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Cuba apresenta relatório e aponta prejuízo de US$ 7,5 bilhões pelo bloqueio dos EUA

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O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, denunciou o recrudescimento das sanções sob o governo Trump e alertou que os danos em apenas dois meses equivalem ao custo de combustível para toda a demanda elétrica do país. A resolução contra o bloqueio será votada na ONU em outubro

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, apresentou em Havana, nesta quarta-feira (17), o relatório anual sobre o impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos. O documento, que abrange o período de março de 2024 a fevereiro de 2025, estima que o bloqueio causou prejuízos de US$ 7,5 bilhões à ilha caribenha.

Segundo Rodríguez, esse valor representa um aumento de cerca de 50% em relação ao ciclo anterior, resultado do recrudescimento das sanções aplicadas pelo novo governo republicano de Donald Trump e pelo secretário de Estado Marco Rubio.

“As consequências dessa política se evidenciam dramaticamente nas carências enfrentadas pelo nosso povo. Essa realidade é inegável e tangível”, afirmou o ministro, reiterando que o objetivo explícito das sanções é forçar uma “mudança de regime” por meio da asfixia econômica.

O Custo Humano e Energético

Em um contexto de dificuldades no fornecimento de energia elétrica em Cuba, o chanceler destacou que os prejuízos causados em apenas 60 dias — cerca de US$ 1,6 bilhão — são equivalentes ao custo do combustível necessário para atender toda a demanda elétrica do país.

Além das perdas econômicas quantificáveis, Rodríguez denunciou o “dano humano extraordinário” da política, que, segundo ele, é impossível de ser expressado em números, dada a angústia e privações causadas às famílias cubanas.

Bloqueio e o Cenário Internacional

O relatório cubano integra o projeto de resolução que será apresentado, como ocorre anualmente, à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), sob o título Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba.

A resolução será debatida e votada nos dias 28 e 29 de outubro. Nos últimos 32 anos, o bloqueio tem sido condenado por uma maioria quase unânime da comunidade internacional na ONU, sendo os EUA e Israel os principais votos contrários.

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Em sua intervenção, o chanceler também alertou a ONU sobre a crescente ofensiva e militarização dos Estados Unidos no Caribe, que, segundo ele, coloca a região à beira da guerra e ameaça a paz e a segurança.


Fonte: Brasil de Fato

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