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Agro do Quadrado: Produção de hortaliças do DF abastece a mesa dos brasilienses

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Olericultura sustenta milhares de famílias de produtores rurais e bate recordes na capital. Cerca de 70% do que é colhido vai para o consumo local, incluindo as merendas saudáveis nas escolas

O consumo diário de hortaliças é um importante pilar para uma alimentação saudável, e tem sido fonte de renda para milhares de agricultores no Distrito Federal. No ano passado, a produção de alimentos do grupo do alface, tomate e repolho bateu recorde, posicionando o DF muito bem no cenário da olericultura tanto pela quantidade quanto pela qualidade, a nível nacional.

Ao longo de 2023, foram produzidas 260,9 mil toneladas de hortaliças – índice 10% maior do que no ano anterior. A atividade tem atraído cada vez mais investidores, principalmente agricultores familiares, donos de pequenas propriedades no DF e Entorno, que contam com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para fortalecer o segmento e diversificar a produção.

“No DF, nós produzimos 260 mil toneladas de hortaliças por ano, o que movimenta quase R$ 1,9 bilhão dentro da cadeia produtiva. Ao todo, temos 3,9 mil produtores rurais e isso é muito significativo com relação à produção agropecuária do DF”, destaca a coordenadora de produção da Emater-DF, Adriana Nascimento.

A maior parte dos insumos desse cultivo permanecem na capital federal. Enquanto outras culturas são mais voltadas para produtos de exportação, 70% das hortaliças que são colhidas aqui vão para a mesa dos brasilienses e para a merenda escolar servida nas escolas da rede pública.

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Ao longo de 2023, foram produzidas 260,9 mil toneladas de hortaliças – quantidade 10% maior do que no ano anterior | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília


“Chegar na gôndola do hortifrúti e ver o seu produto exposto, para nós que trabalhamos com agricultura, é um troféu”, conta o produtor de repolho Marcos Almeida, de 48 anos. Ele explica que entregar um alimento de qualidade demanda cuidado desde o plantio até o momento da entrega.


“É um trabalho penoso, mas é gratificante. Porque quem vê o produto ali, saudável e vistoso na prateleira, não sabe que às vezes temos que virar a noite colhendo aquilo. A nossa colheita é feita à noite, para que o produto não chegue murcho para o consumidor. Por isso, temos que ter muito cuidado”, explica Almeida.

Assim como o morador de Brazlândia, outros 493 agricultores apostam no cultivo do repolho como fonte de renda. Juntos, eles produziram 17 mil toneladas do alimento, que representa 6,54% da produção de hortaliças do DF.

Arte: Agência Brasília

O campeão da produção é o também queridinho nos cardápios, o tomate. Além de um componente importante de saladas, o fruto vai bem tanto como ingrediente para molhos quanto em pratos mais elaborados, e teve a maior safra em 2023 no DF: 41,6 mil toneladas. Quase 700 produtores investem no alimento, que representa 15,95% da produção olerícola na região.

Muitos deles aprenderam a semear, cultivar e colher com os pais, em uma tradição repassada por décadas. É o caso da família de Fabiano Silva, que investe no plantio do tomate e outros frutos. De origem paulista, eles decidiram se mudar para a capital federal em 2007, atraídos pelo “terreno fértil” da produção agropecuária e pelo apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) ao setor.

“Aprendemos tudo com meus pais. Aqui, todos nós somos formados, e a gente optou por ficar na roça mesmo, todos juntos”, conta o administrador, que tem sete irmãos. “É muito bom ter essa convivência, porque a gente conhece as características de cada um, os defeitos e qualidades”, brinca.

Enquanto outras culturas são mais voltadas para produtos de exportação, 70% das hortaliças que são colhidas aqui vão para a mesa dos brasilienses e para a merenda escolar servida nas escolas da rede pública

Assim como Fabiano, os pais e irmãos também têm nomes com letra F, característica que também nomeia a empresa, Família F. “Além de a gente estar levando esses produtos para o consumidor, a gente também se alimenta dos frutos colhidos, por isso prezamos pela qualidade. A gente vê lucro também, mas sabemos que para ter qualidade, é preciso um gasto maior. E nisso a gente faz investimento alto, para ter bons produtos e se destacar no mercado”, explica.

O ofício também foi herdado no caso de Edilson Magalhães Lorena, produtor de alface. Assim como os pais e os avós, o agricultor tira da terra o sustento da família. “A gente vai se adequando conforme a demanda, e a dificuldade do cultivo. Eu já plantei muito morango, muito tomate, mas hoje, pela facilidade, estou focado no alface”, detalha.

Saúde e sabor à mesa

Na outra ponta da rede, o cultivo também é uma atividade terapêutica e um aprendizado diário para crianças com algum tipo de deficiência, estudantes do Centro de Ensino Especial 2 de Brasília, localizado na Asa Sul. Por lá, os alunos colhem diariamente as hortaliças e frutas que, horas depois, irão saborear na merenda.

“Aqui, tudo começa a partir do momento em que os meninos saem da sala de aula e vão para o ambiente ao ar livre. Essa interação com o meio ambiente é muito boa, acalma os meninos, e eles aprendem sobre plantar, cultivar, cuidar do meio ambiente e levar isso para uma alimentação mais saudável”, explica a diretora da unidade escolar, Marli Silva.

O local recebe cerca de 500 alunos, de zero a 30 anos, com algum quadro de deficiência ou neurodiversidade, como o caso das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. “Aqui, plantamos alface, tomate, couve, cebolinha, rúcula, repolho e várias frutas. Mas isso é um complemento, porque a Secretaria de Educação (SEEDF) nos envia os alimentos”, descreve a pedagoga.

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A montagem dos cardápios e distribuição dos insumos é planejada pela equipe de nutrição da secretaria, que organiza os planos de entrega com as cooperativas e associações.

De acordo com a pasta, em 2024, o orçamento destinado pelo GDF para alimentação escolar foi de R$ 47,5 milhões. Atualmente, 55% dos itens fornecidos nas escolas para as merendas foram produzidos por pequenos agricultores do DF. Todos os aproximadamente 400 mil estudantes da rede pública se beneficiam desses alimentos.

Além disso, boa parte da merenda escolar é feita com produtos orgânicos. Em 2023, 417 mil kg de hortifrútis orgânicos foram entregues, atendendo diariamente 46 mil alunos. Um reflexo das ações de governo focadas no desenvolvimento físico e mental das crianças.

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Agropecuária

Expoabra 2024 movimenta R$ 9 milhões em negócios e garante otimismo para as próximas edições

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Feira contou com o apoio do GDF para promover uma programação extensa sobre o agro, dedicada a toda a família

Maior feira agropecuária do Distrito Federal, a Expoabra 2024 encerrou as atividades no último domingo (8). Em dez dias, o Parque de Exposições da Granja do Torto promoveu uma programação diversificada voltada para o setor, resultando em uma movimentação de negócios que ultrapassou a marca dos R$ 9 milhões. O evento teve um crescimento de 60% nas negociações em relação ao ano anterior.

“A feira foi maravilhosa e mostra toda a força do Distrito Federal. Esta é uma feira feita para os produtores, e a 33ª Expoabra será muito mais forte”. destaca Rafael Bueno, secretário de Agricultura

Com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), que investiu R$ 5.977.440 na promoção do evento, a Expoabra expôs 1.419 animais, incluindo 664 bovinos de raças como Nelore, Tabapuã e Guzerá, e 689 equinos, que participaram de provas como tambor, team roping e rédeas. Além disso, a fazendinha interativa, criada para entreter o público infantil, trouxe 66 animais de diferentes espécies.

A Expoabra 2024 também contou com atividades de rodeio e leilões, atraindo um público diversificado e entusiasta do setor agropecuário. Com a participação de expositores de diferentes unidades da Federação, como Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins, a feira demonstrou a força do agro no Centro-Oeste e reforçou seu papel como ponto de encontro para negócios e inovação no setor.

Com a participação de expositores de diferentes estados, a feira demonstrou a força do agro no Centro-Oeste e reforçou seu papel como ponto de encontro para negócios e inovação no setor | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Um destaque importante desta edição foi o recorde de público nos congressos e palestras técnicas. Mais de 3 mil pessoas participaram ativamente das atividades. Nas provas com os cavalos, a modalidade Três Tambores contou com 549 inscrições, envolvendo 139 animais e 126 competidores, que disputaram um prêmio total de R$ 35.190. No Laço, foram 80 competidores e uma premiação total de R$ 60 mil. Já nas provas de Rédeas, 40 cavalos participaram e o prêmio somou R$ 20 mil.

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Agropecuária

28ª Festa do Morango começa na próxima sexta (6) em Brazlândia

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O evento vai até 15 de setembro com venda de morangos, exposição agrícola, feira de flores, concurso de receitas e outras atrações

A 28ª edição da Festa do Morango de Brasília começa nesta sexta-feira (6), em Brazlândia, celebrando o auge da safra local. Com uma programação diversificada, o evento ocorrerá de 6 a 8 e de 13 a 15 de setembro. Durante as quintas e sextas-feiras, funcionará das 18h às 2h; aos sábados e domingos, das 10h às 2h.

Na festa, o público poderá visitar a exposição agrícola e a Feira de Floricultura e Jardinagem (Florabraz), além de participar do popular Colha & Pague do Morango e conferir os talentos culinários da região no Concurso de Receitas. Na Morangolândia, os apaixonados pela hortaliça encontrarão muitas variedades in natura em 42 estandes de produtores rurais atendidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF).


“É a oportunidade de comprar morangos frescos diretamente do produtor, além de doces e outros derivados. Estima-se que a Morangolândia receba a visita de 95% do público da feira, que gira em torno de 10 mil pessoas durante a semana e de 20 a 30 mil nos finais de semana”, afirma Claudinei Vieira, gerente da Emater em Brazlândia.


Organizado pela Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag) e pela Associação Rosa dos Ventos, o evento conta com o apoio da Emater-DF, da Administração Regional de Brazlândia, da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Secretaria de Turismo e de diversos parceiros. A entrada é gratuita.

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Florabraz

Produtores de flores e plantas ornamentais também têm espaço no evento. A Florabraz funcionará todos os dias, com produtores selecionados pela Emater para a comercialização de produtos cultivados no DF.

Concurso de receitas

O tradicional concurso de receitas, cujo ingrediente principal é o morango, será realizado no sábado (7), das 10h às 12h, na Morangolândia. Especialistas e um júri popular provarão delícias preparadas por produtores rurais. Serão 12 participantes, e os três primeiros colocados serão premiados.

Colha & Pague

Os visitantes interessados em conhecer uma propriedade de morangos e fazer sua própria colheita podem participar do Colha & Pague do Morango no dia 14 de setembro. Serão organizados dois grupos, um pela manhã e outro à tarde, cada um com 30 participantes. As inscrições devem ser feitas antecipadamente diretamente com o produtor rural pelo telefone (61) 99817-3453 (WhatsApp).

Exposição Agrícola

Nos dias 13 e 14 de setembro, o público poderá visitar a 34ª Exposição Agrícola, com produtos de origem exclusiva da região de Brazlândia e Ceilândia. “Neste evento, os produtores serão incentivados a apresentar os seus melhores produtos, que serão avaliados por um júri. Os primeiros colocados receberão prêmios para celebrar a participação”, explica Claudinei.

Serão cerca de 500 amostras de produtos, incluindo hortaliças, frutas, grãos e flores, entre outros. “O público em geral fica muito satisfeito com a diversidade de produtos apresentados, além de ser um evento mais antigo do que a própria Festa do Morango”, conta o gerente local da Emater.

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Produção de Morango

Em 2023, a produção de morango no Distrito Federal chegou a 6.589 toneladas, produzidas por 559 produtores rurais em uma área de cultivo de 185,52 hectares, incluindo cultivos orgânico e convencional. Brazlândia, que também abrange a região de Alexandre de Gusmão, lidera o ranking com 6.310,5 toneladas. O valor bruto da produção (VBP) de morango no DF é superior a R$ 157 milhões.

Apesar de Brazlândia ser responsável pela maior parte da produção, outras regiões administrativas, como Ceilândia, Gama, Paranoá, Pipiripau, São Sebastião, Sobradinho, Taquara e Vargem Bonita, já estão produzindo essa hortaliça de forma significativa. A produção no DF é favorecida pela altitude, amplitude térmica e o período seco característico da região.

28ª Festa do Morango

→ Dias – De 6 a 8 de setembro (sexta a domingo) e de 12 a 15 de setembro (quarta a domingo)

→ Horários – Quintas e sextas, das 18h às 2h. Sábados e domingos, das 10h às 2h.

→ Local – Sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), na BR-080, Km 13 (Brazlândia)

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Agropecuária

Adubo orgânico: ouro verde produzido pelo SLU impulsiona produção agrícola no DF

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Órgão transforma resíduos orgânicos gerados pela população em composto rico em minerais e nutrientes; agricultores locais recebem o material de forma gratuita e reduzem os custos das produções

O Distrito Federal é hoje um exemplo de como tratar o lixo gerado pelos seus 2,9 milhões de habitantes em sintonia com o desenvolvimento econômico local. Mais de 70 mil toneladas de resíduos e rejeitos recolhidos todo mês pela coleta convencional do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) passam a ter uma solução desenvolvida por este Governo do Distrito Federal (GDF) para geração de renda, principalmente para os agricultores locais.

Das 70 mil toneladas recolhidas pelo SLU todo mês, cerca de 40% são processadas pela usina de compostagem do órgão, em Ceilândia. Os restos de comida, cascas de frutas e vegetais, em vez de serem despejados em um lixão, gerando chorume não tratado e gases tóxicos, passam por uma transformação natural e se tornam adubos orgânicos ricos em minerais eficientes para os agricultores conseguirem produzir e prosperar, mesmo em um solo pobre em nutrientes, como o do Cerrado.

Os restos de comida, cascas de frutas e vegetais, em vez de serem despejados em um lixão, gerando chorume não tratado e gases tóxicos, passam por uma transformação natural e se tornam adubos orgânicos ricos em minerais eficientes para os agricultores conseguirem produzir e prosperar

Os restos de comida, cascas de frutas e vegetais, em vez de serem despejados em um lixão, gerando chorume não tratado e gases tóxicos, passam por uma transformação natural e se tornam adubos orgânicos ricos em minerais eficientes para os agricultores conseguirem produzir e prosperar

No ano passado, foram 19.796,52 toneladas de resíduos transformados em composto orgânico. De janeiro a julho deste ano, esse número chegou a 8.765,72 toneladas. O resultado desse processo biológico é o que garante o ganha pão de muitos agricultores do Distrito Federal, como é o caso do Edivan Ferreira Machado, 48 anos. Com uma propriedade de seis hectares em Ceilândia, ele se junta a mais 299 produtores que receberam neste ano a doação do material rico em minerais e nutrientes para adubar e fertilizar o solo onde colhem as plantações.


“Já tem muitos anos que eu recebo de graça o material de compostagem do SLU. Se eu não contasse com essa doação, a minha atividade simplesmente não existiria, eu não conseguiria produzir nada. Os outros adubos no mercado são muito caros para nós, pequenos produtores, e o do governo é de graça, eu pago só o frete”, defendeu Edivan Ferreira.

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Com uma propriedade de seis hectares em Ceilândia, Edivan Ferreira Machado se junta a mais 299 produtores que receberam neste ano a doação do material rico em minerais e nutrientes para adubar e fertilizar o solo onde colhem suas plantações

O agricultor conta com uma doação de 90 toneladas de adubo orgânico por ano. É graças ao composto processado pelo SLU que ele consegue fornecer elementos nutritivos à terra e melhorar a estrutura do solo e o nível de aproveitamento dos adubos minerais. A fertilidade do terreno por meio da compostagem doada é o que garante aos agricultores colheitas ideais para abastecer o mercado local com produtos frescos e de boa qualidade.


“Aqui eu produzo uma variedade de verduras. Tenho pimentão, vagem, abóbora, mas o meu ponto forte é o tomate, que é onde eu priorizo a aplicação do adubo orgânico. O composto dá mais resistência e a terra fica mais solta, úmida e fácil de trabalhar. Na safra do tomate, eu consigo colher cerca 300 caixas por semana. Levo para a Feira do Produtor de Ceilândia e vendo tudo por lá mesmo”, completou seu Edivan.


No caso do seu Edivan, por exemplo, a doação do material gera a ele uma economia de mais de R$ 54 mil reais por hectare em um ano, se levar em consideração somente a plantação de tomate

Os benefícios do composto processado pelo SLU são para além da fertilização do solo. A iniciativa sustentável deste GDF de transformar os resíduos orgânicos em adubo garante também a continuidade e o fortalecimento da atividade agrícola na capital federal, aquecendo a economia local ao gerar emprego e renda aos produtores. No caso do seu Edivan, por exemplo, a doação do material gera a ele uma economia de mais de R$ 54 mil por hectare em um ano, se levar em consideração somente a plantação de tomate.


“Essa iniciativa beneficia tanto o SLU quanto o produtor. Se não fossem as propriedades para escoar o composto, eles precisariam dar outra destinação. Trata-se de uma política pública nobre porque o adubo é utilizado para produzir alimentos com uma responsabilidade ambiental e social muito importante também, porque ajuda a produzir comida e gera renda e segurança alimentar às famílias. É uma via de mão dupla que todos saem ganhando”, defende o zootecnista e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Aécio Prado.


Compostagem

O gerente das UTMBs, Vinícius de Abreu, diz que itens da coleta convencional do SLU são encaminhados para as duas usinas de tratamento mecânico biológico passam por triagem para a retirada dos recicláveis e rejeitos, que são encaminhados para o Aterro Sanitário do DF

A transformação dos resíduos orgânicos em adubo ocorre por meio de um processo natural de fermentação com a presença de ar, umidade a alta temperatura, que proporcionam a decomposição desses itens de origem vegetal e animal pela ação de bactérias e fungos.

Esses microrganismos são considerados os protagonistas, uma vez que são os responsáveis pela fermentação natural que promove a transformação da matéria orgânica em composto.

A prática permite o reaproveitamento de resíduos, reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos e diminuindo os custos de produção para os agricultores. Também ajuda a minimizar o impacto ambiental, ao evitar que rejeitos orgânicos sejam descartados de forma inadequada e contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O zootecnista e extensionista da Emater-DF, Aécio Prado, defende que “Essa iniciativa beneficia tanto o SLU quanto o produtor. Se não fossem as propriedades para escoar o composto, eles precisariam dar outra destinação”

No Distrito Federal, a Lei nº 6.518/2020 tornou a atividade obrigatória para entidades públicas, privadas e condomínios residenciais e comerciais. A lei estabeleceu um cronograma progressivo para que esses geradores destinem seus resíduos orgânicos para tratamento por processos biológicos, como a compostagem.

Como funciona

Os itens da coleta convencional do SLU são encaminhados para as duas usinas de tratamento mecânico biológico (UTMBs), uma na Asa Sul e outra em Ceilândia. Nesses locais, os itens passam por triagem para a retirada dos recicláveis e rejeitos, que são encaminhados para o Aterro Sanitário do DF, enquanto a parte orgânica é encaminhada para outra linha de processamento, que ocorre somente na unidade de Ceilândia.

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