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Frente Parlamentar debate sobre a saúde mental de crianças e adolescentes com deficiências

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Na tarde desta segunda-feira (5), a Frente Parlamentar em Defesa da Educação Inclusiva da Câmara Legislativa do Distrito Federal, presidida pelo deputado Fábio Felix (Psol), debateu sobre os cuidados com a saúde mental de crianças e adolescentes com deficiências, em reunião pública na sala das comissões.

A coordenadora da Frente, Keka Bagno, mediadora da reunião, relatou que a demanda pelo encontro partiu das famílias, especialmente das mães, de Pessoas com Deficiências (PCD) e doenças raras, integrantes da Frente. Ela argumentou a favor do diálogo entre as áreas da educação e da saúde mental a fim de ouvir as complexidades que as famílias enfrentam, entender os fluxos e buscar soluções para os problemas, como a demora no atendimento, uma das principais queixas das famílias.

Nesse sentido, a diretora de Serviços de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do DF (SES), Fernanda Falcomer, explanou sobre a atenção especializada em saúde mental infanto-juvenil. Segundo ela, o serviço se organiza em formato de rede de atenção e segue orientações e normativas do Ministério da Saúde. Como nas demais questões da área, a atenção primária é a porta de entrada para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), apontou, ao explicar que o nível de atenção vai subindo conforme a necessidade e a demanda do caso. Desse modo, os atendimentos leves ocorrem na atenção primária; os moderados, nos ambulatórios especializados, como o Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (COMPP) e o Adolescentro; e os graves, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

A diretora disse que, como há apenas dois ambulatórios para atender todo o DF, há cerca de nove mil crianças na fila do COMPP, com tempo médio de espera de um ano e meio. Para contornar o problema, a Secretaria considerou descentralizar o serviço de saúde especializado, levando o atendimento para as regiões de saúde, sendo que a fase atual é de montagem das equipes, com acompanhamento pelo Ministério Público. Outros dispositivos da rede são os centros especializados de reabilitação, prioritário para as pessoas com deficiência (PCD), acrescentou. Ela também informou que hoje há uma grande demanda por laudo advinda da Secretaria de Educação para salas de inclusão, bem como encaminhamento de crianças para atendimento, sendo que as pastas têm feito reuniões para tratar sobre essas questões e seus fluxos.

Falta de atendimento

Diversos familiares se manifestaram na reunião, como Maria Jaene, mãe de dois autistas, sendo que um deles sofre de doença genética degenerativa. Ela protestou que, embora ambos tenham recebido laudo na infância no Hospital da Criança, hoje um deles tem 13 anos e o outro 17, e não conseguem tratamento no Adolescentro. Ela acrescentou que um dos filhos aguarda há cinco meses para fazer uma ressonância. Outros familiares de crianças e adolescentes autistas reforçaram a falta atendimento no COMPP e no Adolescentro. Em complemento, Andrea Medrado, mãe de duas filhas autistas, descreveu as dificuldades das crianças no contexto escolar e afirmou que os profissionais não sabem lidar com as crises.

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Do mesmo modo, a presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Cléo Bohn, assinalou que é “desesperadora” e “vergonhosa” a situação das famílias e das crianças e adolescentes porque não há atendimento. Ela sugeriu união entre as famílias para cobrar providências das pastas de Educação e Saúde.

Em resposta, a diretora Fernanda Falcomer disse que as situações e dificuldades relatadas não passam despercebidas, mas a estrutura não consegue abarcar a demanda, sendo necessária uma recomposição de recursos humanos.

Articulação

“Os CAPS precisam funcionar de forma articulada”, opinou a deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que é integrante da Frente. Para a parlamentar, é necessário “sinergia e atuação conjunta” na área para potencializar as experiências positivas dos CAPS. “O sentido da reforma psiquiátrica é a democracia”, afirmou, ao rechaçar a lógica manicomial e defender os serviços substitutivos em saúde mental. “É preciso articular os diversos segmentos”, observou, ao incluir os cuidadores no processo da política de cuidados.

Entre outros encaminhamentos, a coordenadora Keka Bagno anunciou um encontro entre a Frente e a Secretaria de Educação, em setembro, e uma reunião pública em novembro, com representantes das pastas da Educação e da Saúde. O evento de hoje foi transmitido ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube, com tradução simultânea em Libras.

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Fábio Felix alerta para “desmonte” da Caesb

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A situação da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) tem sido motivo de preocupação do deputado Fábio Felix (Psol)

Na sessão desta quarta-feira (4), o distrital expressou temer “o desmonte continuado” da companhia pública “para depois ser vendida”.


“Praticamente não temos empregados na área operacional e de manutenção; os escritórios de atendimento ao público foram desmontados, e a maior parte dos serviços foram terceirizados”, afirmou. Ele lamentou a abertura de um concurso público com apenas 80 vagas, sem cadastro de reserva e sem alguns cargos essenciais, como bombeiro hidráulico: “É muito restrito para uma empresa pública extremamente deficitária em relação a seus funcionários”.


Além disso, Felix alertou para o “sucateamento” do maquinário em operação: “Isso coloca em risco nosso direito a água potável”.

O parlamentar destacou, por outro lado, o aumento do salário da diretoria da Caesb, que passou de R$ 37 mil para R$ 56 mil por mês – segundo informou.

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“Me parece que esse aumento está acima de adequado e desproporcional”, avaliou.

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Debate sobre Eixão do Lazer mobiliza deputados governistas e oposicionistas

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Desenvolvimento com preservação assume centralidade em debate sobre PPCUB

O debate sobre as atividades realizadas no Eixão do Lazer, bem como a respeito da ação do governo no último domingo (1°), voltou ao plenário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (4)

Desta vez, deputados da base aliada e da oposição discorreram sobre a questão.

O deputado Max Maciel (Psol) apresentou dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) em 2023 mostrando que o Eixão do Lazer conta com a aprovação de 94% dos moradores das Asas Sul e Norte.

“O direito à cidade não é só ir e vir, é o direito que a comunidade tem de transformar os espaços de acordo com suas necessidades”, afirmou, defendendo a continuidade das atividades culturais no Eixão.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) disse “corroborar” com o colega. Mas enfatizou: “Sou a favor de normatizar e de realizar o cadastramento dos ambulantes”. O distrital pediu “sensibilidade” ao governo, para ouvir as demandas de todos os interessados e envolvidos.

“Há dois direitos em aparente contradição: um é o direito dos que vão vender e fazer shows, e outro é o direito dos moradores. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio”, avaliou o deputado Thiago Manzoni (PL).

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Chico Vigilante (PT) lembrou que o Eixão do Lazer foi instituído há 33 anos, em 1991. “Não conheço ninguém que queira acabar com isso. Mas sou a favor de discutir o disciplinamento. Precisa de cadastramento e, também, de fiscalização”, disse, pregando “bom senso”.


Os deputados Fábio Felix (Psol) e Gabriel Magno (PT) também saíram em defesa das múltiplas atividades naquela via. Felix ressaltou que os próprios moradores das Asas Sul e Norte frequentam os eventos, a exemplo do “Choro no Eixo”.

Por sua vez, Magno informou ter apresentado um projeto de decreto legislativo (PDL) alterando o decreto do governador publicado nessa terça-feira (3), no que diz respeito à definição de o que é lazer e o que pode ser feito no Eixão. De acordo com o distrital, o decreto exclui a realização de comemorações de aniversário, piqueniques, apresentações musicais e outras manifestações culturais. “Isso é ilegal”, criticou.

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CLDF autoriza melhorias para carreiras do Executivo na LDO

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Técnicos de enfermagem, servidores da Adasa e de categorias da cultura foram contemplados. Projeto de lei ainda prevê concurso e nomeações da Terracap.

Com as galerias do plenário tomadas por servidores e aprovados de diversas categorias do DF, a Câmara Legislativa votou, nesta terça-feira (3), um Projeto de Lei que abre caminho para melhorias em carreiras públicas distritais. O PL nº 1.266/2024 altera a Lei nº 7.313/2023, que prevê as Diretrizes Orçamentárias para 2024. A medida foi aprovada por unanimidade pelos 14 deputados presentes, em dois turnos e redação final.

Com a alteração na LDO, o Executivo tem autorização para incluir as medidas no orçamento. Portanto, ainda precisa encaminhar à Câmara Legislativa os projetos específicos, visto que a aprovação de hoje acatou apenas a inclusão no orçamento.

Dando o tom da sessão, técnicos de enfermagem do DF compareceram em peso e cobraram a análise do PL. Para garantir o quórum da votação, os deputados distritais Rogério Morro da Cruz (PRD) e Chico Vigilante (PT) marcaram presença, apesar de estarem se recuperando de problemas de saúde recentes.

A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) da CLDF deu parecer favorável ao projeto. Um dos grandes destaques é a reestruturação da carreira técnica em enfermagem, da Secretaria de Estado de Saúde. Com a inclusão na LDO, permite-se reduzir a atual tabela da carreira de 25 para 18 padrões, o que aceleraria e evolução funcional. Além disso, prevê um reajuste salarial de 15% aos técnicos, em três parcelas iguais e sucessivas, a contar de outubro deste ano.

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Técnico de enfermagem, o distrital Jorge Vianna (PSD) comemorou a conquista no que definiu como “um dia de festa”.  Ele aproveitou para agradecer ao sindicato e aos servidores “que mostraram a força da categoria: a maior da saúde no DF”.


A deputados Dayse Amarilio (PSB) também ressaltou a importância da conquista e aproveitou para reivindicar avanços em outra carreira da saúde. “Se a enfermagem fosse remunerada pelo que entrega, seriam os profissionais mais bem pagos do Brasil” justificou, enquanto clamou por mudanças para os enfermeiros, que atualmente estão paralisados.

Outras categorias

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) também foi contemplada no projeto nº 1.266. Neste caso, trata-se de permissão para realizar concurso público e nomear aprovados, com 89 cargos de nível superior e 31 de médio.

Parlamentares também acataram a criação da gratificação por habilitação em regulação de serviços públicos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).


Por fim, o PL beneficiou servidores da Cultura, com a previsão de reestruturações para músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro do DF e para a carreira de atividades culturais. “Agora nossa luta é para que o governo abra concurso para essas áreas”, declarou o distrital Fábio Felix (Psol).

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Por sua vez, Gabriel Magno (PT) apontou que “os musicistas continuam sem casa, porque o Teatro Nacional segue fechado” e defendeu a reabertura do equipamento cultural. “É importante reparar o servidor da Cultura, a defasagem dos salários é enorme”, contatou Pepa (PP), encerrando as falas sobre o tema.

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