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Distrito Federal

Endividamento Cartão de Crédito atinge 71,5% das famílias no DF

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O Endividamento Cartão de Crédito atinge 71,5% das famílias no DF, com maior concentração entre Jovens e Mulheres de baixa renda. Especialistas alertam para a “armadilha silenciosa” dos juros abusivos

O cartão de crédito se tornou o principal fator de endividamento para uma parcela significativa da população do Distrito Federal (DF). Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), revelam que 71,5% das famílias brasilienses estão comprometidas com dívidas no cartão, incluindo o rotativo. Apesar de o índice ser inferior à média nacional, especialistas alertam para a gravidade da situação na capital, onde o alto custo de vida é um agravante.

O Risco Concentrado em Jovens e Mulheres

O problema é particularmente acentuado em perfis de menor rendimento e entre grupos específicos:

  • Renda: Famílias com até dez salários mínimos representam a maior fatia do problema, com 76,6% das dívidas concentradas no cartão de crédito.
  • Gênero: Entre as inadimplentes do DF, 73,9% das mulheres têm no cartão sua principal obrigação financeira.
  • Idade: O recorte etário demonstra que 76,2% dos endividados têm até 35 anos, reforçando que os jovens, muitas vezes sem planejamento financeiro adequado, estão mais expostos aos juros abusivos.

O economista César Bergo, da UnB, classifica o cartão como uma “armadilha silenciosa” e um gerador de “dívida ruim”, aquela feita por impulso e financiada pelas maiores taxas de juros do mercado. Ele diferencia esse consumo imediato do financiamento de bens duráveis, a chamada “dívida boa”, que gera patrimônio.

Experiência de uma Geração Endividada

A combinação de consumismo, falta de planejamento e facilidade de acesso ao crédito tem sido a combinação explosiva para os mais jovens. O caso da estudante Anna Júlia Gomes, que recebeu um limite de crédito generoso aos 18 anos, é sintomático: o uso descontrolado para despesas imediatas, como viagens e roupas, levou ao pagamento parcial da fatura. Essa decisão a empurrou para o crédito rotativo e para os altos juros, fazendo com que sua dívida ultrapassasse o valor de seu salário.

A experiência da estudante reflete o desafio enfrentado pelos jovens e mulheres, que formam a maior fatia dos endividados no cartão, uma realidade atribuída também à ausência de uma cultura sólida de educação financeira no país.


Com informações: Pesquisa Peic / CNC / UnB / Jornal de Brasília

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