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Agropecuária

DF se destaca como referência nacional em produção agrícola

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Segundo pesquisa do Ministério da Agricultura e Pecuária, Distrito Federal é a 13ª unidade da Federação que mais contribui para a ascensão agrícola do país

O Distrito Federal é referência nacional na produção agrícola. A capital é a 13ª unidade da Federação que mais contribui para a ascensão do agronegócio nacional, segundo dados recentes do Ministério da Agricultura e Pecuária. De acordo com a pesquisa, Brasília ocupa o 61º lugar entre os 100 municípios brasileiros que mais produzem no país.

Para se ter ideia, o setor movimentou cerca de R$ 6 bilhões (valor bruto) no DF no ano passado, em uma área produtiva de 178,5 mil hectares, conforme relatório do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O cultivo do feijão, por exemplo, ultrapassou a marca de 39 mil toneladas em 2023. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão é que haja um aumento de 2,3% na safra de feijão em todo o país, incluindo o DF.


“A colocação do Distrito Federal neste ranking mostra o acerto das políticas de incentivo implementadas por este GDF na produção agrícola, e a dedicação e o esforço dos nossos produtores. A Seagri [Secretaria de Agricultura] e a Emater têm papel fundamental nos bons resultados que temos alcançado. É um importante componente da nossa economia, que, além de produzir alimentos para dentro e fora do DF, gera emprego e renda para a nossa cidade”, valoriza a vice-governadora Celina Leão.


O cultivo do feijão no Distrito Federal ultrapassou a marca de 39 mil toneladas em 2023; a previsão é que haja um aumento de 2,3% na safra em todo o país | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

O feijão é um dos plantios que mais se destacam no DF. O grão tem um grande diferencial em relação ao milho e à soja: o período entre o plantio e a colheita. Enquanto a fase de cultivo do feijão pode variar de 60 a 100 dias, a do milho e a da soja podem chegar a um prazo de 115 a 150 dias. Além disso, em razão do clima tropical, é comum que os produtores brasileiros obtenham duas safras de feijão por ano, o que contribui para maior segurança alimentar, renda rural, diversificação de culturas produtivas e sustentabilidade.

O produtor rural César Augusto Gelain, 31 anos, é um dos agricultores do DF que têm apostado na tecnologia e na eficiência da produção de feijão. “Hoje, nós temos a estrutura tecnológica para poder trabalhar com feijão. Então, ele se torna interessante pela colheita rápida. Com isso, é possível agregar valor e ter mais rentabilidade. A margem de lucro e o operacional do feijão sempre é melhor e acaba compensando mais”, conta.

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O produtor rural César Augusto Gelain investe no plantio do feijão: “Ele se torna interessante pela colheita rápida. Com isso, é possível agregar valor e ter mais rentabilidade” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Carlos Antônio Banci, engenheiro agrônomo da Emater, ressalta o papel da assistência técnica do GDF. Essa orientação é vital para que os agricultores se sintam confiantes em investir e melhorar suas produções. Estão à disposição dos agricultores linhas de crédito rural, cursos, oficinas, incentivos na produção e comercialização de produtos, além da assistência técnica. Atualmente, a Emater possui 22.950 produtores cadastrados na empresa. Desses, 9.386 são produtores familiares.

“O apoio da Emater se dá por meio de assistência técnica, na orientação de crédito rural para obter financiamento, na questão ambiental e na questão das declarações que o agricultor precisa”, afirma.


Fonte: Agência Brasília

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Agropecuária

Lula sanciona lei que autoriza R$ 500 mi para agricultura familiar

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Governo quer com isso aumentar financiamento de produtores rurais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (27), a lei que autoriza o governo a aumentar a participação em até R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO) no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O objetivo da Lei 2.750/2024 é reforçar as garantias de acesso de financiamento para os agricultores. Uma cerimônia no Palácio do Planalto celebrou a nova legislação que pode beneficiar trabalhadores do campo em todo o país.

Alimentação saudável

Na assinatura da lei, o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, enfatizou que o investimento será importante também para incentivar a alimentação saudável ao beneficiar a agricultura ecológica e orgânica por linha de crédito do Pronaf.

Teixeira citou que houve aumento do financiamento para a produção de itens como feijão (176%), cebola (56%), batata (24%), laranja (28%) e o açaí (226%).

Alta

O governo defende que agricultura familiar é uma prioridade de investimento. No Plano Safra da Agricultura Familiar 2023-2024, foram destinados R$ 71,6 bilhões ao Pronaf, que foi 34% superior ao ano anterior e o maior da série histórica, conforme foi divulgado em julho.

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Na safra 2022/2023, ainda segundo o governo, foram realizados 1,4 milhão de contratos de crédito pelo Pronaf. A quantidade foi maior na safra entre julho 2023 e junho de 2024, com 1,6 milhão de operações (aumento de 16,2%).

Também houve ampliação nos valores contratados por agricultores e produtores rurais familiares. Em 2022/2023, foram R$ 53,2 bilhões. Já em 2023/2024, o montante contratado por meio do Pronaf foi de R$ 59,6 bilhões, 12,1% a mais.

Criado em 1996, o Pronaf tem a finalidade promover o desenvolvimento sustentável do meio rural com ações para implementar o aumento da capacidade produtiva,  e a geração de empregos e renda.


*Agência Brasil

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Agropecuária

DF se destaca na exportação de carnes, sorgo e morangos frescos

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Primeiro boletim trimestral sobre comércio exterior do Distrito Federal aponta redução de 73,7% no déficit da balança comercial no primeiro trimestre de 2024

Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), aponta que a capital registrou uma redução de 73,7% no déficit da balança comercial no primeiro trimestre de 2024, atingindo US$ 285,6 milhões, em comparação ao mesmo período de 2023. Essa diminuição reflete uma desaceleração na corrente de comércio internacional da região, com quedas expressivas tanto nas exportações quanto nas importações. As exportações totalizaram US$ 49,6 milhões, o que representa uma queda de 51,8% em valor e 45,6% em volume, enquanto as importações somaram US$ 335,1 milhões, com destaque para as compras públicas do governo federal.

Apesar de responder por uma pequena fatia do comércio exterior nacional (apenas 0,1% das exportações e 0,6% das importações do Brasil), o Distrito Federal tem se destacado em nichos específicos. A capital se posicionou como o terceiro maior exportador de sorgo para semeadura e de morangos frescos, além de ocupar a nona posição nas exportações de carnes congeladas de aves. Por outro lado, o DF ainda tem participação limitada na exportação de produtos como soja e milho, que são de grande relevância para a economia local.

A diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena, destacou o papel estratégico do levantamento: “O boletim reforça nosso compromisso de fornecer informações relevantes para tomada de decisões estratégicas no âmbito do DF e será uma ferramenta útil para compreender a posição da capital federal no comércio internacional.”

A indústria de transformação foi a principal responsável pelas exportações (78,9%) e importações (99,8%) do DF, com destaque para o aumento nas importações de produtos agropecuários, que subiram 168% em relação ao ano anterior. No entanto, o setor agropecuário representou uma fatia menor nas importações (0,2%) e nas exportações (21,1%). Um dos produtos que se destacou foi a carne suína, com crescimento notável de 267,8% no valor das importações, o que indica uma mudança nas tendências de consumo e comércio do Distrito Federal.

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A exportação de carne de aves congelada é um dos destaques apontados no Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal | Foto: Arquivo/ Agência Brasília

Esse desempenho, no entanto, ainda encontra desafios relacionados à diversificação da pauta comercial. Para a coordenadora de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF, Adrielli Dias, é essencial aproveitar as oportunidades reveladas no boletim: “Compreender a dinâmica do comércio exterior do DF é fundamental para orientar estratégias de integração internacional, buscando ampliar a competitividade em nichos específicos e superar os desafios estruturais para diversificar a pauta comercial.”

O mercado externo do DF também registrou uma alta de 3,72% no índice geral de preços das commodities, com exceção da soja, que sofreu quedas no período. A taxa de câmbio também influenciou esse cenário, com o real se desvalorizando frente ao dólar, o que favoreceu as exportações, mas aumentou o custo das importações.


*Com informações do IPEDF

 

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Agropecuária

Programas do GDF fortalecem pequenos produtores e a segurança alimentar

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Iniciativas coordenadas pela Secretaria de Agricultura incentivam a formação de cooperativas e facilitam a comercialização de produtos a preços vantajosos

A agricultura familiar no Distrito Federal tem se fortalecido com suporte do Governo do Distrito Federal (GDF) em programas que promovem a segurança alimentar e impactam a economia rural. Por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a capital conta com iniciativas que garantem mercado para os pequenos produtores e estimulam a produção local, beneficiando tanto quem vive no campo quanto a população urbana.

De acordo com o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, os programas de compras públicas voltados para pequenos agricultores são essenciais para garantir um mercado estável. “Quando selecionados em chamadas públicas, esses produtores têm a certeza de venda de parte de sua produção a preços e quantidades previamente estabelecidos, o que permite um planejamento seguro. Com essa previsibilidade, eles podem até buscar linhas de crédito, fortalecendo suas operações e ficando menos vulneráveis às oscilações do mercado”, afirma o secretário.

Uma das principais ações é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa fornece refeições saudáveis para os alunos da rede pública de ensino vindos da agricultura familiar. A parceria da Seagri com a Secretaria de Educação assegura que os alimentos servidos nas escolas sejam frescos, variados e nutritivos, beneficiando milhares de crianças e adolescentes todos os anos. Entre 2019 e 2024, o PNAE contou com a participação de 5.325 produtores familiares.

Para os agricultores, o PNAE também representa um mercado seguro e previsível, o que facilita a produção para a safra seguinte. “De todos os programas, esse é o melhor. Porque é algo definitivo, tem o ano inteiro. Toda segunda-feira a gente faz as entregas nas escolas de Brazlândia e Samambaia. Para nós é um prazer poder contribuir para a alimentação das nossas crianças. São alunos que dependem dos itens que a gente produz. E a gente faz questão de levar para as escolas o produto de melhor qualidade, para que eles comam tudo fresquinho”, destaca o produtor Cliomarco Almeida, de 61 anos.

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Uma das principais ações é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa fornece refeições saudáveis para os alunos da rede pública de ensino vindos da agricultura familiar

Outro exemplo é o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura do Distrito Federal (Papa-DF), que abre as portas do governo para os pequenos produtores locais. Por meio de chamadas públicas, a iniciativa permite a compra direta de alimentos artesanais, assegurando a geração de renda e a estabilidade para quem tem a agricultura como fonte de renda. Nos últimos cinco anos, o Papa-DF movimentou um investimento de mais de R$ 11,6 milhões com a compra direta de 7.869.609,76 kg de alimentos locais.

Além disso, o DF também disponibiliza o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma política federal executada pela Seagri no Distrito Federal. Com o objetivo de promover o acesso à alimentação de pessoas em situação de vulnerabilidade e incentivar a produção da agricultura familiar, a iniciativa prevê a compra de alimentos produzidos por esses produtores e os destina a entidades socioassistenciais cadastradas nos equipamentos de segurança alimentar, como o Banco de Alimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa).

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