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Ajuda do governo federal ao Rio Grande do Sul já soma R$ 62,5 bilhões

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Força-tarefa que atende à população atingida completa um mês

Um mês após o início da atuação da força-tarefa do governo federal no Rio Grande do Sul, já foram destinados emergencialmente ao estado R$ 62,5 bilhões para socorrer a população atingida pelas enchentes. Fortes chuvas atingiram o estado desde o dia 27 de abril, causando tragédia sem precedentes na região. Até ontem (30), os eventos climáticos extremos atingiram 471 cidades, mataram 169 pessoas e deixaram mais de 626 mil fora de suas casas.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), desde 30 de abril o governo federal tem atuado em seis frentes no apoio à população gaúcha, ao empresariado, à gestão do estado e dos municípios atingidos. São elas: resposta emergencial ao desastre, cuidado com as pessoas, apoio às empresas, medidas para o governo estado, medidas para os municípios e medidas institucionais.

Na quarta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do anúncio de novas medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul e destacou a resposta federal articulada ao desastre climático para que não haja burocracia que atrase a tomada de decisões de forma que a ajuda chegue rapidamente. “Temos que fazer as coisas acontecerem. Quem tem fome tem pressa, mas quem perdeu suas coisas, sua casa, sua rota, sua roupa, seus animais, seus familiares, tem muito mais pressa”, declarou o presidente.

Rio Grande do Sul: visitas presidenciais

Nesses 30 dias, Lula esteve três vezes no estado para acompanhar a situação. O primeiro deslocamento foi a Santa Maria, em 2 de maio. Lá, ele garantiu que não faltariam recursos financeiros federais para atender às necessidades básicas da população atingida pelos temporais. Em 5 de maio, o presidente desembarcou em Porto Alegre, acompanhado de representantes dos Três Poderes e de uma comitiva de 15 ministros. Em 15 de maio, retornou ao Rio Grande do Sul, e na ocasião, no município de São Leopoldo, anunciou a criação do Auxílio Reconstrução, no valor de R$ 5,1 mil a cada uma das famílias desalojadas e desabrigadas.

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Articulação

Para agilizar a tomada de decisões, em 2 de maio o governo federal instalou uma sala de situação no Palácio do Planalto, que realizou reuniões diárias com ministros e autoridades. Em 6 de maio, o governo Lula inaugurou um escritório em Porto Alegre para que os ministros e equipes tomassem decisões de modo articulado com as demandas regionais.

Na terceira visita ao Rio Grande do Sul, em 15 de maio, o presidente Lula criou a Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, ocupada pelo ministro Paulo Pimenta, que tem recebido demandas de autoridades locais, da sociedade e de representantes do empresariado do estado. Pimenta tem apresentado novas medidas do governo federal para o Rio Grande do Sul e orientado os prefeitos sobre planos de reconstrução dos municípios, que devem ser enviados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Recursos federais

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao Rio Grande do Sul arrasado pelas chuvas. Entre as ações do governo federal, além da liberação de recursos, estão a antecipação de benefícios e a prorrogação do pagamento de tributos:

  • Auxílio Reconstrução – R$ 174 milhões para o pagamento de R$ 5,1 mil a cada família, em parcela única, para aquisição de itens perdidos nas enchentes. O primeiro lote, com 34.196 famílias, começou a ser pago nesta quinta-feira (30);
  • Adiantamento do Bolsa Família – 619.741 famílias beneficiadas por investimento de R$ 793 milhões.
  • Mais 21,7 mil famílias foram incluídas no Bolsa Família ao longo do mês e receberam o repasse nessa quarta-feira (29).
  • Benefício de Prestação Continuada – 95.109 beneficiários – R$ 134 milhões.
  • Liberação do FGTS – 228,5 mil trabalhadores em 368 municípios – R$ 715 milhões.
  • Seguro Desemprego – duas parcelas adicionais a 6.636 trabalhadores – R$ 11 milhões.
  • Restituição antecipada do Imposto de Renda para 900 mil pessoas – R$ 1,1 bilhão.
  • Abono salarial – 756.121 trabalhadores – R$ 793 milhões.
  • Benefícios previdenciários – 2 milhões de pessoas – R$ 4,5 bilhões.
  • Bolsas de Pós-Graduação – 17 mil estudantes – R$ 50 milhões;
  • Fortalecimento de ações emergenciais de saúde (montagem de 12 hospitais de campanha e envio de 135 kits emergenciais) – R$ 282 milhões.
  • Alimentação escolar, limpeza e reparo das escolas – R$ 22 milhões.
  • Importação de até 1 milhão de toneladas de arroz para suprir os prejuízos com a safra no estado – R$ 7,2 bilhões.
  • Apoio a empresas de todos os portes afetadas pelas inundações – R$ 15 bilhões.
  • Linha especial de crédito de R$ 30 bilhões para micro e pequenas empresas.
  • Linha especial de crédito de R$ 5 bilhões para pequenas e médias empresas.
  • Linha de R$ 4 bilhões para agricultura familiar e o médio produtor.
  • Prorrogação do recolhimento de tributos federais por até três meses para pessoas físicas e jurídicas – R$ 4,8 bilhões.
  • Três medidas federais garantiram ao governo do estado reforço financeiro de mais de R$ 23 bilhões.
  • Postergação do pagamento da dívida com a União por três anos – R$ 11 bilhões.
  • Abatimento da suspensão de juros por três anos – R$ 12 bilhões
  • Antecipação da parcela do Piso Nacional de Enfermagem – R$ 12,9 milhões.
  • Liberação de emendas parlamentares – R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 743 milhões pagos até segunda-feira (27).
  • Parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – R$ 190 milhões, destinados a 47 municípios.
  • R$ 310 milhões em ações da Defesa Civil, aprovados para 207 municípios. Desses, R$ 176 milhões já haviam sido pagos até segunda-feira (27).
  • R$ 22 milhões já pagos em apoio ao acolhimento de 120 mil pessoas em 88 municípios.
  • Análise de crédito com aval da União para 14 municípios – R$ 1,8 bilhão.
  • Antecipação da parcela do Piso Nacional de Enfermagem – R$ 19 milhões já pagos.
  • Suspensão do pagamento de financiamentos do programa Minha Casa, Minha Vida por até seis meses para 17,4 mil famílias.
  • Suspensão do pagamento de financiamentos por 12 meses a bancos públicos: BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Finep.
Além do investimento total, o governo federal contabiliza:
  • 38,8 mil profissionais mobilizados;
  • 8,5 mil equipamentos disponibilizados;
  • 12 hospitais de campanha montados;
  • 1,1 mil toneladas de alimentos entregues ou em trânsito;
  • 4,9 mil toneladas de doações transportadas pelos Correios;
  • 456 mil cidadãos com energia restabelecida.

Fato Novo com informações: ICL / Agência Brasil

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O que foi a Revolta dos Quebra-Quilos, que aconteceu no nordeste há 150 anos

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Uma revolta popular tomou conta da cidade de Campina Grande (PB) em 31 de outubro de 1874. O estopim? O Império português queria implementar um novo sistema de pesos e medidas, copiando o modelo que existia na França.

A ideia era aposentar unidades de medida muito usadas no Brasil, como a braça (2,2 m) ou o quintal (58,758 kg). Elas deviam ser substituídas pelo metro e o quilograma. Quem não se adaptasse poderia receber multa e passar até 10 dias na prisão.

O novo sistema foi oficializado em 26 de junho de 1862. Mas nem todo mundo soube de cara. A população paraibana, pega de surpresa, viu na mudança uma tentativa de criar impostos. Quem vendia, afinal, repassava no preço o valor gasto com os instrumentos de medida oficiais.

Tudo isso motivou centenas de agricultores, pecuaristas e pequenos comerciantes a invadir a feira de Campina Grande. Eles destruíram as novas balanças e medidas imperiais, e espalharam panfletos com o “Manifesto da Sedição do Quebra-Quilos”.

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Finados: Quais as principais tradições da data no Brasil

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Chuvas de pétalas, velas e cataventos são algumas das formas de prestar homenagens na data

No próximo dia 2 de novembro é comemorado o Dia de Finados. A data é celebrada simultaneamente em alguns países e a diversidade cultural proporciona tradições e homenagens distintas, ao redor do mundo, para aqueles que já se foram.

Feriado no Brasil, Finados mobiliza milhões de pessoas de norte a sul seja em visitas aos cemitérios, igrejas e outros espaços religiosos. Diferente de países como o México, onde o Dia de los Muertos é celebrado com festa, aqui a data tem um caráter mais reflexivo e invoca o respeito e a saudade daqueles que partiram.

A relação próxima com a religião se reflete na realização de missas e cultos ecumênicos especiais nesse dia, inclusive nos cemitérios. Mas na hora das homenagens algumas diferenças podem ser percebidas de uma região para outra. Flores e velas são um traço tradicional de Finados, mas é possível encontrar também, principalmente em São Paulo, muitos túmulos enfeitados com cataventos coloridos. No Nordeste, em estados como o Ceará, por exemplo, devido ao clima seco e ensolarado, os túmulos são enfeitados com flores artificiais e muitas famílias iniciam essa decoração na semana que antecede a data, para que o local esteja bem bonito no dia 2.

Outra iniciativa pode ser vista em alguns cemitérios é o sobrevoo de helicóptero com uma emocionante chuva de pétalas, encantando os visitantes e trazendo mais leveza para a ocasião.

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Para Roberto Toledo, diretor de operações e sustentabilidade do Grupo Zelo, maior empresa de serviços funerários do Brasil, as tradições de Finados no país mudaram muito pouco nos últimos anos e isso pode estar ligado aos mitos e paradigmas criados pelos brasileiros em relação à morte. “Muitas pessoas ainda alimentam crenças negativas em relação aos cemitérios, mas o setor vem trabalhando para desmistificar cada vez mais o assunto, criando uma relação com o tema. E Finados é uma boa oportunidade para fortalecer o que há de positivo: a lembrança, a homenagem e reflexão sobre a vida”, afirma.


Segundo ele, existe um movimento ainda tímido, que ganhou força depois da pandemia, que é a realização de homenagens virtuais. “Há plataformas que permitem acender velas virtuais ou mesmo deixar recado em um mural online e isso se torna uma facilidade para aqueles que moram longe dos locais de sepultamento dos entes queridos e não querem deixar de celebrar a data ou até mesmo para aqueles que não gostam de frequentar os cemitérios”, ressalta Toledo.


Fonte: Dariane Araújo – FSB

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Tribunal do Júri do Rio condena assassinos de Marielle Franco

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Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz receberam vereditos com penas pesadas após quase sete anos do crime que chocou o Brasil e o mundo

O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou nesta quinta-feira (31) os assassinos da vereadora Marielle Franco, morta a tiros de submetralhadora em março de 2018, e de seu motorista, Anderson Franco, também vitimado no atentado. Ronnie Lessa, o autor dos disparos, foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio de Queiroz, que conduzia o veículo que emboscou a parlamentar, recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses. Os dois condenados são ex-PMs.

Ronnie e Élcio foram considerados culpados pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, a assessora de Marielle que sobreviveu ao ataque, e receptação do veículo Cobalt prata, utilizado no crime.

Na plateia do tribunal, familiares da vereadora e do motorista foram tomados pela emoção. Em meio a choro, Marinete e Antônio, pais de Marielle, e a filha dela, Luyara, se abraçaram juntamente com a viúvas Mônica Benício, ex-companheira da parlamentar, e Ágatha Reis, esposa de Anderson.

Apesar de as penas terem sido elevadas, por conta do acordo de delação assinado pelos dois réus, que entregaram os mandantes do crime, eles devem ficar presos bem menos tempo. Ronnie Lessa ficará na cadeia por um período máximo de 18 anos, enquanto Élcio de Queiroz permanecerá no regime fechado por no máximo 12 anos.

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Fonte: Revista Fórum

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