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Saúde

Além de salvar vidas, vacina contra o HPV pode economizar R$ 1,9 bilhão para o país

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Um estudo internacional recente reforça a importância da vacinação contra o HPV. Além de prevenir cânceres como o de colo de útero — o terceiro mais comum em mulheres no Brasil —, a imunização é crucial para reduzir um custo de cerca de R$ 1,9 bilhão gerado anualmente por doenças associadas ao vírus

A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), um dos principais alvos da campanha ‘Setembro em Flor’ de prevenção a cânceres ginecológicos, é vital não apenas pela saúde, mas também pela economia.

Segundo um estudo divulgado em junho, o HPV e as doenças a ele associadas, especialmente o câncer de colo de útero, geram um custo de cerca de R$ 1,9 bilhão aos cofres públicos brasileiros. Reduzir essa despesa permite que o sistema de saúde direcione recursos para outras doenças menos preveníveis, reforçando a vacinação como uma medida de saúde pública e econômica.

O Vírus e Seus Riscos

O HPV é o vírus sexualmente transmissível mais frequente no mundo, com mais de 200 tipos identificados. Ele tem como alvo a pele e as mucosas, podendo causar:

  • Verrugas genitais
  • Cânceres de colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.

O câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil (excluindo o câncer de pele não melanoma) e tem as maiores taxas de mortalidade feminina na Região Norte, conforme explica o infectologista Marcelo Cordeiro.

Estratégias de Prevenção

A prevenção contra o HPV e suas consequências mais graves é multifacetada:

  1. Vacinação: Recomendada antes do início da vida sexual.
  2. Uso de Preservativos: Essencial em todas as relações sexuais.
  3. Exames Preventivos: A realização regular do Papanicolau permite identificar e tratar lesões precocemente.
  4. Acompanhamento Médico: Fundamental para avaliação e tratamento de quaisquer sinais.

Esquema Vacinal no Brasil

Desde 2024, o Ministério da Saúde adota o esquema de dose única para meninos e meninas de 9 a 14 anos, seguindo recomendação da OMS para alcançar a meta global de erradicação do câncer de colo do útero até 2030.

Já para pessoas imunocomprometidas (como transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/aids), na faixa etária de 15 a 45 anos, o esquema de três doses é mantido.

A vacina oferecida na rede pública protege contra quatro tipos do HPV. Na rede privada, está disponível uma versão que protege contra nove tipos do vírus, oferecendo uma cobertura mais ampla.

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Sinais de Infecção e Recomendação Médica

A infecção pelo HPV pode ser assintomática em homens e mulheres. Contudo, o sinal mais comum é o aparecimento de verrugas genitais ou elevações na pele, em forma de lesões ou caroços, nas regiões genital, anal ou garganta.

Em caso de suspeita ou aparecimento de sinais, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente. O profissional poderá solicitar exames como o Papanicolau (mulheres) ou a Peniscopia (homens), além de indicar o tratamento mais apropriado para as lesões.


Fonte: Ptexto

 

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