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Bebidas Falsificadas: Setor treina empresas para identificar adulteração

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Associações de bares e fabricantes oferecem treinamento gratuito para identificar adulteração em destilados. O mercado ilegal atinge 36% dos produtos e representa risco à saúde do consumidor

Associações representativas de bares, restaurantes e fabricantes de bebidas destiladas (Abrasel, ABBD e Abrabe) estão oferecendo treinamento gratuito para que donos e funcionários de estabelecimentos comerciais possam identificar adulteração ou falsificação em produtos. A iniciativa visa combater o mercado ilícito, que, segundo pesquisa da FHORESP, atinge 36% das bebidas comercializadas no país.

Os cursos detalham os principais pontos de segurança para proteger a saúde do consumidor e evitar riscos legais.

Como identificar adulteração em garrafas

O treinamento orienta que a análise deve começar pela tampa, que é o principal ponto de segurança. Tampas originais devem apresentar acabamento preciso e sem espaçamentos. A presença de lacres plásticos sobrepostos a tampas decoradas é um forte indicador de adulteração.

Outros sinais críticos incluem:

  • Selo Fiscal: Selos autênticos em bebidas importadas, produzidos pela Casa da Moeda, possuem holografia que revela apenas uma das letras (R, F ou B) por vez.
  • Líquido: Garrafas da mesma marca devem ter o mesmo nível de enchimento e apresentar líquidos translúcidos, sem impurezas ou diferenças de coloração.
  • Rótulo: Produtos legítimos têm impressão de alta qualidade e informações obrigatórias em português, incluindo o número de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Erros de grafia indicam falsificação.

Riscos e Descarte Correto

As associações alertam que estabelecimentos que adquirem produtos por canais informais ou deixam de exercer cautela podem ser responsabilizados criminalmente. O mercado ilegal, impulsionado pela alta carga tributária, oferece produtos até 48% mais baratos do que os originais, mas coloca a saúde do consumidor em risco extremo.

O treinamento também enfatiza o descarte correto das garrafas vazias, pois 100% das bebidas falsificadas identificadas em operações policiais foram envasadas em garrafas originais reutilizadas. As empresas são orientadas a comprar apenas de fornecedores conhecidos, exigir nota fiscal e, se possível, checar a autenticidade da nota junto à Receita Federal.

Como resultado dos casos de contaminação por metanol, alguns estabelecimentos em São Paulo já adotaram medidas de precaução. Relatos de funcionários indicam queda no consumo de destilados, levando bares a suspender temporariamente a venda desses produtos, mesmo com fornecedores confiáveis, para garantir a segurança da clientela.

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Com informações:Agência Brasil

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