O ano de 2025 é marcado por uma sequência de eventos astronômicos notáveis. Após o primeiro eclipse solar parcial em março, o próximo fenômeno do tipo está previsto para o dia 21 de setembro. Este evento, que ocorre duas semanas após um eclipse lunar total, repete o padrão do primeiro semestre, mas com diferenças significativas em sua dinâmica e alcance.
Apesar de ambos serem eclipses solares parciais e seguirem o mesmo intervalo de tempo de seus respectivos eclipses lunares, suas características são distintas. A análise desses fenômenos permite aprofundar o conhecimento sobre a mecânica celeste e a complexidade dos movimentos de Sol, Lua e Terra.
Entendendo o Fenômeno Astronômico
Para compreender as particularidades dos eclipses de 2025, é importante relembrar a definição de um eclipse solar. Este fenômeno ocorre quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, projetando uma sombra sobre o nosso planeta e bloqueando parcial ou totalmente a luz solar. Existem três tipos principais de eclipses solares:
- Parcial: A Lua apenas cobre uma parte do disco solar. A sombra mais externa da Lua, a penumbra, atinge a Terra.
- Anular: Ocorre quando a Lua está mais distante da Terra e não consegue cobrir completamente o Sol. O resultado é a formação de um anel de luz ao redor da sombra da Lua.
- Total: A Lua cobre completamente o Sol, criando um momento de escuridão total no meio do dia.
O eclipse solar de setembro, assim como o de março, é um evento parcial. Nesses casos, a sombra da Lua não se projeta de forma centralizada sobre a Terra, fazendo com que apenas uma porção do Sol seja ocultada, e o escurecimento do céu seja menos intenso.
Diferenças em Detalhes: Horário e Duração
Uma das primeiras diferenças notadas entre os dois eventos é o horário em que ocorreram. Enquanto o eclipse solar de março aconteceu durante a manhã, com início às 5h50 e término às 9h43 (horário de Brasília), o de setembro será no período da tarde. Segundo dados da plataforma Time And Date, a ocultação terá início às 14h29 e se encerrará às 18h53.
Essa diferença de horários também resulta em uma variação na duração total de cada evento. O eclipse de março durou 3 horas e 53 minutos. Já o de setembro, com 4 horas e 24 minutos de duração, será 31 minutos mais longo, permitindo uma observação prolongada para aqueles que estiverem nas regiões de visibilidade.
Magnitude e Visibilidade: Comparando a Cobertura
Outro ponto de distinção é a magnitude, ou seja, a porcentagem de área do Sol que foi coberta pela Lua. Apesar de ter sido mais curto, o eclipse solar de março teve uma magnitude maior. Em algumas áreas do Canadá, como na cidade de Iqaluit, a ocultação do disco solar chegou a mais de 90%.
O eclipse de setembro, por outro lado, terá uma cobertura máxima de 80%, em uma área remota no Pacífico Sul, entre a Nova Zelândia e a Antártida. Nas localidades permanentemente habitadas, a maior taxa de ocultação será de 73%, em partes da Ilha Sul neozelandesa, tornando-o um fenômeno menos perceptível em termos de escurecimento do céu em comparação ao seu predecessor.
A diferença na localização geográfica dos eventos também tem um impacto direto no número de pessoas que podem observá-los. O eclipse de março, concentrado nas imediações do Polo Norte, pôde ser visto por uma parcela considerável da população mundial. Cerca de 814 milhões de pessoas, ou 9,94% da população, tiveram a oportunidade de presenciar o fenômeno. Já o eclipse solar de setembro, concentrado nos arredores do Polo Sul, será visível para um público muito menor. As projeções indicam que apenas 16,6 milhões de pessoas (0,20% da população mundial) terão a chance de observá-lo presencialmente.
A visibilidade dos eclipses parciais ocorre quando a penumbra da Lua se projeta sobre a Terra, o que geralmente acontece próximo aos polos. Em casos menos comuns, a sombra se estende a áreas mais centrais, como foi o caso do eclipse de março, que pôde ser visto em Punta Arenas, no Chile, uma cidade de latitude sul considerável.
Com informações: Olhar Digital