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‘É preciso uma operação de guerra para qualificar a informação’, alerta pesquisador das fake news

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Especialista em redes, Lúcio Uberdan avisa que só Judiciário e polícia não bastam para travar a disseminação de mentiras

O consultor Lúcio Uberdan lida com tecnologias de informação e comunicação há 17 anos. Compôs, em 2011, a equipe de redes sociais da secretaria de comunicação do governo Tarso Genro. Antes, participou da campanha digital da então candidata à presidência, Dilma Rousseff.

Atualmente faz consultoria no campo do marketing político, setor de sua formação. Trabalhou durante muitos anos com monitoramento digital e, hoje, o foco de sua atuação é o marketing digital.

Nesta conversa com Brasil de Fato RS, ele analisa a enxurrada de fake news em diferentes momentos da história recente do Brasil, especialmente agora no Rio Grande do Sul abalado pelas cheias, solo fértil para os produtores e os propagadores de mentiras. Entre suas advertências, uma deve ser ressaltada: não se combate desinformação somente com Judiciário e polícia.

Acompanhe:

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Brasil de Fato RS – Junto com a enxurrada que maltrata o Rio Grande veio outra, a enxurrada de notícias falsas que agrava ainda mais uma situação que já é tremendamente crítica. Como alguém que lida, estuda e monitora as redes sociais, o que viu que mais o espantou nas últimas semanas?

Lúcio Uberdan – Vivemos uma enxurrada de desinformação mas que não se restringe só a um evento em especial. Vamos ver traços de fake news, seja por perspectiva política ou econômica, em todos os grandes debates que envolvem a sociedade. Por quê? Porque ela é, de certa forma, um produto dessa sociedade hiperconectada, com excesso de informação.

Hoje, cada pessoa tem um celular que destrava dezenas, talvez uma centena de vezes por dia, em busca de conexão. Destrava para ir na rede social, tentar falar com alguém, olhar um grupo. Acaba sendo um produto deturpado desse excesso de comunicação que a gente tem e que, por orientações políticas ou econômicas, vai tentar aproveitar todos os eventos que puder. No Rio Grande do Sul, o que me chamou a atenção, entre várias fake news, duas foram bem impactantes.

O Exército foi elencado como principal alvo dessas baterias de fake news

Uma, de um ponto de vista mais dramático, com todas as mentiras sobre corpos boiando. Foi muito impactante porque pega no emocional das pessoas. “Quando a água baixar, vocês verão dezenas, centenas de corpos”, coisas do gênero.

Outra tem uma conotação mais política, que é a de desconstrução do Exército, até então um parceiro político de um setor que se aproveita muito dessa tática. O Exército foi elencado como principal alvo dessas baterias de fake news.

BdF RS – Em termos de plataformas usadas para semear mentiras como está o seu ranking no que se refere às cheias no Sul? Onde mais a mentira prosperou? Quem está gastando mais com o impulsionamento? Quem está ganhando mais dinheiro com a desinformação? Você tem números da visualização?

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Lúcio Uberdan – Todas as plataformas digitais acabam sendo instrumentalizadas por processos de desinformação. Algumas, por serem visíveis, abertas para as pessoas verem o que é publicado, como o Instagram, o Facebook, e também por seus interesses comerciais por terem escritório no país, vêm avançando no diálogo com os órgãos de controle e assinando termos de conduta, de parceria, de apoio no combate à desinformação.

O WhatsApp até pode dizer que vai te ajudar porém não vai derrubar uma mensagem dentro de um grupo privado

Seguem, sem dúvida alguma, sendo instrumentalizadas pelas redes de desinformação mas, a cada dia, torna-se mais difícil para essas redes operarem nelas. Por outro lado, os mensageiros e os sites, em especial, também, são duas áreas de conteúdo dentro da internet que ainda seguem em zonas cinzentas muito grandes.

O WhatsApp até pode dizer que vai te ajudar no combate à desinformação porém não vai derrubar uma mensagem dentro de um grupo privado. E por quê? Porque não quer tornar público, que ele (a plataforma) pode estar lendo aquela mensagem. No caso dos sites, muitas vezes eles estão dentro de um servidor próprio, de um CNPJ próprio, e aí, para derrubar essa desinformação, é preciso uma ordem judicial. O que envolve um trâmite muito maior.

Todas as plataformas são instrumentalizadas. Algumas caminham num processo de maior contribuição, de maior parceria com os órgãos de controle. Outras se tornam ainda mais difíceis pela sua própria natureza.

A revista Oeste investiu R$ 410 mil em impulsionamento em 30 dias

Agora, quem dessas plataformas e desses atores está lucrando, ou está investindo, ou está ganhando dinheiro com essa desinformação, é um pouco mais difícil de dizer. Mas posso, por exemplo, citar, sem medo de errar que, entre esses atores, a revista Oeste, o Brasil Paralelo e a Gazeta do Povo, sem dúvida alguma, estão entre os primeiros.

Um exemplo: a revista Oeste investiu R$ 410 mil em impulsionamento nos últimos 30 dias dentro do grupo Meta, Facebook e Instagram. Quase meio milhão de reais em impulsionamento. O Brasil Paralelo, mais de R$ 260 mil. A Gazeta do Povo eu não sei quanto investiu, por exemplo, no Twitter (X) mas todo dia tem anúncio no Twitter. Muitos deles, anúncios de opinião, de estímulo a discurso de ódio, contra governo, muitas vezes com informações de caráter bem duvidoso. Esses três, pelo volume de informação e de investimento que têm vão estar na linha de frente.

BdF RS – O que percebeu de diferente, agora, na enchente de 2024, em comparação com outros dois grandes surtos de desinformação ocorridos nas eleições presidenciais de 2018 e 2022? Embora o caso seja mais parecido com a maré de desinformação surgida na pandemia, quando contou com Bolsonaro como o grande propagador, não?

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Lúcio Uberdan – Existem técnicas de conteúdo, de abordagem, de táticas de viralização muito similares. Mas muito mais complexas do que a gente tinha. Em 2018, por exemplo, o foco era muito em torno do WhatsApp. Após 2018, muito em torno dos influencers, mas atualmente muito em torno do impulsionamento, como a revista Oeste, com quase meio milhão de reais em 30 dias.

Acho que a grande diferença que temos agora é menos do jeito que é produzido, das táticas de viralização que se tem, e muito mais da priorização, da mobilização, da proatividade que se tem hoje das instituições em combater as fake news.

Depois do que aconteceu em janeiro de 2023, o combate à desinformação ganhou urgência nas instituições

Em 2018, quase não tinha oposição (à desinformação). Em 2022, o Judiciário já acorda, a área política já acorda, a imprensa, de certa forma, já estava acordada mas executava pouco, mas já estava um pouquinho presente.

Agora, em 2024, principalmente depois do que aconteceu em janeiro de 2023 (a invasão dos poderes e tentativa de golpe), esse tema ganha urgência dentro dessas instituições. Aqui no Rio Grande do Sul, com 23 dias de crise, o tema de fake news já foi uma prioridade. Foi a principal questão durante a crise e, em dois ou três dias já mobilizou o governo, o Judiciário, as plataformas.

Acho que a grande mudança que se tem, na comparação entre 2018/2022 e agora, é a prioridade que está se dando a combater e entender a gravidade que é a desinformação.

Um dos objetivos das notícias falsas é se aproveitar da raiva da sociedade e promover um caos informativo

BdF RS – Seria correto dizer que o objetivo da onda de notícias falsas é gerar insegurança e raiva na população como forma de criar um caos informativo e, assim, atingir o poder público envolvido no resgate e no acolhimento das vítimas?

Lúcio Uberdan – Sem dúvida, um dos principais objetivos dessa onda de notícias falsas é se aproveitar da raiva da sociedade e promover um caos informativo, dificultando as ações de campo. É aí que reside o crime das fake news. Porque fake news por fake news em si não é crime, mas num contexto como esse que vivemos, uma onda de desinformação que prejudica um salvamento ou gera pânico na sociedade, tem problemas para a vida das pessoas. Sem dúvida alguma, é criminoso.

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Porém, tem outras camadas também que são importantes para pontuarmos. As fake news também têm por objetivo a desconstrução do seu oponente político, principalmente para aquelas que são criadas por atores políticos.Também têm o objetivo de consolidar determinadas narrativas. Ou seja, eu produzo notícia falsa para destruir meu oponente político, produzo notícia falsa para também consolidar uma determinada mensagem. E também, em alguns casos, principalmente para aqueles atores que têm o objetivo da monetização, as fake news são uma forma de extrair valor com a audiência e também desinformar.

Se ficares dizendo que, quando baixarem as águas, vai haver 300 corpos boiando vais gerar uma audiência muito maior

Um bom exemplo disso é a desconstrução do Exército. É sabido também que a monetização das plataformas, a venda de publicidade online, alimenta-se da audiência e a audiência se alimenta com uma constante desinformação. A desinformação gera audiência. Se ficares dizendo que, quando baixarem as águas, vai haver 300 corpos boiando e fizeres (postares) umas fotos quaisquer, isso tudo vai gerar uma audiência muito maior do que explicar o passo-a-passo para as pessoas acessarem determinada política pública. Então, tem um interesse econômico também.

BdF RS – É interessante notar que, embora a origem e o impulsionamento venham da extrema direita, e tenham como alvo o governo federal, também outras instâncias de governo são atingidas. Dois exemplos: a) em Canoas, a prefeitura teve que gravar boletins desmentindo que todas as doações dirigidas ao município seriam confiscadas pelo poder municipal; b) em Pelotas, a prefeita fez o mesmo para desmentir que uma onda gigante com sete metros de altura vinha pelas lagoa dos Patos e afogaria a cidade.

Lúcio Uberdan – Sem dúvida, o governo federal é um dos alvos principais, o mais visível de toda essa campanha de desinformação. Mas, como a desinformação é muito mais ampla do que apenas combater um inimigo político, acaba tendo zonas cinzentas muito grandes. E se agrava mais porque estamos em ano eleitoral. Cada cidade tem algum interesse diferente para aquele grupo mais à direita daquele município.

Dificilmente a gente vai ver algum ataque coordenado contra a prefeitura de Porto Alegre ou algumas prefeituras da Serra. Mas, tirando elas, quase todos as restantes são alvos, inclusive empresas, inclusive outros órgãos que, em tese, são apartidários, como o Exército.

A gente atraca o maior navio de guerra do país para salvar as pessoas, mas a nossa comunicação ainda segue de estilingue

BdF RS – Há uma distinção entre os influenciadores políticos propriamente ditos e os não políticos, grupo do qual fazem parte as celebridades. Como está acompanhando o comportamento de um e outro grupo na catástrofe de agora?

Lúcio Uberdan – Vejo, no caso das celebridades – acompanho um pouco pela mídia – tal pessoa do BBB chegou agora no abrigo. Quero ver se esse tipo de celebridade tenta aproveitar o momento. É algo pontual em busca de uma visibilidade, fazendo algo muito básico. Já os influencers políticos são aqueles que se pautaram menos pela discussão política do que pelo apoio direto às pessoas atingidas pela enchente, como o caso do Felipe Neto, que ganhou uma exposição muito grande, principalmente porque viabilizou inúmeras coisas (ajudas) e menos pelo debate político.

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BdF RS – Os governos, especialmente o federal, através do ministro Paulo Pimenta, têm usado a internet para rebater notícias falsas. Você acompanhou essas falas? Este modo de rebater funciona?

Lúcio Uberdan – Todos os esforços da Secom e do ministro são de grande importância e já apresentam resultados concretos. Inclusive do ponto de vista de rebater a desinformação de forma direta, ainda que, nesse caso específico, acho que houve um resultado menor.

Os grandes resultados que temos no combate à desinformação ocorrem menos pela capacidade da nossa informação se sobrepor a cesse movimento e muito mais por conta das articulações com outras instituições, como o Judiciário e polícia. Existe uma certa crença – e aí estou apenas chutando – de que se a gente conseguir tirar as pessoas que desinformam, derrubar os conteúdos e enquadrar as plataformas, vamos resolver o problema da desinformação. Isso é uma grande ilusão. A desinformação não será resolvida apenas assim. Isso vai cumprir um papel importante mas se a comunicação institucional segue com um vácuo de comunicação, se segue burocrática, se segue lenta será sempre uma presa para a desinformação.

Dou um bom exemplo com o que estamos vivenciando no Rio Grande do Sul. Foi montada uma estratégia de guerra para salvar os gaúchos que estão em áreas alagadas. Está se formando uma estratégia de guerra para financiar a economia. Durante esse processo, está se dizendo que as fake news são muito importantes. Só que a gente não montou igualmente uma estratégia de guerra de informação junto às pessoas do estado sobre o que, de fato, está acontecendo. Então o que acontece? A gente atraca o maior navio de guerra do país para salvar as pessoas, mas a nossa comunicação ainda segue de estilingue.

Só silenciar quem desinforma – e tem que silenciar mesmo – e manter as plataformas em rédea curta não vai resolver o problema”

Temos um problema grave que torna difícil acharmos que, em um horizonte próximo, vamos conseguir vencer a batalha. Principalmente se seguirmos apenas na lógica de que se eu silenciar todos os que desinformam – e tem que silenciar mesmo – e manter as plataformas numa rédea curta, vou resolver o problema. Não vou.

Preciso também resolver um vácuo da informação institucional e preciso em momentos como esse também montar uma estratégia de guerra para a comunicação. Senão eu posso atracar o maior navio de guerra aqui e, daqui a pouco, ser uma péssima notícia. Virar uma péssima marca. Ser o exemplo de uma narrativa negativa. Por quê? Porque eu não tenho condições de projetar aquela informação com a potência, a velocidade, as características que se pedem na sociedade contemporânea e hiperconectada.

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É preciso ter capacidade de informar com rapidez e de forma segmentada, com conteúdos e plataformas na velocidade que a crise pede

BdF RS – Teremos um longo período de reconstrução do estado e das cidades atingidas, o que irá se misturar, logo adiante, com as campanhas eleitorais. Certamente, as fake news aumentarão juntando os dois eventos. Qual a melhor maneira de combater as mentiras que virão?

Lúcio Uberdan – O que vimos de fake news agora, durante esses dias da catástrofe que abateu o estado, provavelmente vai ser muito pouco perto do que  veremos durante todo o processo. E, se nesse período curto, achamos que foi muito negativo, precisamos entender que devemos ir além de jogar boa parte das fichas, ou talvez quase todas, num processo de achar que se resolve a desinformação anulando os seus agentes, localizando quem é o promotor e tirando-o da rede, derrubando o conteúdo.

Esta linha de atuação é muito importante, não pode parar e tem que ser aprofundada junto às plataformas, ao judiciário, à polícia. Mas essa linha sempre vai correr atrás e sempre vai chegar em uma só parte. Nunca vai conseguir resolver o problema. Para um processo longo como esse e para inúmeros outros, inclusive para o governo como um todo, é preciso resolver esse vácuo da comunicação institucional.

É preciso ter capacidade de informar com rapidez e de forma segmentada, com conteúdos e plataformas na velocidade e na intensidade que a crise pede. Só como exemplo inicial. Repito: não adianta a atracar o maior navio de guerra do país. Vai salvar inúmeras vidas e quem foi salvo vai entender. Mas quem não for salvo precisa ser comunicado. Quem não teve contato com esse navio precisa ser comunicado sobre isso de uma forma potente.

É o grande desafio e passa por essa combinação de várias ações, seja de maior controle das plataformas, de identificação das redes de desinformação, de derrubada de conteúdos, mas também de uma operação de guerra de qualificação da informação. Senão, enquanto a gente depender só da parte jurídica e policial, nunca vamos dar conta de toda a desinformação que se tem. Precisamos resolver esse vácuo informacional. Enquanto não resolvermos vamos estar sempre perdendo.


Fato Novo com informações: Brasil de Fato

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Multicultural e com custo-benefício atrativo, Canadá marca presença no Salão do Estudante com pavilhão exclusivo.

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País tem hoje 15. 615 estudantes em suas instituições de ensino

O Canadá tem se destacado como um dos destinos favoritos para brasileiros que buscam educação internacional, ocupando o segundo lugar no ranking de países mais procurados, atrás apenas dos Estados Unidos. Entre os cursos mais procurados, estão: Administração, Engenharia, Tecnologia da Informação (TI) e Ciências da Saúde, Direito e Relações Internacionais, Design e Artes Criativas, Ciências Ambientais e Sustentabilidade e Hospitalidade e Turismo. Além disso, muitos brasileiros também optam por programas de inglês e francês, aproveitando a chance de aprender uma nova língua em um país bilíngue.

Em 2023, segundo o Departamento de Imigração do Canadá (IRCC), 15.615 estudantes brasileiros estavam matriculados em programas de ensino com duração mínima de seis meses, que vão desde cursos de idiomas até o ensino superior. Esse número representa um aumento de aproximadamente 8% em relação a 2022, quando havia 14.415 brasileiros nas instituições de ensino canadenses.

Vantagens financeiras: a cotação do dólar canadense hoje está em 4,05 reais.

O Canadá combina uma educação de alta qualidade com um custo de vida mais acessível do que outros países populares para estudos, como os Estados Unidos ou o Reino Unido. Cursos de inglês ou francês, por exemplo, custam cerca de CAD 300 por semana, enquanto programas de graduação em universidades podem chegar a CAD 50.000 anuais. Ao somar despesas de moradia, alimentação e transporte, o investimento continua sendo atrativo para muitos estudantes internacionais.

Principais despesas de vida no Canadá:
  1. Taxas de matrícula: Entre CAD 7.000 e CAD 29.000 por ano para cursos de graduação, dependendo da instituição. Programas de pós-graduação podem ter custos similares ou mais altos.
  2. Moradia: Aluguel pode variar de CAD 500 a CAD 2.000 por mês, conforme a cidade e o tipo de acomodação.
  3. Alimentação: Os custos mensais variam entre CAD 240 e CAD 480, com opções de planos de refeição para quem mora no campus.
  4. Serviços (água, luz, internet): Cerca de CAD 100 ou mais por mês, com internet entre CAD 50 e CAD 100.
  5. Transporte: O passe mensal de transporte público custa de CAD 80 a CAD 156, dependendo da cidade, com desconto para estudantes em algumas instituições.
  6. Seguro de saúde: Estudantes internacionais podem precisar de seguro, com custos entre CAD 75 e CAD 120 por mês.
Facilidade de entrada no país

O Canadá é conhecido por ter processos de visto mais flexíveis. Para programas com até seis meses de duração, brasileiros podem viajar com um visto de turismo (Temporary Resident Visa – TRV). Caso o estudante tenha um visto americano válido ou tenha viajado ao Canadá nos últimos 10 anos, pode solicitar uma autorização eletrônica de viagem (eTA).

Já para programas superiores a seis meses, é necessário o Study Permit (Permissão de Estudo), que exige documentos como uma carta de aceitação de uma instituição canadense designada (DLI), comprovação financeira e, em alguns casos, exame médico.

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Esses programas refletem tanto a demanda no mercado de trabalho global quanto as oportunidades de emprego no Canadá após a graduação, tornando o país uma escolha estratégica para muitos.

Oportunidades de trabalho

Com uma permissão de estudo válida, estudantes internacionais podem trabalhar até 20 horas por semana durante o período letivo e em tempo integral durante as férias. Além disso, o Post-Graduation Work Permit (PGWP) permite que, após a graduação, o estudante trabalhe no país por até três anos, abrindo portas para uma futura residência permanente.

Cidades favoritas dos brasileiros

Toronto, Vancouver e Montreal continuam sendo os destinos mais populares entre brasileiros, mas cidades como Calgary, Halifax, Winnipeg, Ottawa e Cidade do Quebec também têm atraído muitos estudantes, oferecendo um custo de vida mais acessível e um ambiente acolhedor.

Salão do Estudante

Neste final de semana, dezenas de instituições de ensino canadenses estarão em um pavilhão exclusivo durante o Salão do Estudante, que ocorre em São Paulo e depois segue para o Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. É uma oportunidade única para conhecer mais sobre os cursos, falar diretamente com representantes das universidades e planejar os próximos passos rumo a uma educação no exterior.

SERVIÇO:

Salão do Estudante 2024

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São Paulo – 12 e 13 de outubro
Local: Centro de Convenções Frei Caneca – 5º andar
Endereço: Rua Frei Caneca, 569 – Bela Vista
Horário: 14h às 18h30

Rio de Janeiro – Copacabana – 15 de outubro
Local: Hotel Fairmont Rio de Janeiro
Endereço: Av. Atlântica, 4240 – Copacabana
Horário: 15h às 18:30

Rio de Janeiro – Barra – 16 de outubro
Local: Windsor Barra
Endereço: Av. Lúcio Costa, 2630 – Barra da Tijuca
Horário: 15h às 18:30

Brasília – 18 de outubro
Local: Centro de Convenções Brasil 21
Endereço: SHS Q06, L01, Cj. A, Setor Hoteleiro Sul
Horário: 14h às 17h30

Salvador – 20 de outubro
Local: Fiesta Convention Center
Endereço: Av. Antônio Carlos Magalhães, 741 – Itaigara
Horário: 14h às 17h30

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Lula sanciona lei para ampliar produção de combustíveis sustentáveis

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Texto prevê aumento de etanol na mistura da gasolina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira (8), a Lei Combustível do Futuro, que incentiva a produção e uso de combustíveis sustentáveis. Ela cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente.

De acordo com o texto, a margem de mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, 18% de etanol. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou os investimentos que serão feitos na produção de etanol a partir da nova lei.


“Vamos aumentar a mistura do etanol na gasolina. Estamos fortalecendo a cadeia do etanol criada há 40 anos, impulsionada nos anos 2000 com os veículos flex. Poderemos saltar do E27 até 35% de etanol na mistura. Isso vai expandir a produção nacional, que hoje é de 35 bilhões de litros, para 50 bilhões de litros por ano. São mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos e R$ 25 bilhões para formação de canaviais, de mais milharais e transportes. É a segunda geração do etanol”.


Ainda segundo o ministro, a Lei Combustível do Futuro vai gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos no agro e na cadeia dos biocombustíveis.

Programas

A lei institui três programas para incentivar a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso de biocombustíveis, com o objetivo de promover a descarbonização da matriz de transportes e de mobilidade.

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O primeiro deles é o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV). Esse programa estabelece que a partir de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). As metas começam com 1% de redução e crescem gradativamente até atingir 10% em 2037.

Já o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) prevê que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleça, a cada ano, a quantidade mínima, em volume, de diesel verde a ser adicionado ao diesel de origem fóssil.

Por fim, o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano tem como objetivo estimular a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso do biometano e do biogás na matriz energética brasileira. O CNPE definirá metas anuais para redução da emissão de gases do efeito estufa pelo setor de gás natural por meio do uso do biometano. A meta entrará em vigor em janeiro de 2026, com valor inicial de 1% e não poderá ultrapassar 10%.

Biocombustíveis

Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia.

Os dois principais biocombustíveis líquidos usados no Brasil são o etanol obtido a partir de cana-de-açúcar e, em escala crescente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis

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Os combustíveis sustentáveis são uma alternativa aos combustíveis fósseis, como o petróleo, gás natural e carvão mineral. O combustível fóssil é mais poluente e de produção bastante lenta, pois deriva da decomposição de matéria orgânica. Devido ao processo lento de formação desse tipo de combustível, ele não é renovável, pois não acompanha a demanda de consumo atual.

A nova lei também institui o marco regulatório para a captura e a estocagem de carbono e destrava investimentos que somam R$ 260 bilhões. A ideia do governo é criar oportunidades que aliam desenvolvimento econômico com geração de empregos e respeito ao meio ambiente.

“Colheita”

Em seu discurso, Lula destacou a importância da lei como exemplo de potencial econômico do Brasil. “A sanção dessa lei é uma demonstração de que nenhum de nós tem o direito de duvidar que o país pode ser uma grande economia. Porque esse país tem tudo para crescer. O que [o país] precisa é de governantes à altura das aspirações do povo brasileiro”.

O presidente também afirmou que o Brasil é respeitado pelos outros países pelas medidas tomadas na produção de energia limpa e afirmou que agora é hora da “colheita” das medidas implementadas desde o início do governo.

“Tenho dito para os meus ministros: agora é época da colheita. Agora é hora de a gente colher, e colher bem. Porque quero, outra vez, deixar a Presidência da República com esse país crescendo, respeitado no mundo inteiro, invejado no mundo inteiro pela nossa capacidade de fazer essa revolução energética que estamos fazendo”.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

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Moraes determina desbloqueio do X no Brasil

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Plataforma deve voltar a funcionar nas próximas horas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (8) o desbloqueio da rede social X no Brasil. Com a decisão, a plataforma deve voltar a funcionar nas próximas horas. 

A liberação foi feita após a empresa pagar multa de R$ 28,6 milhões para voltar a operar. A decisão também contou com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em 30 de agosto, Moraes retirou o X do ar após a empresa fechar seu escritório do Brasil e deixar de ter um representante legal no país, condição obrigatória para qualquer firma funcionar.

O bilionário Elon Musk, dono da rede social, anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil após a rede ser multada por se recusar a cumprir a determinação de retirar do ar perfis de investigados pela Corte pela publicação de mensagens consideradas antidemocráticas.

No entanto, a representação foi reativada nas últimas semanas, e a advogada Rachel Villa Nova voltou a ser a representante legal da rede. Com a reabertura da representação e o pagamento da multa, o X pediu ao ministro para voltar ao ar.

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Decisão

O cumprimento do desbloqueio deverá ser implementado pelas operadoras de telefonia. Moraes determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adote as medidas para notificar as empresas.

Ao liberar o retorno do X no Brasil, Alexandre de Moraes disse que a empresa cumpriu os requisitos necessários para voltar a operar em território nacional.

“Decreto o término da suspensão e autorizo o imediato retorno das atividades do X Brasil Internet LTDA em território nacional e determino à Anatel que adote as providências necessárias para efetivação da medida, comunicando-se esta Suprema Corte no prazo de 24 horas”, decidiu o ministro.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasília

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