contribuirão para a composição do Índice de Qualidade da Educação do Distrito Federal”, ressaltou.

Para a diretora de Avaliação, Maria Luzineide Ribeiro, o sistema coloca o Distrito Federal entre as unidades da Federação com instrumentos próprios de avaliação educacional. “A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”, explicou.

Sobre a Prova DF 

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