A 27ª edição do evento exibiu mais de 300 filmes, atraiu cerca de 140 mil pessoas e premiou produções que celebram o protagonismo feminino e a diversidade. “Pequenas Criaturas” e “Ato Noturno” foram os grandes vencedores da noite.
O Festival do Rio 2025 encerrou sua 27ª edição neste domingo (12) no Cine Odeon, consolidando-se como um dos principais encontros audiovisuais da América Latina. O evento exibiu mais de 300 filmes ao longo de dez dias, atraindo cerca de 140 mil pessoas — um recorde de público — e celebrando a vitalidade e a diversidade do cinema brasileiro.
A diretora do festival, Ilda Santiago, afirmou que o evento segue como “um espaço essencial para o cinema brasileiro e para o encontro entre realizadores e plateia. É uma festa da diversidade de olhares e vozes do audiovisual.”
Os Filmes e Talentos Premiados
O cinema nacional foi o grande protagonista, com 120 produções brasileiras em exibição.
O principal prêmio, o Troféu Redentor de Melhor Longa de Ficção, foi para “Pequenas Criaturas”, dirigido pela brasiliense Anne Pinheiro Guimarães. A diretora, emocionada, dedicou a obra sobre maternidade e saudade à equipe, e o filme será lançado no primeiro semestre de 2026.
Na categoria de Melhor Documentário, o reconhecimento foi para “Apolo”, marcando a estreia de Tainá Müller na direção, em parceria com Ísis Broken. Tainá celebrou a validação por um filme que fala sobre diversidade e dar voz a quem é marginalizado, reforçando seu desejo de ampliar sua trajetória como realizadora.
“Ato Noturno”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, foi um dos grandes destaques, vencendo o prêmio de Melhor Roteiro na Première Brasil e sendo eleito o Melhor Filme Brasileiro no Prêmio Félix. O ator Gabriel Faryas também recebeu o prêmio de Melhor Ator por sua atuação no longa.
Outros vencedores de destaque incluem Klara Castanho, eleita Melhor Atriz por #SalveRosa. O documentário Cheiro de Diesel, de Natasha Neri e Gizele Martins, recebeu o Prêmio Especial do Júri e o Voto Popular na categoria.
Protagonismo Feminino e Diversidade
A presença feminina e a celebração da diversidade marcaram a noite. Diva Menner, premiada como Melhor Atriz Coadjuvante por Ruas da Glória, dedicou o prêmio às suas ancestrais, destacando sua identidade como “uma travesti preta”. A emoção também marcou o discurso da atriz Ana Flavia Cavalcanti, vencedora de Melhor Atriz na mostra Novos Rumos por Criadas, que dedicou a vitória à sua mãe.
O cinema nacional também teve sua força reconhecida pelo público: #SalveRosa, dirigido por Suzanna Lira, venceu o Voto Popular de Melhor Longa de Ficção.
Cenário Global
O Festival do Rio ampliou o escopo internacional com a inclusão de novas categorias de voto popular para filmes estrangeiros. O Prêmio Félix Internacional consagrou A Sapatona Galáctica (Lesbian Space Princess), da Austrália.
Com sessões esgotadas, debates no RioMarket e o reencontro de veteranos e novos talentos, a 27ª edição celebrou a pluralidade e reafirmou o cinema como um espaço de resistência e arte.
Com informações: Agência Brasil