Instituto lança cartaz com espécies do Cerrado e reforça necessidade de preservação e conscientização.
Nesta quarta-feira (16), é comemorado o Dia Mundial da Cobra , data que busca conscientizar sobre a importância das serpentes para o equilíbrio dos ecossistemas. O Instituto Brasília Ambiental aproveita a ocasião para destacar o papel ecológico das cobras e divulgar ações de preservação no Cerrado , bioma com alto índice de biodiversidade de ofídios.
Serpentes no Cerrado: biodiversidade e função ecológica
Segundo dados científicos, o Cerrado abriga cerca de 117 espécies de serpentes , muitas delas não peçonhentas. Esses animais desempenham um papel essencial no controle de roedores, vetores de diversas doenças, além de servirem de alimento para aves, mamíferos e outras cobras, contribuindo para o equilíbrio da cadeia alimentar.
O biólogo do Instituto Brasília Ambiental, Thiago Silvestre , explica que as serpentes também têm relevância para a medicina:
“O veneno das cobras é utilizado na produção de soros antiofídicos, essenciais para o tratamento de acidentes ofídicos em hospitais especializados do Distrito Federal.”
Preservação é lei
Matar, capturar ou perseguir serpentes silvestres é crime ambiental previsto na Lei 9.605/98 , com possibilidade de multa e detenção. Em caso de avistamento em áreas urbanas, a orientação é manter distância e acionar o Batalhão da Polícia Militar Ambiental pelo 190 .
Silvestre reforça ainda a importância de educar crianças desde cedo sobre o comportamento correto diante de uma cobra: evitar aproximação e chamar um adulto responsável
Cartaz das Serpentes do Cerrado
Como parte das ações de conscientização, o Instituto Brasília Ambiental lançou no dia 3 de junho o Cartaz das Serpentes do Cerrado , durante a Semana do Meio Ambiente . A publicação faz parte da coleção “Eu Amo Cerrado” , desenvolvida pela Unidade de Educação Ambiental (Educ).
O objetivo é sensibilizar o público sobre a riqueza da biodiversidade local e promover a preservação das espécies.
Identificação de serpentes em Águas Emendadas
Outra iniciativa do instituto foi a sinalização da moradia de uma jararaca na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae) . A identificação do local surgiu após observações da educadora ambiental Clebiane Pereira , que confirmou a presença da cobra após estudo de comportamento.
A iniciativa visa orientar visitantes , evitar acidentes e promover o conhecimento sobre os hábitos do animal, como horários de deslocamento e preferência por ambientes sombreados ou ensolarados.
Educação ambiental como ferramenta de transformação
A vice-governadora do DF, Celina Leão , destacou a relevância da educação ambiental:
“Ações que promovem o entendimento do papel de cada animal no ecossistema são fundamentais para despertar a consciência da população sobre a importância de preservar o meio ambiente.”
Já o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer , afirmou que ações educativas mudam perspectivas:
“Eu mesmo sou fruto dessas ações. Arquiteto por formação, nunca imaginei que aprenderia tanto sobre meio ambiente. Hoje, minha vida é o meio ambiente.”
Com informações: Agência Brasília / Instituto Brasília Ambiental