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Distrito Federal

A regularização das feiras no DF

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Para acabar com o problema dos boxes vazios em muitas feiras do DF, a Secretaria de Governo está atuando com licitações para recadastramento dos feirantes

O morador do Distrito Federal tem muitas opções de feiras para fazer compras diversas, mas muitos feirantes e a população tem reclamado das bancas vazias em muitas feiras. Para mudar essa situação, segundo a Secretaria de Governo do GDF, foram realizadas 19 concorrências públicas em diversas feiras permanentes para promover a ocupação dos boxes fechados e, assim, revigorar o movimento dos locais.

Shopping Popular de Brasília e os boxes fechados. Foto: Amanda Karolyne

Tarcisio Roberto Martins, 53 anos, é um dos feirantes do Shopping Popular de Brasília. A banca de Tarcisio é uma das poucas que ainda se mantém mesmo com a falta de movimentação do local, e está aberta há 16 anos. Ele, assim como os outros lojistas do espaço, reclamam que o Shopping Popular de Brasília está cada vez mais abandonado. “Aqui é muito devagar”, comenta. O espaço é um dos locais que contam com muitos boxes disponíveis, mas somente menos da metade está funcionando. São em média 1500 bancas, e 200 delas estão abertas.

Tarcisio Roberto Martins, feirante do Shopping Popular. Foto: Amanda Karolyne

O movimento, que já era pouco, caiu mais ainda depois da pandemia, como nota Tarcisio. “Alguns feirantes que estavam trabalhando aqui antes da pandemia, depois de um ano fechado, não conseguiram voltar. E tem muita mercadoria que estraga”, destaca. Mas, ele continua no local e nunca pensou em ir para outro lugar. “Isso aqui é um sonho para quem trabalhou na rua onde o sofrimento é danado. Eu não teria o luxo de uma televisão, de um frigobar e de um banheiro perto”, salienta. Verdade. Para ele, o espaço precisa de uma revitalização, mas é um espaço muito legal. “Tem pouca coisa para fazer. Os ônibus do entorno podiam estacionar aqui na frente. Isso aqui não precisa de reforma para fazer uma rodoviária”. Tarcisio acredita que se os ônibus estacionarem na frente do Shopping Popular, já vai mudar muita coisa.

Para Josiene Gonçalves Cavalcante, 45 anos, dona de casa, podia estar cheio de gente nessas feiras trabalhando e usufruindo dos produtos oferecidos, com muito movimento de gente e lojas abertas. “Então está essa tristeza aí, tudo fechado”. Josiene foi ao Shopping Popular para resolver um problema no Departamento de Trânsito do DF, e poderia aproveitar para dar uma volta pelas bancas, mas fora as lanchonetes e um ou outro box, não tinha muito o que fazer.  “Se tivesse alguma coisa aí para ver, para comprar, mas são poucas lojas abertas”.

Josiane Gonçalves Cavalcante e Valquíria Santos foram ao Shopping Popular de Brasília para utilizar os serviços do DETRAN. Foto: Amanda Karolyne

A pedagoga Valquíria Santos, 66 anos, foi ao Detran junto de Josiene, para resolver algumas pendências, e ficou triste com o espaço vazio que encontrou em volta. “Isso aqui é uma tristeza. O tempo que isso aqui está fechado”.

Revitalização nas Feiras do DF

A Feira Permanente Ibaneis Rocha Barros Pai, no Núcleo Bandeirante, foi revitalizada e gradualmente a movimentação vem crescendo. A vice-presidente da associação dos feirantes do Núcleo Bandeirantes, Keila Guedes, conta que depois da reforma da feira, a clientela aumentou bastante. “O fluxo de pessoas que a gente recebe aumentou, e ajudou a divulgação da nossa feira”.

Atualmente, só existem dois boxes vazios na feira permanente do Núcleo Bandeirante. “O dia de segunda-feira também tem alguns boxes fechados, que cada feira determina seu dia de folga. Mas depois da reforma, a feira ficou maravilhosa. Não tem o que se falar”. A situação dos dois boxes sem dono está prestes a mudar, segundo Keila, e o motivo é a licitação de regularização feita pelo GDF.

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Desde 2019, a Secretaria de Governo, por meio da Subsecretaria de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades, realiza, em parceria com as administrações regionais e as associações de feirantes, constantes processos de recadastramento para verificar a situação de regularidade dos ocupantes das feiras.

Com o recadastramento é possível regularizar aqueles feirantes que estejam em eventual situação de irregularidade, que pode ser desde a documentação incompleta ou pendência de pagamento do preço público. Além disso, possibilita principalmente a retomada dos boxes que porventura estejam em desconformidade com a legislação em vigor. Nestes casos, como aponta a pasta, após processo de ampla defesa, os boxes são retomados e disponibilizados para licitação.

Segundo a Secretaria, neste ano foram entregues 124 permissões após processo licitatório e já foram emitidas 450 autorizações precárias de uso de boxes em diversas feiras.

Além disso, no próximo dia 20 de maio, serão entregues mais 225 autorizações aos permissionários que participaram do recadastramento da Feira da Torre de TV e Shopping Popular do Gama.  Ainda este ano, segundo a  Subsecretaria de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades, novas licitações serão realizadas, visando promover ocupações regulares e fomento das feiras locais.

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Fato Novo com informações e imagens: Jornal de Brasília

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Distrito Federal

Agências do trabalhador têm 849 vagas abertas nesta quinta-feira (12)

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Oportunidades são para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência; salários chegam a R$ 3,4 mil

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta quinta-feira (12), 849 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 3,4 mil.

Dois postos oferecem a remuneração mais alta: serralheiro e soldador, ambos em Ceilândia. Há uma vaga aberta para cada um deles. Nos dois casos, não há exigência de escolaridade mínima nem de experiência prévia.

Já o cargo com mais vagas abertas é o de auxiliar de limpeza, no Guará. São 60 oportunidades, todas exclusivas para pessoas com deficiência. É preciso ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência. O salário é de R$ 1.629,62.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).


*Agência Brasília

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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Distrito Federal

“Prova DF” avalia mais de 58 mil estudantes da rede pública

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Primeira edição do exame abrange alunos dos anos iniciais do ensino fundamental; objetivo é diagnosticar o desempenho dos alunos em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem

A Secretaria de Educação (SEEDF) mobilizou 246 instituições educacionais públicas para a aplicação da Prova DF 2024, que teve início na última quinta-feira (5) e segue até esta sexta (13). A avaliação integra a implementação do Sistema Permanente de Avaliação Educacional do Distrito Federal (SipaeDF), com o objetivo de diagnosticar o desempenho dos estudantes da rede pública em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem.

Essa é a primeira edição da avaliação, voltada para estudantes do 2º e 5º anos do ensino fundamental, e envolve 2.949 turmas e 58.541 alunos. Os participantes serão avaliados em língua portuguesa e matemática. “A Prova DF é uma ferramenta essencial para monitorar a qualidade da educação básica e identificar áreas que precisam de intervenção para melhorar os indicadores educacionais do Distrito Federal”, resumiu a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Franciscleide Rodrigues Ferreira.

“A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”

Maria Luzineide Ribeiro, diretora de Avaliação da SEEDF

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A chefe da Unidade de Planejamento da Oferta, Supervisão e Avaliação Educacional, Vanessa Arruda, ressaltou que os dados obtidos a partir da Prova DF são indispensáveis para um diagnóstico preciso das necessidades educacionais.

“Eles permitem a continuidade de um monitoramento mais robusto e a implementação de políticas voltadas à superação dos desafios do cenário educacional; além disso, esses dados contribuirão para a composição do Índice de Qualidade da Educação do Distrito Federal”, ressaltou.

Para a diretora de Avaliação, Maria Luzineide Ribeiro, o sistema coloca o Distrito Federal entre as unidades da Federação com instrumentos próprios de avaliação educacional. “A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”, explicou.

Sobre a Prova DF 

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