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Distrito Federal

Câncer de cabeça e pescoço: detecção precoce pode alcançar 90% de cura

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Inca estima 39.550 novos casos no Brasil em 2025; Hospital de Base do DF confirma 856 casos no primeiro semestre

O câncer de cabeça e pescoço ganha destaque no mês de julho, com a cor verde simbolizando a conscientização e combate à doença, celebrada no Dia Mundial neste domingo (27). A especialidade abrange diversos cânceres localizados em regiões como boca, língua, palato, gengivas, amígdalas, laringe, seios paranasais, couro cabeludo e tireoide.

Índices e perspectivas

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), quando descoberto na fase inicial, o índice de cura pode chegar a 90%. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 39.550 novos casos surjam no Brasil em 2025, sendo 2.760 no Centro-Oeste.

Apenas no primeiro semestre de 2025, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) confirmou 856 novos casos, dos quais quase 150 são de câncer de tireoide.

Desafios do diagnóstico

Segundo a médica endocrinologista do HBDF e doutora em câncer de tireoide avançado Cristiane Jeyce, o principal desafio é a natureza assintomática da maioria dos casos: “O câncer de tireoide é o tumor endocrinológico mais comum e afeta mais as mulheres que os homens, geralmente na faixa entre 20 anos e 55 anos. Infelizmente, eles acabam buscando acompanhamento médico com menor frequência.”

Sintomas principais

Os principais sintomas incluem:

  • Surgimento de nódulo no pescoço
  • Manchas brancas ou avermelhadas na boca
  • Feridas que não cicatrizam em até duas semanas
  • Dor de garganta persistente por mais de 15 dias
  • Dificuldade ou dor ao engolir
  • Alterações na voz ou rouquidão prolongada
Importância dos exames

A realização de exames corretos é fundamental para detecção precoce. Darlene da Conceição descobriu um tumor durante tratamento para hipotireoidismo: “Passei vários anos fazendo acompanhamento, mas estranhava que meu médico nunca solicitava um ultrassom. Eu já sabia que esse tipo de exame era necessário para identificar possíveis cânceres, então busquei uma nova médica.”

Apesar de ser técnica em medicina nuclear, Darlene não percebeu o aumento do nódulo: “Já estava com pouco mais de 2 cm e era necessário realizar uma punção. Com o câncer constatado, passei por cirurgia de retirada da glândula. Felizmente, hoje posso falar que estou há nove anos livre do câncer.”

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Abordagem individualizada

A médica Cristiane Jeyce enfatiza a importância da abordagem personalizada: “Cada paciente possui o seu histórico, tumores e situações diferentes. Nunca devemos seguir o tratamento como uma regra para todos. O importante é manter os exames em dia e procurar ajuda médica.”

 


Com informações: Agência Brasília/IgesDF

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