Com apoio de R$ 1,9 milhão do GDF, a maior feira do ramo tem programação extensa para toda a família a partir do dia 30 de agosto
Começou a contagem regressiva para a maior feira agropecuária do Distrito Federal. A partir do dia 30 de agosto, a Granja do Torto vai receber a Expoabra 2024. Com o apoio de R$ 1,9 milhão por parte do Governo do Distrito Federal (GDF), até o dia 8 de setembro, o público terá acesso a uma vasta programação que traz o que há de melhor e mais atual no setor. A expectativa é que o evento receba mais de 150 mil pessoas e movimente aproximadamente R$ 6 milhões em negócios.
A Expoabra é voltada para produtores e empresários do agronegócio, entidades e empresas públicas e privadas, formadores de opinião, estudantes e a comunidade de forma geral. Os destaques desta edição são os torneiros, a exposição de bovinos e equídeos, os eventos como o Painel do Agronegócio, que abordará o sistema de agricultura, e a Plenária de Inovação Tecnológica no Agro.
O GDF participa ativamente da feira por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e das secretarias de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e de Turismo (Setur-DF). De acordo com o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, o evento é uma importante ferramenta para troca de conhecimentos e aperfeiçoamento de técnicas.
R$ 5,9 bilhões – Valor movimentado pela agropecuária no DF em 2023
“Essa é a feira mais importante do DF na temática da agropecuária. É extremamente relevante dentro do processo de fortalecimento do setor. Teremos mais de 670 animais do DF expostos, e concursos para mostrar o potencial do gado criado na nossa região. Neste ano, estamos dando um caráter mais técnico para o evento com o objetivo de retomar com força essa atividade no DF, seja na produção de leite ou de carne”, explica Rafael Bueno.
Com o objetivo de apresentar ao público o que há de mais inovador e relevante no setor agropecuário, os participantes terão a oportunidade de explorar conteúdos variados e se atualizar sobre as mais recentes tecnologias do ramo. Além disso, a Expoabra contará com uma programação diversificada que inclui shows de artistas renomados, torneios, feiras e palestras.
“Para além dos shows, que naturalmente atraem a atenção, a Expoabra é um espaço de negócios, capaz de movimentar a economia brasiliense e estimular ainda mais os produtores locais a investir em nossas potencialidades”, afirma o diretor do Parque Granja do Torto (PGT), Fábio Cipriano Chaves.
O cronograma da Expoabra 2024 se estende a toda a família. Além do conteúdo técnico e especializado, a feira contará com áreas destinadas às crianças e uma série de shows com artistas nacionais e locais, proporcionando diversão para todos os públicos. O evento promete celebrar a cultura do agro reunindo conhecimento, negócios e lazer em um só lugar.
“A Expoabra é uma grande parceira do setor de turismo da nossa capital. É uma feira relevante para diversas áreas da nossa economia que reúne o agronegócio. O turismo recebe muitos visitantes com os grandes eventos, que colaboram na promoção dos produtos locais”, completa o secretário de Turismo, Cristiano Araújo.
Na abertura dos shows, no dia 5 de setembro, o palco receberá a dupla sertaneja Maiara e Maraísa, além do cantor local Leon Corrêa. No dia seguinte, o Auto FARM apresenta Frejat e Rubinho Gabba, junto com uma exibição de carros e motos antigas. O Family Day, em 7 de setembro, será animado pela dupla Thaeme e Thiago, Adriana Samartini e um Festival de Balões. Para encerrar o evento, no dia 8 de setembro, a dupla Edson e Hudson se apresentará, seguida por Wilian e Marlon.
Brasília, a capital do agro
A ExpoAbra é uma excelente oportunidade para que os produtores brasilienses se atualizem sobre as novidades no setor agropecuário — um segmento da economia brasileira que se destaca por avanços que impactam diretamente o aumento da produtividade. No DF, essa prática tem se mostrado promissora, com uma movimentação de R$ 5,9 bilhões apenas no ano passado, abrangendo a pecuária, a olericultura, a fruticultura, a floricultura, a silvicultura e outras grandes culturas.
Dados da Emater-DF apontam ainda que, atualmente, existem 2.853 produtores de bovinos no DF, como é o caso de Luiz Carlos Cardoso, 68 anos. Há mais de 38 anos, o Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina, é o local onde faz sua morada e sustento. Na propriedade, ele e sua família criam gado e produzem queijo para abastecer o mercado da região.
“Aqui, produzo silagem de milho para alimentar as 25 cabeças de gado que crio. O meu foco é na produção de leite. Normalmente eu tiro uma faixa de 30 litros por dia, mas quero chegar aos 50”, afirma o produtor.
O produtor Luiz Carlos Cardoso cria gado e produz queijo há mais de 38 anos no Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina: “Meu foco é na produção de leite. Normalmente eu tiro uma faixa de 30 litros por dia, mas quero chegar aos 50” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília
Assim como ele, os outros produtores da área rural do DF são os grandes protagonistas em trazer bons resultados para o Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que a agropecuária é um dos setores que mais impulsionam a economia do DF. As atividades desenvolvidas no meio rural abrem as portas para a geração de emprego e renda, e impulsionam a economia local.
A meta de aumentar a produção de Luiz terá o apoio da Emater-DF, que vai possibilitar que ele tenha mais matrizes, além de ter acesso às estratégias elaboradas pelos técnicos da empresa para o melhoramento genético do rebanho.
O sucesso na produção de Luiz pode ajudar a aumentar ainda mais os números da atividade pecuária no DF, que atingiram a marca dos R$ 2 bilhões somente no ano passado. “Nós oferecemos cursos de capacitação aos produtores. Como aqui se trata de uma agricultura familiar, nós ajudamos na tomada de decisão e prestamos assistência técnica com orientações e dados atualizados sobre prospecções e expectativas de mercado”, explica a zootecnista da Emater, Priscylla Germendorff.
A atividade pecuária no Distrito Federal atingiu a marca dos R$ 2 bilhões somente no ano passado; relevo de área plana facilita o trabalho com a produção de pasto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília
No Distrito Federal, quem decide atuar neste ramo encontra um relevo de área plana, o que facilita o trabalho com a produção de pasto. Já o solo, apesar de não ser o ideal para a atividade, é fácil de ser corrigido e adubado. “É muito tranquilo fazer uma correção no solo do Cerrado, sem muitas dificuldades. Além disso, o Centro-Oeste, no geral, é um grande berço de nascentes; então, aqui, temos água de boa qualidade. O fato de a área ser plana também influencia porque evita acidentes com o pasto”, reforça a zootecnista.
“Todo mês alguém da Emater vem me visitar. Eu tenho tudo o que eu preciso, eles me ajudam com projeto de crédito e orientações na correção e adubação do solo, na parte nutricional do gado, no manejo e na ordenha”, ressalta o produtor Luiz Carlos.
Siga nossas redes sociais: Facebook e Instagram.
Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasília