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Cultura

Com homenagem a Raul Seixas, Flipelô começa nesta semana em Salvador

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Raul Seixas

Evento gratuito acontece no Pelourinho até o dia 11 de agosto

A partir da próxima quarta-feira (7), o Centro Histórico de Salvador vai receber mais uma edição do maior evento cultural literário da Bahia: a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô). O evento gratuito acontece até o dia 11 de agosto e é realizado pela Fundação Casa de Jorge Amado.

Inspirada na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a Flipelô acontece desde 2017 e surgiu com o objetivo de preservar e valorizar a memória do escritor Jorge Amado, a cultura e arte da Bahia e estimular a literatura, principalmente entre os jovens.


“Desde 2017, a Flipelô é um sucesso e, oito anos depois, já consolidada, ela é muito importante não só do ponto de vista educativo e cultural – de trazer a literatura, o livro e a arte no espaço do Pelourinho, que é a primeira capital do nosso país e um centro histórico importante até mundialmente – mas também de fomentar financeiramente e economicamente esse espaço. Toda a comunidade do Pelourinho se envolve na festa, se interessa pelo evento e pratica atividades da Flipelô em seus próprios espaços”, disse Angela Fraga, diretora-executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, em entrevista à Agência Brasil.


Nesses oito anos, a Flipelô também se revelou como um incentivo para as editoras baianas e para o surgimento de novos escritores. “É importante uma festa literária nesse estado justamente para potencializar a criação literária, fazer com que os jovens, as crianças e os estudantes tenham acesso a autores e que esses autores dividam com eles como é esse percurso da criação e como é esse caminho de você criar, você ter o dom e você conseguir concretizar isso através da publicação dos seus livros, da sua arte, da sua obra”, falou a diretora-executiva.

Além disso, ela é também uma festa literária diversa e democrática. “O desafio da curadoria é imenso porque a gente procura agregar todo tipo de programação, de linguagens, de tribos, de gostos. Então, a beleza da Flipelô é essa: tem gastronomia, tem arte, tem teatro, tem de tudo um pouco dentro desse cenário surreal, em cima da Baía de Todos Santos e berço de uma parte linda da obra do nosso patrono, que é Jorge Amado”.

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A expectativa dos organizadores é de que a festa literária, que será realizada em 153 espaços públicos e privados do centro histórico da cidade, atraia cerca de 250 mil pessoas.

Toca Raul

Neste ano, o homenageado do evento será Raul Seixas (1945-1989), poeta, cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista, considerado o pai do rock brasileiro. De acordo com os organizadores do evento, Raul e sua “poesia cantada” vão ecoar pelas ruas e casarões que dão vida ao cenário de grandes obras de Jorge Amado, escritor que era admirado pelo cantor. “Queria ser escritor feito Jorge Amado, vivendo de meus livros, escrevendo o dia todo com uma camisa branca aberta no peito”, declarou Raul Seixas certa vez.


“A homenagem a Raul Seixas veio na medida em que Raul é uma personalidade que, assim como Jorge Amado, levou um pouco dessa energia criativa do baiano e obteve um reconhecimento mundial com sua arte. E assim como Jorge Amado, ele foi uma pessoa que pensou e criou a partir da realidade humana e social – e tinha também uma linguagem de protesto, como a de Jorge Amado em certo sentido foi, trazendo como protagonistas pessoas normais e comuns do povo. No caso de Raul, indo mais além, falando também da grandiosidade do ser humano, de onde veio e sobre sua missão na terra”, falou Angela Fraga.


Para celebrar o artista, a Flipelô vai realizar uma exposição coletiva, chamada de Metamorfose Ambulante – Uma Jornada no Universo de Raul Seixas. A mostra terá obras de vinte artistas visuais e será instalada no Museu Eugênio Teixeira Leal, na Galeria Francisco de Sá, com visitação entre os dias 7 de agosto e 8 de setembro. As Canções de Raul também será o tema da já consagrada Rota Gastronômica Amados Sabores, onde bares, restaurantes, cafeterias e lanchonetes localizados no centro histórico, nos bairros do Pelourinho e Santo Antônio do Além do Carmo, vão produzir pratos e sobremesas com preços especiais.

A abertura da festa literária acontece no dia 7 de agosto com o show Carlos Eládio Toca Raul, cantor e compositor que foi companheiro de Raul Seixas no grupo Os Panteras. O show terá participação especial de Vivi Seixas, filha de Raul Seixas.

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Programação

A programação oficial contará com a participação de 146 escritores nacionais, cinco internacionais e 352 artistas de variadas linguagens e prevê a realização de mesas redondas, bate-papos, lançamentos de livros, saraus de poesias, recitais, rodas de conversa, debates, oficinas, apresentações teatrais e musicais, exibição de documentários e até uma rica programação infantil com contação de histórias e atividades lúdicas.

A festa literária também terá uma ação para troca gratuita de livros. Nela, as pessoas poderão retirar um livro gratuitamente e deixar outro no lugar. O objetivo dessa ação é estimular o conhecimento, a leitura e a consciência cidadã, além de incentivar a economia circular.

Uma das novidades deste ano é a criação de um espaço dedicado aos apreciadores de revistas em quadrinhos, que será montado na Vila Literária, no Largo Tereza Batista. Outra novidade é o espaço infantil Mabel Veloso, que vai abrigar o lançamento do novo livro de Itamar Vieira Junior, Chupim, e o relançamento do livro Pituco, de Paloma Jorge Amado.

“Ambos são pássaros. Isso foi uma mera coincidência. Itamar saiu com esse primeiro livro infantil juvenil, o Chupim, e Paloma já tinha um livro chamado Pituco, que está em segunda edição, que é lançado pela editora Casa de Palavras, que é o braço editorial da Fundação Casa Jorge Amado. Paloma vai fazer uma mediação com Itamar e os livros serão lançados no Espaço Infantil Mabel Veloso”, falou Angela Fraga.

Mais informações sobre o evento e programação estão no site da Flipelô.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

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Cultura

Da música à dança: reabertura do Teatro Nacional terá festa em seis atos

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Programação começa nesta quinta-feira (18) e vai até a próxima semana, com shows de Chitãozinho e Xororó, apresentação da cia. Os Melhores do Mundo, espetáculos de dança e mais

Aguardada por todos os entusiastas da cultura do Distrito Federal, a reabertura da Sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro será celebrada com grande festa. Serão, ao todo, seis atos, que contemplarão diferentes manifestações artísticas: da música à dança, passando, é claro, pelo teatro.

Os dois primeiros atos serão exclusivos para convidados. Nesta quarta-feira (18), os profissionais que participaram das obras de restauração do espaço serão homenageados com uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, que apresentará o espetáculo Sinfonia do Concreto. Dois dias depois, na sexta-feira (20), haverá a reabertura formal da sala, com um show conjunto da Orquestra Sinfônica com a dupla Chitãozinho e Xororó.

Os demais atos serão abertos ao público, mediante retirada de ingresso na plataforma Sympla, em data a ser divulgada. No sábado (21), no ato O Recomeço, a população poderá conferir o show do cantor Almir Sater, às 19h30. No domingo (22), o dia inteiro será dedicado ao teatro, no ato batizado de De Volta aos Palcos. Às 11h, haverá o espetáculo infantil Saltimbancos, da Agrupação Teatral Amacaca. Às 17h e às 19h30, a cia. Os Melhores do Mundo apresenta a montagem TelaPlana.

O rock de Brasília será homenageado na segunda-feira (23), com o ato Hoje é Dia de Rock, que contará com show da banda brasiliense Plebe Rude, a partir das 20h. A programação da reabertura se encerra no dia 26 (quinta-feira), com o Dia da Dança: a partir das 18h30, o palco da Martins Pena será tomado pelas danças contemporânea, urbana e brincante, além do tradicional balé.

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Restauração

A Sala Martins Pena será reinaugurada com a capacidade ampliada. Serão 480 lugares, sendo 470 poltronas e os demais em áreas específicas para cadeirantes e pessoas com deficiência visual com apoio de cão-guia.

Poltronas, carpetes e cortinas originais foram substituídos devido à presença de materiais inflamáveis na composição. Além disso, os banheiros foram reformados e se tornaram acessíveis, duas saídas de emergência foram construídas, a área expositiva foi recuperada para se tornar um memorial, e todo o sistema de ventilação e iluminação foi atualizado. Todas as mudanças foram feitas respeitando a originalidade do projeto.

Confira a programação completa do projeto Viva o Teatro

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Cultura

Biblioteca Nacional de Brasília comemora 16 anos com recorde de leitores e feira de troca de livros

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Cerca de 150 mil visitantes já passaram pelo espaço cultural em 2024; evento entre amantes da leitura será no dia 21 de dezembro e os participantes que levarem obras de autores brasilienses terão direito a dois livros em retorno

A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) completou 16 anos nesta quinta-feira (12) ampliando o número de usuários. Em 2024 já são mais de 150 mil visitantes, superando a quantidade de 2023 e 2022, quando foram contabilizados, respectivamente, 102 mil e 72 mil frequentadores – o que mostra um interesse crescente da comunidade.

Para comemorar, a BNB promove, no próximo dia 21, a Feira de Troca de Livros, das 9h às 14h, no Corredor Cultura, localizado no térreo. O evento será uma oportunidade para os amantes da leitura trocarem livros e, ao mesmo tempo, uma forma de a biblioteca ampliar e renovar sua coleção, com um destaque especial para livros de autores brasilienses. Isso porque quem levar uma obra de um autor brasiliense terá direito a duas em retorno.

A entrada para o evento é gratuita e são mais de mil livros selecionados para a troca, que estão entre os dez mais vendidos no país. Entre as obras de interesse da comunidade estão títulos como Guerra dos Tronos, de George R. R. Martin, e Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, além de mangás e HQs. Os livros para troca devem estar em bom estado de conservação.

A diretora da BNB, Marmenha Rosário, destaca que o evento também foi pensado na véspera do Natal para as pessoas que deixam o presente para última hora. “Além de ser um momento agradável para quem deseja compartilhar e descobrir novas histórias, proporcionar essa troca vai prestigiar autores e aumentar o nosso acervo”, observou.

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Aumento de público

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Cultura

Tesouro Natterer será exibido gratuitamente na Mostra Brasília

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Brasilienses terão a oportunidade de assistir ao filme representante do Brasil, na disputa pelo Oscar 2025, na categoria de Longa-metragem Documentário

A exibição do documentário Tesouro Natterer, do premiado cineasta Renato Barbieri, de Pureza (2022) e Servidão (2024), acontece no dia 6 de dezembro, sexta-feira, às 18h, no Cine Brasília, como parte da programação da Mostra Brasília da 57ª edição do Festival Brasília. Após o filme, às 21h, será realizado um debate especial com o diretor e convidados.

A entrada é gratuita.

O documentário, que venceu o Grande Prêmio do Júri na 29ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade 2024, é a primeira produção de brasiliense a concorrer ao Oscar, reafirmando a força do audiovisual brasileiro em contar histórias que conectam a memória histórica do país ao público contemporâneo. A exibição na Mostra Brasília destaca a importância do festival em promover o cinema local e aproximar o público de obras que têm conquistado reconhecimento internacional.

O filme – Tesouro Natterer retrata a jornada de Johann Natterer, membro da Expedição Austríaca que acompanhou a arquiduquesa Leopoldina ao Brasil em 1817, e a construção do maior acervo etnográfico de povos indígenas brasileiros, hoje preservado em museus de Viena. O filme explora questões fundamentais sobre a preservação da memória cultural e as implicações da repatriação de parte das mais de 2.300 peças etnográficas pertencentes a 68 povos originários do Brasil.

Tesouro Natterer estabelece, por meio da Coleção Johann Natterer, uma conexão entre o Brasil atual e o de 200 anos atrás. As únicas peças dessa imensa Coleção que ainda existiam no Brasil, cerca de 90, que foram presenteadas pelo naturalista austríaco para o imperador Dom Pedro II, se perderam durante o incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro de 2018.

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Para Renato Barbieri, o evento marca um momento especial: “É uma honra imensa trazer Tesouro Natterer para a Mostra Brasília, um evento tão significativo para a cidade e para o cinema nacional. Essa exibição gratuita antes da estreia oficial nos cinemas oferece ao público a oportunidade de se conectar com uma produção genuinamente brasiliense, que agora alcança projeção internacional ao disputar o Oscar 2025. Estar ao lado de outra grande obra como Ainda Estou Aqui reforça ainda mais a potência do audiovisual brasileiro, que tem contado histórias profundas e universais com excelência técnica e sensibilidade narrativa. Espero que o filme desperte no espectador um sentimento de orgulho pelo novo cinema nacional, que mostra ao mundo o poder criativo do Brasil. Sinto uma gratidão especial por Tesouro Natterer, que foi produzido na cidade, poder ser exibido em um espaço tão icônico quanto o Cine Brasília, um verdadeiro templo do cinema brasileiro”.

Segundo os registros históricos analisados durante a pesquisa para o filme, Johann Natterer enfrentou desafios extremos ao longo de sua expedição no Brasil. Ele e sua equipe tiveram que lidar com condições climáticas severas, dificuldades logísticas, conflitos sociais e doenças tropicais desconhecidas à época, colocando suas vidas à prova em diversas ocasiões.

“Essas experiências transformadoras trouxeram uma profunda mudança em Natterer. Ele começou a escrever de forma mais introspectiva e menos técnica, revelando um olhar sensível que gradualmente superou algumas ideias eurocêntricas e supremacistas predominantes em sua formação”, explica Barbieri. “Durante sua permanência no Brasil, Natterer se casou com a indígena Maria do Rego, com quem teve três filhos. No final de sua jornada, retornou a Viena acompanhado de sua família brasileira, um desfecho que marcou sua trajetória de vida”, finaliza o diretor.

Além disso, os estudos apontam que Natterer não poderia imaginar a importância histórica que sua coleção etnográfica indígena ganharia. Com o tempo, tornou-se o maior e mais antigo acervo desse tipo no mundo, desempenhando um papel essencial na preservação da memória dos povos originários. Esse legado carrega a excelência técnica, artística e simbólica das culturas indígenas, das quais muitos conhecimentos foram perdidos ao longo dos séculos devido ao impacto violento da aculturação e da desestruturação dessas sociedades.

O debate ocorrerá às 21h, logo após a exibição do documentário em um dos anexos do Cine Brasília durante o Festival e será uma oportunidade de aprofundar as reflexões propostas pelo filme, além de explorar os desafios e perspectivas do cinema nacional, especialmente em um momento de reconhecimento global com a indicação ao Oscar.

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Patrocínio e parcerias

A realização do filme Tesouro Natterer conta com o patrocínio da FSA- Fundo Setorial do Audiovisual, reafirmando o compromisso com a valorização do Cinema Brasileiro. Para a campanha ao Oscar 2025, contamos com patrocínio da ANCINE – Agência Nacional de Cinema, além da parceria fundamental do SIAESP, do Cinema do Brasil, APEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além do apoiodo Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade e do STJ – Superior Tribunal de Justiça, que todos juntos impulsionam e levam a nossa arte para o mundo.

Ficha Técnica

Ideia Original: Victor Leonardi

Direção e Produção: Renato Barbieri

Roteiro: Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges, Rodrigo Borges

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Pesquisa: Kurt Schmutzer, Victor Leonardi, Andrea Fenzl

Produção Executiva: Natália Brandino, Walder Junior, Mariangela Furtado

Direção de Produção: Mariangela Furtado (Brasil), Andrea Fenzl (Áustria)

Assistência de Direção: Andrea Fenzl

Produção de Locação: Johnny Catrolli (Brasil), Andrea Fenzl (Áustria)

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Direção de Fotografia: Daniel Leite (Brasil), Jacob Solitrenick (Áustria)

Som Direto: Altyr Pereira (Brasil), Vinzenz Landl (Áustria)

Direção de Arte: Zé Luca

Cartaz: Pato Sardá

Direção de Animação: Adriana Meirelles

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Pós-Produção e Videografismo: Diego Cajueiro

Música Original: Márcio Vermelho, Pedro Zopelar

Montagem: Diego Cajueiro

Elenco: Hans Kaba Munduruku, Kurt Schmutzer, Arnaldo Kaba Munduruku, Misael Kaba Munduruku, Claudia Augustat, Christa Riedl-Dorn, Maria de Fátima Costa, Pablo Diener, Victor Leonardi, Magda Ricci

Voz Off de Johann Natterer: Helmut Schuster

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Edição de Som: Eric Ribeiro Christani (a3ps), Caetano Cotrim de Blasiis

Mixagem: Eric Ribeiro Christani (a3ps)

Finalização: André Finotti

Colorização: Ronnie Outtch

Assistência de Animação: Babi Fernandes

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Roteiro de Montagem: Andrea Fenzl

Coordenação de Pós-Produção: Walder Junior

Edição: Diego Cajueiro

Assistência de Produção Executiva: Gisela Marcolino

Controller: Bruna Lopes, Gisela Marcolino

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Empresa Produtora: GAYA Filmes

Distribuição: O2 Play

Imprensa: Polidea Comunicação

Serviço

Festival de Brasília 57ª edição – Mostra Brasília
Tesouro Natterer

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Duração: 84 minutos

Data: 6 de dezembro de 2024
Horário: Exibição às 18h | Debate às 21h
Local: Cine Brasília
Endereço: EQS 106/107, Asa Sul, Brasília – DF
Entrada: Gratuita


*Informações à Imprensa – Polidea Comunicação

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