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Extremistas atacam ‘hotel de refugiados’ no Reino Unido após onda de protestos violentos

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Dezenas foram presos em atos convocados pela extrema direita que tem alimentado ressentimentos anti-imigração

Neste domingo (04/08), em mais uma escalada da violência que se abateu sobre o Reino Unido após o esfaqueamento de três crianças, um hotel na cidade inglesa de Rotherham que abrigava refugiados foi invadido por extremistas de direita .

A turba entrou em confronto com a polícia, que não foi capaz de impedir o grupo de quebrar janelas, tentar atear fogo ao local aos gritos de “tirem eles daí” e atirar parte do mobiliário do hotel contra os agentes.

Imagens exibidas na TV britânica mostram policiais com escudos sendo atingidos por objetos na área externa de um hotel em Rotherham. Poucos minutos depois, os agressores, muitos deles mascarados, invadiram o prédio e retiraram cadeiras de dentro do imóvel para usá-las contra os agentes – ao menos 10 deles saíram feridos.

Horas mais tarde, em Tamsworth, distante mais de 100 quilômetros dali, um grupo atacou outro hotel que abrigava requerentes de asilo, segundo a emissora Sky News. Vídeos nas redes sociais mostram fogo em uma parte do edifício.

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As cenas de violência deste domingo são as mais recente de uma série de protestos violentos liderados por grupos anti-imigração e anti-islã em cidades britânicas desde o ataque a facadas, em 29 de julho, a um estúdio de dança em Southport, cidade litorânea no noroeste da Inglaterra.

Três crianças morreram e outras dez pessoas ficaram feridas no episódio – das quais oito também são crianças.

O suspeito, Axel R., é um rapaz de 17 anos nascido no Reino Unido e filho de imigrantes vindos de Ruanda. Desde o ataque, pululam em perfis de extrema direita nas redes sociais falsas alegações de que o suspeito seria um refugiado e terrorista muçulmano, e que o caso estaria sendo abafado pelas autoridades britânicas.

Líderes comunitários e familiares das vítimas do esfaqueamento criticaram os protestos.

“Desde a segunda-feira, muitas pessoas tentaram usar a tragédia para criar divisão e ódio”, afirmaram lideranças religiosas de Liverpool em comunicado conjunto ecumênico. “Isso pode levar – e levou – medo a comunidades e pôs as pessoas em perigo.”

Final de semana caótico e mais de 140 presos

Os protestos, que se espalharam por diversas cidades do país, foram marcados por saques e vandalismo, além de confrontos violentos com a polícia e com manifestantes contrários à extrema direita.

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Desde o sábado (03/08), mais de 140 pessoas foram detidas em protestos violentos convocados pela extrema direita em várias cidades britânicas, informou a polícia do Reino Unido.

Em Hull, Liverpool, Bristol, Manchester, Stoke-on-Trent, Blackpool e Belfast, os participantes das manifestações atiraram garrafas de cerveja, pedras e cadeiras contra os policiais e atearam fogo em contêineres de lixo. Algumas lojas foram saqueadas.

Em Hull, janelas de outro hotel que abrigava imigrantes também foram quebradas pelos manifestantes, segundo a BBC.

Em Belfast, Nottingham e Bristol, extremistas e antirracistas protagonizaram confrontos violentos.

Na sexta-feira (02/08), o país já tinha vivido a terceira noite de tumulto após protestos em Sunderland, no norte da Inglaterra, degringolarem. O centro da cidade foi vandalizado e prédios e veículos, incendiados. Três policiais tiveram que ser levados ao hospital, e oito pessoas foram presas por crimes como desordem violenta e roubo.

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O Ministério do Interior anunciou que ofereceria proteção extra a mesquitas, que têm sido alvo dos manifestantes.

“Garanto que vocês vão se arrepender”, promete premiê

“Não toleraremos a violência criminosa em nossas ruas”, disse a secretária do Interior do Reino Unido, Yvette Cooper, acrescentando que os que participarem de baderna enfrentarão “as penas mais severas possíveis”.

O primeiro-ministro britânico Keir Starmer assegurou total apoio às forças da ordem contra os “extremistas” que tentam “semear o ódio”, afirmou um porta-voz.


“Garanto que vocês vão se arrepender de participar dessa baderna, seja diretamente ou atiçando essa ação online”, afirmou Starmer horas depois, em pronunciamento à nação. “Vamos fazer o que for preciso para levar esses agressores à Justiça.”


Antecessor de Starmer no cargo até bem pouco tempo, o conservador Rishi Sunak também condenou a violência dos manifestantes. “As cenas chocantes que estamos vendo nas ruas da Grã-Bretanha não têm nada a ver com a tragédia em Southport. Isso é um comportamento criminoso e violento que não tem lugar em nossa sociedade.”


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Após nomeação de premiê ignorar vitória da esquerda, franceses vão às ruas protestar contra Macron

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Segundo manifestantes, que pedem destituição do presidente, Macron ignorou resultado das urnas e impôs Michel Barnier após ter aval da extrema direita

Dois dias depois da nomeação do ex-comissário europeu e político de direita, Michel Barnier, como novo primeiro-ministro da França, milhares de franceses vão às ruas neste sábado (07/09) protestar contra o presidente Emmanuel Macron. Cerca de 150 manifestações estão previstas em todo o país.

Os protestos foram convocados no final de agosto por organizações estudantis, com o apoio de várias ONGs e do partido A França Insubmissa (LFI) para protestar contra a recusa do presidente Macron de nomear Lucie Castets para a chefia de governo.

Castets foi indicada pela Nova Frente Popular, grupo que reuniu vários partidos de esquerda, e que venceu as eleições legislativas de julho.

Com a nomeação de Michel Barnier, um político de direita, os protestos ganharam ainda mais fôlego e apoio de centrais sindicais e de partidos e militantes da esquerda francesa. Segundo os manifestantes, Macron ignorou o resultado das urnas e impôs um primeiro-ministro após ter o aval da extrema direita.

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“O presidente acaba de decidir nomear um primeiro-ministro de um grupo político que obteve 6% nas eleições legislativas e que só tem 40 deputados”, insistiu nesta sexta-feira (06/09) o coordenador do LFI Manuel Bompard, para quem Macron “simplesmente decidiu ignorar o resultado das eleições legislativas”.


Wikicommons/Gabinete de Imprensa e Informação Presidencial – Manifestantes pedem destituição de Macron

Em Paris, a manifestação começa às 14h no horário local (9h da manhã em Brasília) e vai da Praça da República até a Praça da Nação, no leste da capital. A polícia prevê uma mobilização de cerca de 30.000 manifestantes. Na capital, entre 4 e 8 mil pessoas são esperadas. Mas a mobilização pode ser maior, reconhece a polícia.

Controle da imigração

Em sua primeira entrevista, após ser nomeado primeiro-ministro, Michel Barnier falou, na sexta-feira, sobre as prioridades de seu governo. Entre elas, está o “controle dos fluxos migratórios com medidas concretas”, melhorar os salários e não aumentar a dívida pública da França.

Saúde e moradia são outros temas prioritários, de acordo com declarações dadas pelo chefe de governo ao canal de TV francês TF1. “Vou me esforçar, com os vários ministros que serão nomeados, para controlar melhor, utilizar melhor o dinheiro público e confiar nos serviços públicos, porque precisamos de serviços públicos eficientes”, reiterou.

Michel Barnier também afirmou que pretende formar um governo que não seja apenas de direita e espera poder negociar com “todos os que quiserem”, sem excluir a participação de membros da esquerda.

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Ao menos 17 crianças morrem em incêndio que atingiu dormitório de escola no Quênia

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Além de mortes, outros alunos foram socorridos com ferimentos graves; buscas por corpos carbonizados seguem e causas do fogo são investigadas

As autoridades policiais do Quênia informaram que na madrugada desta sexta-feira (06/09) pelo menos 17 crianças morreram e 16 estão em estado grave após um incêndio que atingiu o dormitório infantil de uma escola localizada no centro do país.

De acordo com as informações da polícia, o incêndio na Academia Hillside Endarasha, no condado de Nyeri, um internato primário para jovens estudantes a cerca de 150 quilômetros da capital Nairóbi, começou na noite de quinta-feira (06/09) e tomou proporções, alcançando o local que abrigava 156 alunos.


“Há 17 mortos nesse incidente e outras pessoas tiveram que ser levadas ao hospital com ferimentos graves”, disse a porta-voz da polícia, Resila Onyango, acrescentando que as buscas continuam e que o número de vítimas pode aumentar. “Os corpos encontrados no local estão carbonizados a tal ponto que são irreconhecíveis”.


Em comunicado, o porta-voz do governo queniano, Isaac Mwaura, informou que as crianças que morreram tinham entre 9 e 13 anos de idade.

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“Todas as agências governamentais relevantes foram acionadas para buscar as razões da causa do incêndio que levou à perda e ferimento de tantas almas jovens”, disse o ministro do Interior, Kithure Kindiki, depois de visitar a escola. “O governo garante total responsabilidade por todos cuja ação ou inação contribuiu para essa tremenda perda”.


O presidente do Quênia, William Ruto, expressou suas condolências às famílias das crianças falecidas por meio de redes sociais, classificando o incidente como “devastador”. O mandatário também informou ter reforçado as investigações envolvendo as causas do incêndio e prometeu punir os responsáveis.

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Honduras: Xiomara Castro denuncia tentativa de golpe contra seu governo

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Mandatária afirmou que ação golpista busca atacar chefe militar e ministro da Defesa; chanceler hondurenho afirma que embaixadora dos EUA está envolvida

A presidente das Honduras denunciou nesta quinta-feira (29/08) a tentativa de um golpe de Estado contra seu governo, através de uma ação para criar uma cisão dentro das Forças Armadas do país.

“Quero dizer-lhes que está sendo traçado um plano contra o nosso governo, ontem atacaram o comandante-chefe das Forças Armadas e o Ministro da Defesa do nosso país”, afirmou Xiomara, em uma declaração pública.

A mandatária recordou o país enfrentou golpes de Estado recentes, como o realizado em 2009 contra o então presidente Manuel Zelaya (2006-2009), seu marido.

“Já vivemos um golpe de Estado e sabemos o que isso significa, e sabemos que isso traz violência, exílio, perseguição e violações aos direitos humanos”, ressaltou a presidente.

Embaixadora dos Estados Unidos

Horas antes, nesta mesma quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores de Honduras, Enrique Reina, afirmou em entrevista ao canal de televisão local Televicentro, que a inteligência do país detectou uma tentativa de golpe militar planejada pela embaixadora dos Estados Unidos em Tegucigalpa, Laura Dogu.

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Presidência de Honduras – Xiomara Castro afirmou que tentativa de golpe se basearia em ação para provocar divisão nas forças armadas do país

Segundo Reina, Dogu estaria articulando uma ação para dividir as forças armadas hondurenhas, oferecendo apoio a um grupo em troca de liderar uma insurreição contra o atual comandante-chefe da instituição, Rossvelt Hernández, leal à presidente Xiomara Castro.

A operação teria sido iniciada por Dogu através de uma declaração na qual afirmou que as agências norte-americanas teriam informação de que Hernández teria um suposto vínculo com cartéis de droga que operam na América Central.

A diplomata não apresentou evidências de tais denúncias, mas teria se encontrado com oficiais militares que estariam dispostos a organizar uma revolta dentro da instituição militar para desconhecer a autoridade de Hernández.

O comentário da embaixadora também provocou um debate sobre o tratado de extradição entre Honduras e os Estados Unidos. O chanceler Reina afirmou que o acordo poderia ser utilizado pelos Estados Unidos para requerer a extradição de Roosevelt Hernández ou do ministro da Defesa, José Manuel Zelaya, filho da atual presidente e do ex-presidente Manuel Zelaya.

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