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Distrito Federal

Animais se recuperam após enfrentarem pior incêndio em 10 anos na Flona

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Os incêndios florestais deixaram um rastro de devastação na mata e provocaram ferimentos em vários animais, que foram resgatados. Dois deles morreram e um não poderá retornar à natureza, mas os outros, aos poucos, vão se recuperando

Assustados e com queimaduras. Assim chegaram ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e ao Zoológico de Brasília um casal de tamanduás-bandeira, uma dupla de lobos-guará, um urubu-de-cabeça-preta, um gavião, uma cobra jararaca, filhotes de papagaio-galego e um filhote de cambacica. Em setembro deste ano, eles foram vítimas dos incêndios florestais que ocorreram na Floresta Nacional de Brasília (Flona) e em outras áreas durante o período de estiagem. Passados quase dois meses, os tamanduás, lobos-guará e o urubu continuam em tratamento, enquanto os outros animais já voltaram à natureza.

Entre os animais, estavam uma anta macho e um rato-selvagem, que morreram. A causa da morte da anta ainda não foi revelada, porém ela chegou ao zoológico com as patas queimadas e desidratada, tendo inalado fumaça durante as queimadas. Já o rato foi encontrado na área das queimadas muito ferido. Por outro lado, os sobreviventes estão lutando para se recuperar e passam por tratamento.

Os tamanduás foram encontrados com queimaduras nas patas e passam por tratamento no Zoológico de Brasília. O urubu macho, que estava mancando e com uma parte da asa queimada, teve um tratamento inicial feito no Zoo e depois foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB) para se recuperar totalmente. Os dois lobos-guará se perderam de suas famílias por causa do fogo na vegetação próxima a Brazlândia e Santa Maria. Um foi atropelado e o outro foi encontrado embaixo de um carro.

Para a bióloga Bruna Cavalcante, as queimadas têm um impacto significativo na fauna local. “Causa efeitos devastadores, pois deixa os animais mais expostos e ameaçados devido à rápida proliferação do fogo. A perda de habitat é uma das maiores consequências. Isso força muitas espécies a se deslocarem para longe de suas zonas habituais. E muitos desses animais ficam expostos a predadores, pois dependem da vegetação para se esconder”, afirmou.

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Tratamento dos animais

Inicialmente, a anta e o casal de tamanduás, apelidados de Flora e Jatobá, foram tratados no hospital veterinário do Zoológico com analgésicos para dor. Para ajudar na cicatrização, eles passaram pelo processo de aplicação de pele tilápia nas patas, técnica usada para a regeneração de tecidos queimados. Além disso, os animais passaram por exames de imagem, mas nenhum precisou de cirurgia.

Flora e Jatobá ficam em uma área isolada da visitação do Zoológico. Sob a supervisão de quatro veterinários, a rotina deles se baseia na alimentação de folhas de embaúba, legumes e verduras, na prática do banho de sol e na troca de curativos, quando necessário. Quanto à previsão de alta, o Zoo afirmou que “quando trata-se de animais silvestres, não podemos dar previsões. Cada animal tem seu tempo de recuperação”.

No Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da UnB, o urubu, apelidado de Naldinho, faz fisioterapia. Com a asa recuperada, a ave ainda apresentava ausência de sensibilidade e mobilidade dos pés. As sessões de cinesioterapia, que tratam o corpo por meio de movimentos e exercícios físicos, ocorrem três vezes por semana. Naldinho ainda tomou soro injetável e analgésicos para aliviar a dor. A equipe de 14 profissionais fornece um recinto específico, onde ele toma sol diariamente, é alimentado com carne e frango, além da água potável para se manter bem hidratado. Atualmente,
o paciente consegue ficar em pé e deixa as médicas veterinárias do local, Evelyn Pimenta e Juliana Dias, otimistas por uma rápida recuperação.

A dupla de lobos, um filhote e um adulto, foi encontrada na zona urbana, fugindo das queimadas. O adulto, encontrado na rodovia de Santa Maria, foi encaminhado ao Hospital de Fauna Silvestre do Ibram, onde recebeu um placa óssea na perna, devido à fratura grave que sofreu. Os veterinários tentam reabilitá-lo para que o animal possa voltar à natureza futuramente.

Já o lobo filhote, encontrado na estrada de Brazlândia, estava debaixo de um carro, perdido de sua família e inseguro em meio a tantos veículos na rodovia. No Hospital e Centro de Reabillitação da Fauna Silvestre, a equipe constou uma deficiência de locomoção irreversível no animal. Por isso, ele não poderá ser solto no meio ambiente.

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Solidariedade

Diante da devastação na Flona pelo fogo, as equipes de resgate do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (Icmbio), Instituto de Brasília Ambiental (Ibram), Jardim Zoológico e do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) forneceram alimentação suplementar e monitoraram alguns animais, que não precisaram sair do local para serem atendidos.

Foram distribuídos alimentos em pontos estratégicos da área de preservação, para evitar que os animais migrassem para rodovias ou sofressem com a escassez de alimentos, devido à perda de quase 50% da vegetação. Os que não sofreram lesões graves, foram monitorados no local e alimentados com frutas silvestres do Cerrado.

Filhote de Lobo-Guará que foi atropelado e não retornará a natureza

Filhote de Lobo-Guará que foi atropelado e não retornará a naturezaMaterial Cedido ao Correio

Lobo-Guará adlto que foi atropelado e tem chances de voltar a natureza

Lobo-Guará adlto que foi atropelado e tem chances de voltar a naturezaMaterial Cedido ao Correio

Na foto, a anta que faleceu no dia 18 de setembro.

Na foto, a anta que faleceu no dia 18 de setembro.Fotos: Divulgação/Zoológico de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de BrasíliaJuliana Dias, médica, veterinária e técnica do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de BrasíliaReprodução/Redes Sociais

Momento em que os médicos veterinários do Zoolóógico  aplicaram o processo de tilápia nas patas queimadas da anta -protocolo utilizado para regeneração de pele nos animais-.

Momento em que os médicos veterinários do Zoolóógico aplicaram o processo de tilápia nas patas queimadas da anta -protocolo utilizado para regeneração de pele nos animais-.Divulgação/Zoológico de Brasília


Com informações: Correio Braziliense

Cultura

CAIXA CULTURAL Brasília apresenta ‘Bonitinha, mas ordinária’, de Nelson Rodrigues

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Pela primeira vez, a peça é protagonizada por uma família preta. Em circulação pelo Brasil, a montagem já foi vista por 4.800 pessoas em três capitais

A CAIXA Cultural Brasília apresenta, de 12 a 22 de dezembro, a peça “Bonitinha, mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues, com grande elenco e direção de Bruce Gomlevsky. As sessões acontecem de quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Os ingressos estarão à venda a partir do dia 7 de dezembro no site Bilheteria Cultural e na bilheteria do teatro. Todas as sessões contam com intérprete de libras. A peça tem o patrocínio da CAIXA.

A nova montagem, idealizada pela Quereres Produções, surge 62 anos depois de sua primeira encenação. É a primeira vez que a peça é protagonizada por uma família preta. O texto dialoga com a sociedade atual, abordando temas fortes como a violência contra a mulher, o racismo e a hipocrisia. “Bonitinha, mas Ordinária” já teve inúmeras versões para os palcos e três adaptações para o cinema.

A encenação de Bruce Gomlevsky manteve a ambientação da história na década de 1960. “A peça fala sobre a elite do atraso que está no poder há anos oprimindo as pessoas. As lutas identitárias não podem perder o foco, já que a exploração e a desigualdade continuam”, comenta o diretor.

Além das apresentações, a produtora promove ainda a “Oficina do Riso”. Com duração de quatro horas, a oficina será realizada no dia 14 de dezembro e terá 25 vagas destinadas a atores principiantes e profissionais que desejem aprender ferramentas para a Arte do Humor. A oficina destina-se à prática da comicidade, por meio de jogos e improvisações entre os participantes.

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A montagem estreou em agosto deste ano no Rio de Janeiro (RJ). Na sequência, passou por Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e encerra do ano de 2024 na capital federal. Desde a estreia, a peça foi assistida por 4.800 espectadores.

Sinopse:

Em “Bonitinha, Mas Ordinária”, Edgard é um rapaz de origem humilde que faz um acordo para se casar com Maria Cecília, uma moça rica que foi desonrada. Mas sua vizinha, Ritinha, se torna um dos vértices de um triângulo amoroso.

Elenco:

O espetáculo tem no elenco Emílio Orciollo Netto (Edgard), Sol Miranda (Ritinha), Júlia Portes (Maria Cecília), Ricardo Blat (Werneck) e Sylvia Bandeira (Dona Lígia). A peça ainda conta com Claudio Gabriel, Alexandra Medeiros, Leo de Moraes, Marília Coelho, Jitman Vibranovski, Kênia Bárbara, Ágatha Marinho, Aline Dias, Junior Vieira, Vini Portella e Leo de Moraes.

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Serviço:

[Teatro] “Bonitinha, Mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues

Local: Caixa Cultural Brasília

Endereço: Setor Bancário Sul Q. 4|Lotes 3/4 – Asa Sul, Brasília – DF

Datas: de 12 a 22 de dezembro de 2024

Horários: quinta-feira a sábado às 20h; domingo às 19h

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Classificação Indicativa: 16 anos

Duração: 110 min

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia – incluídos clientes CAIXA) à venda, a partir de 7 de dezembro (primeiro final de semana) e 14 de dezembro (segundo final de semana). Na bilheteria da CAIXA Cultural, às 9h, e no site Bilheteria Cultural, às 13h.

Capacidade: 406 lugares (7 cadeirantes)

Informações: (61) 3206-9448 (recepção) | (61) 3206-6456 (bilheteria)

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Há acessibilidade para pessoas com deficiência e intérprete de libras em todas as sessões.

[Oficina] Oficina do Riso, com Cláudio Gabriel

Local: Teatro da CAIXA Cultural Brasília

Data: 14 de dezembro

Horário: das 14h às 18h

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Duração: 240 min

Público-alvo: atores e atrizes (seleção mediante o envio de breve currículo)

Vagas: 25

Início das inscrições: 5 de dezembro a partir das 13h, por meio de link disponibilizado no site da CAIXA Cultural


Assessoria de Imprensa da CAIXA

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Distrito Federal

Vacina contra HPV é aliada na prevenção do câncer de colo de útero

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Rede pública de saúde do Distrito Federal oferece o imunizante, que ajuda a proteger contra subtipos do vírus responsáveis por 70% dos casos da doença

O câncer no colo do útero mata sete mil mulheres por ano no país e, de acordo com o Ministério da Saúde, são mais de 17 mil diagnósticos anuais. Chefe do Núcleo de Detecção Precoce do Câncer da Secretaria de Saúde (SES-DF), Sônia Maria Ferri afirma que a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês) colabora para a prevenção da doença.

“O imunizante protege contra quatro tipos do vírus, dois de baixo risco e dois de alto. Os de baixo risco são encontrados em 90% dos condilomas genitais, também conhecidos como verrugas genitais. Em relação aos de alto risco, a dose previne os subtipos de HPV responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero”, detalha Ferri.

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) muito comum, que pode provocar desde verrugas genitais até neoplasias, como câncer no colo do útero, no pênis e na laringe. “Estudos sugerem que entre 50% e 60% da população terá contato em algum momento da vida com o papilomavírus. Por isso, a melhor forma de prevenção é a vacina”, recomenda a especialista.

O público-alvo da imunização contra o HPV são meninas e meninos entre 9 e 14 anos, 11 meses e 29 dias. Pais e responsáveis devem procurar uma unidade básica de saúde (UBS) para vacinar seus filhos em dose única. Atualmente, a dose também pode ser aplicada em pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês) e em pacientes com condições clínicas especiais, com indicação do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie).

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Distrito Federal

IgesDF abre novos processos seletivos com salários de até R$ 12 mil

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Inscrições foram abertas nesta segunda-feira (2); candidaturas podem ser feitas até as 23h59 do dia 8 de dezembro

Nesta segunda-feira (2), o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) abriu dois novos processos seletivos. As oportunidades são para nefrologista e enfermeiro administrativo. A carga horária varia de 24 a 40 horas semanais e a remuneração vai de R$ 5.187,841 a R$ 12.744,02, conforme o cargo e o nível de escolaridade.

As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de dezembro, exclusivamente pelo site oficial do instituto. Para se candidatar, o interessado deve ter o diploma do curso, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Os benefícios das vagas são auxílio-transporte, clube de benefícios com descontos em estabelecimentos parceiros, abono semestral e folga de aniversário.

Veja abaixo os requisitos específicos para as vagas.

Enfermeiro administrativo (edital n° 161/2024)

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• Diploma do curso de Enfermagem, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), ou declaração de conclusão de curso, devidamente assinada e carimbada;

• Pós-graduação completa em áreas da educação, tais como Docência em Enfermagem, e Educação em Saúde, entre outras, comprovada por meio de certificado reconhecido pelo MEC;

• Registro ativo no Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF), como enfermeiro;

• Experiência mínima de seis meses como enfermeiro na área assistencial;

• Experiência mínima de seis meses na área de educação em saúde com docência, preceptoria, educação continuada ou educação permanente em instituições hospitalares;

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• Curso de nível intermediário em Pacote Office, comprovado por meio de certificado;

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