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A trajetória de Dimitri Payet, da Europa e sonho de Bola de Ouro, até o Vasco

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Dimitri Payet entrou para a história como um dos jogadores mais habilidosos a vestir a camisa do West Ham. Um armador nato, com uma precisão no passe que poucos têm e a agilidade necessária para desfilar no meio de campo, ele não só foi fundamental para o sucesso dos Hammers sob o comando de Slaven Bilic, mas também ganhou o respeito de toda a Europa.

Durante o período em que esteve no leste de Londres, ele foi o melhor jogador do West Ham e, eventualmente, indicado à Bola de Ouro – recompensando uma ascensão que começou na ilha de Reunião, no Oceano Índico, a 9 mil quilômetros de Paris.

O que poucos sabem é que o astro teve um início de carreira difícil. Tudo começou no Le Havre, que fazia negócios com seu pequeno clube na ilha de Reunião, o Saint-Pierroise. Passados quatro anos na base de lá, retornou à ilha para jogar pelo Excelsior após reclamações do clube por sua falta de motivação e profissionalismo.

No entanto, essa não seria a última vez em que seu comportamento fosse questionado. Apesar de muito talentoso, é fato que ele saiu em turbulência de diversos clubes pelos quais passou. Um gênio com dificuldades externas não apenas valia a pena ser tolerado em um clube, mas sim, valia a pena construir um time inteiro ao seu redor.

Dimitri Payet Nantes 2007 O retorno do craque

O próprio Payet admite que seu retorno à Reunião aconteceu porque ele “não era uma pessoa fácil de lidar”, e sentiu que seus sonhos de uma carreira profissional estavam indo por água abaixo. Além de ter dificuldades para se adaptar à vida na França, ele era pequeno, e seus treinadores da base achavam que ele simplesmente era fraco demais para jogar em alto nível.

Quando jogou pelo Excelsior, o melhor time de Reunião, ele se destacou, mas um relatório afirma que foi total acaso que o Nantes o descobriu. Um olheiro visitou a ilha para um seminário e, ocasionalmente, viu Payet jogando enquanto estava lá. Ele insistiu que o jogador fosse levado para a França, e o Nantes fechou um acordo.

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Após a mudança, o ainda garoto apareceu em um documentário sobre jovens promessas, e seu tempo no clube francês foi repleto de dificuldades, incluindo uma discussão em público com o lendário Fabien Barthez, do Manchester United, e a incapacidade de salvar seu time do rebaixamento.

O descenso do Nantes permitiu que ele exigisse uma transferência, e o Saint-Étienne se interessou, fechando um acordo por 4 milhões de euros (R$22,1 milhões). No entanto, novamente, quase foram rebaixados para a Ligue 2, com a principal contribuição de Payet sendo uma cabeçada que o jogador deu em Blaise Matuidi, seu companheiro de equipe.

Mas vale lembrar que ele estava jogando no mais alto nível da França, e em 148 aparições pelo clube participou de 57 gols.

Dimitri Payet Lille 2011 
‘Novo Eden Hazard’

Depois de uma temporada com 13 gols em 2010/11, Payet foi a nova aposta do Lille. Eles tinham acabado de perder Eden Hazard para o Chelsea, e o francês, tanto como pessoa quanto de ego, encaixou-se perfeitamente como o substituto ideal. Foram 19 gols e 31 assistências, somando 50 participações em gols nas 95 partidas que jogou, com uma média de contribuição a cada 0,52 jogos; a média de Hazard era de uma a cada 0,53 jogos.

Um lance lindo contra o Reims ilustrou a qualidade de Payet para o mundo; ele pegou a bola a 40 metros do gol, carregou por boa parte do campo, driblou o defensor e acertou onde a coruja dorme. Apresentação do talento no seu mais puro estado e a consolidação de um novo astro francês.

Ele foi eleito para o Time da Temporada da Ligue 1, finalmente assumindo o papel de protagonista, e se juntou ao Marseille por uma taxa de cerca de 10 milhões de libras (R$64 milhões) e, a partir daí, eventualmente atingiu auges inesperados ao longo da carreira.

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Uma primeira temporada ainda mediana, se adaptando ao nível do Olympique, o levou a 21 assistências e sete gols na seguinte, recompensando os baixos números da inicial. Apenas dois jogadores tiveram tantas assistências naquela temporada nas cinco grandes ligas da Europa: Lionel Messi e Kevin De Bruyne.

Brilhando no leste de Londres

Foi em 2015, com sua transferência para o West Ham, que Payet explodiu para o futebol mundial, se assumindo como o protagonista de um clube que da principal liga do mundo.

Sua idade – tinha 28 anos quando se mudou para a Inglaterra – significava que os Hammers não enfrentaram a competição que teriam para tê-lo se fosse alguns anos mais jovem, e conseguiram contratá-lo do Marseille por apenas 10 milhões de libras (R$64 milhões). Payet disse, ao chegar, que havia “recebido muita responsabilidade”, e ele retribuiu em grande estilo.

Em 2015/16, o meia foi um dos melhores jogadores da Premier League; ele marcou nove gols e teve 12 assistências em 30 jogos, e alguns deles foram verdadeiramente espetaculares.

Seu gol de falta contra o Crystal Palace é, provavelmente, a melhor cobrança de falta na história da era da Premier League; na entrada da área, ele bateu a bola com tanta força e efeito que parecia que ela iria passar por cima do travessão até quando, de repente, encontrou o ângulo, em um estilo de gols que só ele sabia fazer. Foi como um truque de mágica.

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Esse não foi seu único golaço na partida, já que o francês fez outro, após ser lançado em profundidade, deixar o goleiro Wayne Hennessey no chão e encobrir a bola para o fundo da rede.

A temporada terminou com o último jogo do West Ham em Upton Park, e Payet desempenhou um papel fundamental quando os londrinos venceram o Manchester United, com o francês dando a assistência para o gol da vitória de Winston Reid.

História na Euro

Durante seu tempo no West Ham, Payet foi convocado para a seleção da França para jogar a Euro 2016, e seu desempenho foi espetacular. Ele marcou três gols – o destaque foi na abertura do torneio contra a Romênia, quando fez um golaço no ângulo (como de costume), com o pé esquerdo, seu mais fraco – e deu três assistências ajudando Les Bleus chegarem à final em casa.

Jogando mais como um ponta-esquerda, a explosão de Payet e sua ousadia o tornaram indispensável durante todo o torneio, embora tenha terminado em decepção, com os anfitriões sendo derrotados por Portugal na final.

Dimitri Payet West  Ham 2016-17
Mais discórdias…

No entanto, esse foi o auge de Payet. Sua segunda temporada no West Ham terminou com apenas oito participações em gols, e os Hammers sentiram os efeitos disso. Depois de terminar em sétimo da Premier League e encerrar sua temporada de estreia com grandes feitos e, consequentemente, com uma aclamação enorme, em seu ano seguinte viu o clube lutar com a mudança para o London Stadium e flertar com o rebaixamento.

Entre o início daquela temporada e o final de janeiro, o West Ham venceu apenas oito jogos, e Payet forçou uma transferência. Ele estava inquieto desde o retorno da Eurocopa e alegou que sua razão para sair era “relacionada à família”, mas não se comportou bem ao deixar o clube. Ele mesmo admite que “sabe como ser um idiota”, e entrou em greve, recusando-se a jogar para o técnico Slaven Bilic.

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Ele conseguiu o que queria, e voltou para o Marseille. Os Hammers, por razões óbvias, ficaram indignados, com torcedores acabando com um mural no estádio que havia sido pintado para comemorar o prêmio de Jogador do Ano do francês seis meses antes.

Em fim de carreira

De volta ao Marseille, Payet novamente se tornou um dos melhores jogadores da Ligue 1 após sua transferência de 25 milhões de libras (R$162 milhões), registrando mais de dez participações em gols em todas as temporadas, exceto em 2022-23. Seu melhor gol, provavelmente, foi contra o Guingamp, quando ele pegou um rebote de fora da área e acertou um chute de primeira que foi direto para o ângulo superior (sim, mais uma vez onde a coruja dorme).

Ele quase conquistou um título da Liga Europa, chegando à final com o Marseille em 2018. No entanto, Payet machucou a coxa e foi substituído durante o jogo em lágrimas, enquanto o Atlético de Madrid venceu por 3 a 0.

De fato, o francês nunca conquistou um troféu no futebol europeu, e em 2023 veio para o Vasco conhecer nosso futebol brasileiro, onde continua com as boas manias de driblar e acertar alguns ângulos por aí.

Por alguns anos, Payet foi tão bom quanto qualquer outro jogador no planeta, justamente sendo indicado ao prêmio da Bola de Ouro, e é talvez o melhor jogador do West Ham da era moderna na Premier League. É uma pena que ele tenha passado tão pouco tempo na Terra da Rainha.

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Fato Novo com informações e imagens: Goal.com

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Brasil vence Equador para respirar nas Eliminatórias

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Rodrygo garante triunfo de 1 a 0 no estádio Couto Pereira

A seleção brasileira derrotou o Equador por 1 a 0, no final da noite da última sexta-feira (6) no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela 7ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O triunfo, na partida transmitida pela Rádio Nacional, foi garantido graças a gol de Rodrygo.

Aos 29 minutos da etapa inicial, o atacante do Real Madrid (Espanha) driblou vários adversários e finalizou de longe para definir o jogo. “Estamos em um momento de reconstrução da equipe. No dia de hoje, era importante que vencêssemos, não importava a forma que aconteceu. Em momento algum passamos por dificuldades na partida e não fomos atacados. Eles tiveram posse de bola, mas não criaram. Acho que tudo é questão de tempo”, declarou o técnico Dorival Júnior em entrevista coletiva.

Com o resultado o Brasil voltou a triunfar no torneio após um hiato de quase um ano. A última vitória verde e amarela nas Eliminatórias tinha sido no dia 12 de setembro de 2023, por 1 a 0 diante da seleção peruana em Lima. Somando mais três pontos, a seleção pulou para a quarta posição da classificação com 10 pontos. A ponta da tabela é ocupada pela Argentina, com 18 pontos.

O próximo compromisso do Brasil nas Eliminatórias para a Copa do Mundo será na próxima terça-feira (10), quando mede forças com o Paraguai no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção.

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Botafogo irá banir torcedor que cometeu racismo contra Palmeiras

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Já identificado, ele fez gestos racistas em partida no Nilton Santos

O Botafogo afirmou em nota no X (antigo Twitter) que irá banir o torcedor alvinegro que fez gestos racistas contra a torcida do Palmeiras, durante a vitória dos cariocas por 2 a 1 no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores, na noite de quarta-feira (14), no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.  O clube carioca disse que o autor dos atos racistas foi identificado na manhã desta quinta (15) e que ele será impedido de frequentar o Nilton Santos.

As imagens do torcedor alvinegro fazendo gestos racistas em direção à torcida do Palmeiras foram publicadas pelo jornalista Tossiro Neto no Instagram, na noite de quarta (14), durante o jogo. A identificação dele foi possível, segundo apuração da Agência Brasil, após o Botafogo analisar as imagens e também o sistema de biometria usado na entrada do público no Nilton Santos. Todas as informações colhidas pelo Botafogo foram encaminhadas à Polícia Civil do Rio de Janeiro para abertura de inquérito.

O diretor-executivo do Botafogo, Thairo Arruda, repostou a nota do Botafogo no X (antigo Twitter), mencionando a La Liga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol).

– É assim que se acaba com o racismo, La Liga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol). Aprendeu?

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Após prata, Seleção Brasileira feminina é homenageada na CBF

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Com a representação da medalha olímpica e foto das 22 jogadores, a Seleção Brasileira recebeu a homenagem na fachada da entidade

A Seleção Brasileira feminina conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris. A derrota por 1 x 0 para os Estados Unidos frustrou mais uma vez o sonho do título olímpico pela terceira vez, mas a campanha foi reconhecida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A homenagem foi feita na fachada da sede da CBF. Na foto, pode ser observada a imagem das 22 jogadoras que estavam no elenco, em volta da medalha de prata, a terceira da história da seleção nas Olimpíadas.

Vale destacar que a final olímpica em Paris tirou a equipe da fila. A última decisão de olimpíadas do futebol feminino havia sido em 2008, quando o Brasil também foi derrotado pelas norte-americanas por 1 x 0 em Pequim.

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Mesmo com a queda na final, a campanha da Seleção Brasileira é vista com bons olhos, sendo elogiada por Marta, que se despediu das Olimpíadas. Para a camisa 10, a equipe resgatou o orgulho na modalidade.

“Agora é dar continuidade a esse trabalho, porque o mais importante, que é o que eu acredito hoje, que é o resgate que a gente fez, do orgulho, das pessoas falarem do futebol feminino. Das pessoas acreditarem mais no futebol feminino. Acredito que isso foi o mais importante. Ficar em segundo, ganhar a medalha de prata. O que a gente precisa destacar é isso, esse orgulho que a gente resgatou. A medalha é de prata, mas na vida a gente é ouro”, afirmou a jogadora do Brasil.


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