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Cultura

Festival de Teatro apresenta diversidade de gêneros e temáticas sociais

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A abertura do festival contou com a peça ‘A pena e a lei’, de Ariano Suassuna

Como resultado do Novo Ensino Médio, a 8ª edição do Festival de Teatro do Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb) traz uma programação diversificada. O evento inclui obras do Programa de Avaliação Seriada (PAS), dramaturgia com denúncia antirracista e uma peça-campanha contra o feminicídio. Ao longo de quatro dias, diferentes espetáculos ocorrerão na Sala de Ensaio do Cemeb, com duração de 30 a 40 minutos, e serão encenados contemplando os mais diversos gêneros teatrais e abordando questões sociais.

Abertura do Festival

A abertura do festival ocorreu na terça-feira (5), com a peça A pena e a lei, de Ariano Suassuna, obra do PAS 1. A história se desenvolve no interior do Brasil, onde encontram-se os mais variados personagens da cultura popular nordestina, inspirados em figuras da commedia dell’arte e do drama sacramental. No palco, montado no estilo italiano, os atores da peça se apresentaram pela primeira vez.

A oitava edição do Festival de Teatro do Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb) traz uma programação diversificada | Fotos: Vinicius Gabriel/SEEDF

Na primeira das três apresentações da peça, havia cerca de 170 pessoas, incluindo estudantes do Cemeb, convidados e alunos do 8º ano do Centro de Ensino Fundamental (Caseb), que aplaudiram efusivamente por alguns minutos ao final da exibição.

“Foi bem divertido. No início, ninguém se conhecia direito, então todos tínhamos que quebrar o gelo. Mas aos poucos, fomos realizando os exercícios, até que pegamos o roteiro e soubemos qual peça iríamos fazer. Todo mundo foi se soltando, e a dinâmica ficou realmente muito divertida”, relata Ayla Marques do Amaral, aluna do 1º ano do Cemeb que atuou na peça.

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João Carlos Mendes Matos do Santos, também do 1º ano, destacou como foi o trabalho para atuar em sua primeira peça teatral: “Foi um processo divertido. No começo, tivemos nossas dificuldades, mas fomos criando laços, o que nos deixou mais à vontade para nos expressar uns diante dos outros e trazer esse espetáculo hoje.”

“Senti muito orgulho de ver pessoas da minha escola participando de um projeto tão legal. Tudo o que o diretor está proporcionando a todos é muito legal. Ele está abrindo novas portas, não apenas para os atores, mas também para a iluminação, sonoplastia, figurino, realmente ajudando muito na criatividade dos alunos, para que eles se tornem mais criativos e gostem mais das artes cênicas e de todas as formas de arte envolvidas. É muito bom ver essa peça acontecendo, é muito bom ter visto esse pessoal animado”, afirma Tiago Nascimento de Queiroz Carvalho Gonçalves, aluno do 1º ano que assistiu à apresentação.

Segundo o professor de Artes Cênicas Marcello D’Lucas, que leciona teatro no Cemeb desde 2018, “todos os que estão aqui escolheram fazer a eletiva de teatro, e desde o início fizemos o compromisso de estrear a peça e concretizar esse projeto. Embora cada um tenha suas limitações e dificuldades, conseguimos explorar o melhor de cada um deles. Sobre a recepção do público, acredito que se deva ao fato de eles já terem uma vivência cultural aqui no Elefante Branco. Eles sabem o valor, eles sabem o que é colocar 30 minutos de peça no palco, então a valorização vem por esse viés de respeito.”

Na primeira das três apresentações da peça, havia cerca de 170 pessoas, incluindo estudantes do CEMEB, convidados e alunos do 8º ano do Centro de Ensino Fundamental (Caseb)

Na programação do 8º Festival, destacam-se ainda:
Quinta-feira (7) – 442 a.C. – Antígona: ela está entre nós, versão de Andréa Beltrão do clássico de Sófocles. Obra do PAS 1. Sinopse: Antígona enfrentará as leis dos homens para garantir ao irmão um sepultamento digno.
Terça-feira (12) – Macacos, de Cleyton do Nascimento. Dramaturgia denúncia antirracista. Sinopse: O racismo estrutural, a violência policial e o preconceito racial são apenas parte da problematização. A Consciência Negra é o caminho.
Quinta-feira (14) – Os filhos delas, de Marcello D’Lucas. Peça campanha antifeminicídio. Sinopse: Como ficam os órfãos do feminicídio no DF? Essa indignação possibilitou o debate, a pesquisa e a criação da história central da peça.


*Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)

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CLDF

Semana do hip hop promove debate e lança editais para incentivar a cultura Hip Hop nas escolas públicas

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Nesta terça-feira (12), como parte da 2ª Semana Distrital do Hip Hop, o gabinete do deputado Max Maciel realizará um debate sobre os dois novos editais que integrarão o programa “Hip Hop nas Escolas”

Financiados com emendas parlamentares destinadas pelo próprio deputado, os editais visam selecionar oito projetos culturais que promoverão a cultura Hip Hop em 24 escolas públicas das periferias do Distrito Federal, incentivando manifestações como música, dança, grafite e poesia. Cada projeto selecionado receberá um apoio financeiro de R$40 mil, destinados por emenda.

Serão apresentados dois editais: um para escolher as escolas que sediarão os projetos e outro para a seleção dos próprios projetos culturais. O objetivo é valorizar e dar visibilidade à cultura Hip Hop e aos profissionais que se dedicam a ela, incorporando uma expressão artística rica em valores sociais, culturais e políticos ao contexto educacional. Além de fortalecer o ensino e a aprendizagem, o programa tem como metas combater a evasão escolar, promover inclusão social e aproximar os jovens das periferias do DF da cultura Hip Hop.

Esses editais também reforçam a continuidade de políticas públicas como a Lei nº 10.639/2003, que exige a inclusão da “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo escolar, e o Decreto nº 11.784/2023, que traz diretrizes nacionais para valorizar e fomentar a cultura Hip Hop. O mandato do deputado Max Maciel reafirma, assim, seu compromisso com o fomento da cultura Hip Hop e a promoção da arte como uma ferramenta essencial de educação e transformação social.

Composição da mesa:

– Thais Cardoso: Apresentação sobre a importância e os objetivos da Lei do Hip Hop nas Escolas, com foco em seu impacto cultural e educacional.
– Vinicius Pereira e Ana Paula Matos: Discussão sobre o programa de editais, incluindo detalhes sobre o processo seletivo e o financiamento dos projetos.
– Raquel Vieira e André Luiz: Representantes do Jovem de Expressão, que já implementaram um projeto piloto com recursos anteriormente destinados.

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Serviço:

Data: Terça-feira (12/11)
Horário: 19h
Local: Praça do Servidor


* Com informações do gabinete do deputado Max Maciel

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Cultura

Exposição gratuita celebra a arte e os artistas do Planalto Central

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Mostra leva para o Museu Nacional da República mais de 400 obras de 158 pintores, escultores e criadores conectados com Brasília

Retratar a dimensão estética do surgimento de Brasília e celebrar a diversidade artística da capital são premissas da exposição Brasília, a Arte do Planalto, em cartaz no Museu Nacional da República. Com curadoria de Paulo Herkenhoff e cocuradoria de Sara Seilert, a mostra reúne mais de 400 obras de 158 artistas que, de alguma forma, têm ligação com a cidade e a região do Planalto Central.

A exposição ‘Brasília, a arte do Planalto’ leva a diversidade artística da capital para o Museu Nacional da República em 400 obras de 158 artistas | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

A exposição, realizada pela FGV Arte em parceria com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), teve início no dia 25 de setembro e segue até 24 de novembro. A entrada é franca e livre para todos os públicos.

Segundo a diretora do Museu Nacional da República, Fran Favero, as obras levam o visitante para um passeio que começa na criação da cidade e vai até os movimentos recentes em defesa da democracia e da liberdade, mostrando a importância da capital em diversas esferas, além da política.

“Quando essa exposição veio para Brasília, o curador, Paulo Herkenhoff, teve o cuidado de incluir também a cocuradora Sara Seilert, aqui de Brasília, e de dar uma atenção tanto para acervo do Museu Nacional da República quanto para os artistas daqui do DF. Afinal, é uma exposição sobre Brasília”, explica.

Diretora do Museu Nacional da República, Fran Favero conta que as obras levam o visitante para uma viagem que começa na criação da cidade e vai até os movimentos recentes em defesa da democracia e da liberdade

A cocuradora Sara Seilert, por sua vez, ressalta a pluralidade de técnicas, estilos e identidades presentes na exposição, proporcionando ao espectador uma experiência abrangente que celebra a identidade artística da capital.

“A gente decidiu acolher outras linguagens, além de novos artistas, para ampliar essa abordagem de uma possível história da arte brasiliense”, destaca.


“Brasília tem uma produção muito diversa, dispersa e pungente. Aqui, na exposição, a gente vê como essa produção dialoga entre si e até com a academia, porque nós temos obras produzidas por artistas que foram professores, que formaram alunos e alunas, ou artistas que produziram fora do cânone, como autodidatas, mas que também dialogaram com esses artistas”, completa.


A exposição teve início no dia 25 de setembro e segue até 24 de novembro; a entrada é franca e livre para todas as idades

As obras

A exposição destaca artistas contemporâneos, como Christus Nóbrega, em cartaz com a obra Brasília, enfim. Nela, o professor do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília (UnB) propõe uma reflexão sobre a ancestralidade e a identidade, imaginando uma capital utópica e abordando a ideia de como construir um futuro sem esquecer o passado.

Inspirado por um projeto de lei de 2011, que permitiria a afrodescendentes e indígenas alterarem sobrenomes para recuperar suas origens, Nóbrega criou um “cartório de retificação identitária” como parte de sua exposição. Utilizando inteligência artificial, o artista desenvolveu um agente inteligente com uma base de dados de mais de 8 mil sobrenomes africanos e indígenas, permitindo que visitantes participem de uma experiência interativa que lhes possibilita reconstruir seus sobrenomes, resgatando raízes que foram apagadas ao longo da história.

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Cultura

Espetáculo Rei Leão chega ao Cruzeiro em comemoração aos 65 anos da cidade

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Evento, na terça-feira (12), é aberto ao público. Entrada é a doação de itens de higiene pessoal

Cruzeiro – O Ginásio do Cruzeiro receberá o espetáculo Rei Leão, encenado pela Cia Neia e Nando. A apresentação será na terça-feira (12), às 19h, e faz parte da programação do Celebra Cruzeiro, evento que comemora os 65 anos da cidade.

A entrada para o espetáculo é a doação de itens de higiene pessoal. A iniciativa busca não apenas promover a cultura e o entretenimento, mas também incentivar a solidariedade entre os moradores, já que os alimentos arrecadados serão destinados a instituições de caridade.

Gustavo Aires, administrador do Cruzeiro, conta que era um sonho levar essa apresentação para a região e que está contente de ter entrado na programação de aniversário. “Receber esse evento nos deixou muito felizes. Como pai, inclusive de um filho com 8 meses, a gente sente algo diferente. Estamos empolgados em pensar em todas as famílias que virão pra cá”, convida Aires.


*Com informações da Administração do Cruzeiro

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