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Baixa taxa de vacinação abre caminho para doenças esquecidas

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Em 10 anos, vacinas como BCG, Poliomielite e Tríplice Viral tiveram redução na cobertura vacinal o que pode prejudicar a saúde na infância e colocar o país em uma crise sanitária

As vacinas são métodos seguros e eficazes para combater doenças em todo mundo. Ainda assim, contrariando as evidências científicas, muitas pessoas deixam de vacinar as crianças, o que pode provocar uma grave crise sanitária, além de interferir no bom desenvolvimento ao longo da infância e juventude.

Desde 2016, o Brasil não alcança as metas de cobertura vacinal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2024, até o momento, nenhuma das vacinas de rotina da primeira infância atingiram a meta conforme dados do painel de cobertura vacinal do Ministério da Saúde. A pasta explica que os dados são atualizados constantemente pelas secretarias municipais, por isso, não é possível afirmar que as metas não serão alcançadas até o fim do ano.


O presidente do departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, afirma que a queda constante nos índices de vacinação foi quebrada nos últimos dois anos e deve se concretizar este ano. “A gente interrompeu essas quedas em 2022. Em 2023, já houve um discreto aumento e agora 2024, parece que esse aumento continua se consumindo em todas as vacinas de uma maneira geral”, avalia Kfouri.


Kfouri afirma ainda que o governo federal aumentou o investimento nas campanhas de vacinação e que as estratégias precisam ser desenvolvidas pontualmente nos estados e municípios também.

No mais recente boletim de imunização da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), publicado em maio de 2024, a organização destaca ações realizadas nos estados brasileiros para reconquistar a confiança da população e aumentar os índices de imunização. Em Minas Gerais, a Opas apontou a estratégia de vacinação extramuros e realização de oficinas com as equipes de vacinação. Durante as discussões, as equipes elencaram os seguintes desafios: falta de capacitações (39,7%), falta de recursos humanos qualificados para trabalhar em salas de vacina (27,2%), fake news (9,6%), falta de estrutura (7,4%). Já em São Paulo, ganhou destaque a campanha Vacina 100 Dúvidas. Após a ação houve importante aumento da cobertura vacinal de imunizantes que compõem o calendário básico, como a da vacina BCG, que subiu de 79,3% para 83,1%.

No ano passado, o Ministério da Saúde lançou um Movimento Nacional pela vacinação e investiu R$ 6,5 bilhões na compra de imunizantes. Também foram desenvolvidas ações para ampliar os horários e os locais de vacinação a fim de atingir mais pessoas. Estratégias que ajudaram, mas ainda não resolveram por completo o problema da queda na vacinação no país.

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