Conecte-se conosco

Política

Abraão Lincoln é preso em flagrante na CPMI do INSS por falso testemunho em esquema de R$ 221 milhões

Publicado

em


Presidente da Confederação Brasileira de Pesca (CBPA) foi detido após mentir em depoimento sobre fraude que lesou aposentados. Parlamentares apontam que o esquema foi estruturado em 2020, durante o governo Bolsonaro, com envolvimento de aliados políticos.

A 22ª reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizada nesta segunda-feira (3), culminou na prisão em flagrante do depoente Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). A prisão foi requerida pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (UB-AL), na madrugada desta terça-feira (4), por crime de falso testemunho.

A Confederação, que faturou R$ 221 milhões, levantou suspeitas da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) por não possuir estrutura física ou quantidade de funcionários compatível com suas operações. Segundo as investigações, a CBPA realizou descontos indevidos em benefícios previdenciários, incluindo mais de 40 mil pedidos em nome de pessoas falecidas.

🤥 As Mentiras que Levaram à Prisão

Abraão Lincoln foi preso por:

  • Mentir sobre o motivo de sua saída da direção da CBPA, alegando renúncia quando, na verdade, havia sido afastado por medida cautelar.
  • “Negar por meio do silêncio” conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, embora tenha admitido o vínculo em outras respostas.
  • Faltar com a verdade sobre a natureza de sua relação com o tesoureiro Gabriel Negreiros e o alcance da procuração passada a Adelino Rodrigues Junior. Adelino, que tinha amplos poderes para movimentar recursos da Confederação, enviou R$ 59 mil para a esposa do procurador-geral do INSS da época, Virgílio Antônio, e R$ 430 mil para João Victor Fernandes em espécie.

🤝 Envolvimento Bolsonarista

O líder do Governo na CPMI, Paulo Pimenta (PT-RS), apresentou uma cronologia que indica que as irregularidades remontam a 2020, desmentindo a versão de que o esquema teria começado em 2023. O ACT (Acordo de Cooperação Técnica) que permitiu a atuação da CBPA foi assinado em 2021 pelo então presidente do INSS, Leonardo José Rolim, durante o governo Bolsonaro, mesmo sem a Confederação cumprir os requisitos legais.

O deputado Alencar Santana (PT-SP) apontou que Lincoln foi beneficiado por uma Lei “sob encomenda” (Lei 14.441/2022, assinada por Bolsonaro, Paulo Guedes e José Carlos Oliveira), reforçando o envolvimento de figuras bolsonaristas, como o senador Jorge Seif (PL-SC) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni, na articulação do esquema criminoso.


Com informações: Fonte: PT

Publicidade

Continue Lendo
Publicidade

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade


Em alta

Copyright © 2021-2025 | Fato Novo - Seu portal de notícias e informações imparciais.