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Aumento de animais silvestres em áreas urbanas acende alerta no Brasil: o que fazer?

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O avanço da urbanização e a perda de habitat natural têm levado felinos como a jaguatirica e o puma a se aproximarem das cidades, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Especialista orienta sobre riscos e medidas de segurança

O aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas brasileiras tem se tornado cada vez mais frequente, um fenômeno diretamente ligado ao crescimento desordenado das cidades e à consequente perda de habitat natural. A médica veterinária Camila da Silva Machado Andreazza, docente da FSG, explica que o desmatamento e a construção de estradas forçam a fauna a se aproximar dos centros urbanos.

Entre os felinos mais avistados estão o gato-do-mato-pequeno, o gato-maracajá, a jaguatirica e até mesmo o puma, com ocorrências concentradas em áreas próximas a fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado.

Riscos para a Fauna e a População

A presença desses animais em centros urbanos representa riscos duplos, tanto para os silvestres quanto para os humanos:

  • Riscos para os Animais: A fauna fica exposta a atropelamentos, perseguições, envenenamentos e doenças transmitidas por animais domésticos.
  • Riscos para a População: Felinos de médio e grande porte, como o puma, podem atacar para se defender, o que representa perigo real em encontros com pessoas ou animais de estimação.
O Que Fazer em Caso de Avistamento?

A principal orientação, segundo a especialista, é manter a distância e não intervir.

  1. Não se aproxime: Mantenha distância do animal em segurança.
  2. Acione imediatamente órgãos competentes: Ligue para a Secretaria do Meio Ambiente, Polícia Ambiental ou Corpo de Bombeiros.
  3. Proteja animais domésticos: Mantenha cães e gatos em segurança dentro de casa.
  4. Evite a divulgação em tempo real: Não compartilhe a localização do animal nas redes sociais em tempo real, para evitar caça ilegal ou perseguições.
  5. Nunca tente capturar ou alimentar o animal.
Soluções para a Convivência Sustentável

Para reduzir os conflitos, a convivência harmoniosa deve passar por medidas de educação ambiental e planejamento urbano responsável. Entre as ações cruciais estão:

  • Manutenção de corredores ecológicos para conectar fragmentos de floresta.
  • Planejamento urbano responsável que respeite as áreas naturais.
  • Instalação de passagens de fauna em rodovias.
  • Campanhas educativas para conscientização da população.

A especialista ressalta que o poder público, universidades e ONGs têm um papel essencial na preservação, pesquisa e no resgate seguro desses animais.


Fonte: Joceline Alemar, Máquina Cohn & Wolfe

 

 

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