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GDF lança Calculadora Verde para planejar ações e medir emissão de gases do efeito estufa

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Ferramenta terá quatro eixos de atuação: transporte e mobilidade, uso do solo, consumo energético e resíduos; iniciativa é uma das várias frentes do governo para preservar o Cerrado

Considerado o berço das águas, o Cerrado é responsável pela formação e a regulação dos recursos hídricos no Brasil. E na semana em que o bioma é celebrado em todo o país, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou a Calculadora Verde, ferramenta que vai auxiliar no planejamento de ações governamentais com a medição das emissões de gases do efeito estufa, o que terá um impacto direto na preservação do Cerrado brasiliense.

A criação da calculadora foi possível graças a uma parceria entre o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e as secretarias de Economia (Seec-DF) e de Meio Ambiente (Sema-DF). ‌

“Esse instrumento é importante para minimizarmos os impactos das mudanças climáticas e a preservação do Cerrado. Antes dessa ferramenta, esse monitoramento era feito apenas com as estações que medem a qualidade do ar – que são bastante avançadas. Agora, com esse projeto inovador da Calculadora Verde vai ser possível fazer com que essa ferramenta seja um instrumento de discussões no governo”, salienta o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes.

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Calculadora Verde, ferramenta que vai auxiliar no planejamento de ações governamentais com a medição das emissões de gases do efeito estufa, foi lançada nesta quarta (11), no auditório do DER-DF | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

A Calculadora Verde terá quatro eixos de atuação:

“O objetivo é você poder fazer com que os órgãos do GDF, as várias secretarias, quando forem fazer os seus projetos, já pensem na calculadora como uma forma de mitigar os gases de efeito estufas que podem ser liberados a partir dessas ações. Com base nesse resultado, os órgãos podem rever e otimizar esses projetos ou, ainda, fazer algum tipo de compensação ambiental”, destaca Werner Vieira, diretor do Departamento de Estudos e Políticas Ambientais e Territoriais

– Transporte e mobilidade: medindo o impacto na construção de ciclovias e calçadas, faixa exclusiva para transporte coletivo, implantação do BRT, obras viárias e expansão do metrô;
– Mudança de uso do solo: medindo o impacto do parcelamento solo em área consolidada e em expansão urbana, recuperação de áreas degradadas e manejo do solo de baixo carbono;
– Consumo energético: medindo o impacto da eficiência energética com a implantação de iluminação LED, por exemplo;
– Resíduos: medindo a ampliação de compostagem e reciclagem.

O presidente do IPEDF, Manoel Clementino Barros Neto, ressalta que a ferramenta não é apenas um instrumento de futuro, mas de presente, sobretudo no momento em que o mundo tem sofrido as consequências do aquecimento global.

“Como qualquer ferramenta de auxílio à gestão, ela tem uma aplicação de médio e de curto prazo, mas que merece aperfeiçoamento para que seu uso seja perpetuado, ainda mais numa iniciativa tão importante como essa de combate e de enfrentamento às mudanças climáticas”, reforça. “É muito importante você avaliar o impacto de uma iniciativa, seja positiva ou negativa.”

O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, diz que a Calculadora Verde vai subsidiar discussões do governo

Os estudos para elaboração da Calculadora Verde foram iniciados em 2023 pela equipe do IPEDF e por bolsistas graduados, mestres e doutores. Em maio de 2024, as atividades foram concluídas com a entrega de relatórios voltados a evidências sobre a emissão de gases de efeito estufa; um padrão de emissões de diferentes áreas do DF; e uma ferramenta de monitoramento: a Calculadora Verde.

“O objetivo é você poder fazer com que os órgãos do Governo do Distrito Federal, as várias secretarias, quando forem fazer os seus projetos, já pensem na calculadora como uma forma de mitigar os gases de efeito estufas que podem ser liberados a partir dessas ações. Com base nesse resultado, os órgãos podem rever e otimizar esses projetos ou, ainda, fazer algum tipo de compensação ambiental”, explica Werner Vieira, diretor do Departamento de Estudos e Políticas Ambientais e Territoriais.

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Como acessar

Apesar de ser voltada para agentes públicos do Distrito Federal, qualquer cidadão pode acessar a ferramenta de cálculo por meio deste link.

“Como qualquer ferramenta de auxílio à gestão, ela tem uma aplicação de médio e de curto prazo, mas que merece aperfeiçoamento para que seu uso seja perpetuado”, afirma o presidente do IPEDF, Manoel Clementino Barros Neto

A Calculadora Verde tem como referência metodologias aprovadas e utilizadas pela Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudança do Clima (IPCC) mas adota simplificações voltadas à maior facilidade de uso e de entrada de informações pelos usuários.

A ferramenta de cálculo foi organizada em abas que representam quatro setores sistematizados e, em cada aba, são listadas as ações passíveis de avaliação. Cada aba possui campos para entrada de informações, tanto qualitativas como quantitativas, e campos de resultados.

O instrumento passará por atualizações periódicas para melhor auxiliar o planejamento de ações governamentais.

Cuidado com o Cerrado

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Relatório mostra que não houve homogeneidade na qualidade do ar no DF em agosto

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Mesmo com seca e o DF tendo recebido fumaça de outras regiões, ocorreram registros de qualidade do ar boa

Relatório sobre a qualidade do ar do mês de agosto das quatro estações manuais de monitoramento do Instituto Brasília Ambiental mostra que não houve homogeneidade na qualidade do ar nas regiões em que as estações se localizam.  O documento ressalta que, mesmo com a estação da seca e o Distrito Federal tendo recebido fumaça de outras regiões, ocorreram registros de qualidade do ar boa.

As estações manuais estão localizadas na Rodoviária do Plano Piloto, no Jardim Zoológico, na Estrutural (IFB) e em Samambaia (IFB) e medem o material particular inalável (MP10), que são partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, com diâmetro aerodinâmico menor que 10 micrômetros. O MP10 pode ser encontrado na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros. A inalação do MP10 pode agravar doenças do sistema respiratório e cardiovascular.

O meteorologista e analista de planejamento urbano e infraestrutura do Brasília Ambiental, Carlos Henrique Eça D’Almeida Rocha, explica que as informações revelam a qualidade do ar nas estações em diferentes dias do mês de agosto. “Mas é possível observar que, mesmo sendo um mês de seca já forte, as estações de monitoramento do Zoológico e de Samambaia apontaram uma qualidade de ar boa quase todos os dias”, detalha.


Para o presidente da autarquia, Rôney Nemer, o sistema fornece alguns parâmetros, mas precisa de mais investimento. “Precisamos de um monitoramento que atinja mais áreas do DF para chegarmos a um resultado mais efetivo, e que traduza de fato a realidade da qualidade que respiramos. A autorização que o governador Ibaneis Rocha nos deu para aquisição de outras duas estações, que serão automáticas, já nos ajuda a melhorar nosso monitoramento e nossa efetividade nas ações”, considerou.

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Já nas outras duas estações de monitoramento, localizadas na Estrutural e na Rodoviária, há variação da qualidade de moderada a boa. Houve registro de qualidade ruim nessas duas estações. “O da Estrutural ocorreu no dia 26 de agosto, quando o Distrito Federal foi coberto por fumaça oriunda das queimadas de outras regiões como Sudeste e Amazônia”, esclarece,

Sem homogeneidade

“O interessante é que no mesmo dia 26 de agosto a estação de monitoramento de Samambaia apontou uma qualidade de ar boa. Isso mostra que, a depender do local que se está no DF, tem-se qualidade do ar bem diferentes”, enfatiza Carlos Rocha.

O analista lembra, ainda, que as regiões da Estrutural – que é próxima a rodovia de intenso trânsito – e a da Rodoviária – onde circulam os ônibus – sofrem influências das atividades das suas localizações. Por isso, a qualidade do ar tende a ser pior. Já as estações do Zoológico e de Samambaia estão longe das fontes de poluição e têm uma representatividade espacial maior que as outras.


Fato Novo com informações do Brasília Ambiental

 

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GDF

Distrito Federal adere a plataforma tecnológica para monitorar e prevenir degradação ambiental

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Ferramenta de inteligência artificial e sensoriamento remoto “Brasil Mais” permitirá combate mais eficiente ao desmatamento, incêndios florestais e ocupações irregulares no DF

A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) oficializou, na segunda (16), a adesão à “Brasil Mais”, plataforma tecnológica focada no monitoramento e emissão de alertas territoriais em todo o país. Desenvolvida com o objetivo de integrar dados de sensoriamento remoto e inteligência artificial, a ferramenta permitirá o acompanhamento em tempo real de fenômenos críticos, como desmatamento, incêndios florestais e ocupações irregulares, marcando um avanço significativo na capacidade do DF de atuar de forma preventiva e ágil na proteção ambiental.

A Brasil Mais reúne imagens de satélite e tecnologias geoespaciais que alimentam um banco de dados integrado com as informações ambientais e territoriais do Distrito Federal. Essas informações serão disponibilizadas às autoridades e gestores ambientais, permitindo que tomem decisões rápidas e embasadas em dados precisos.


“A plataforma é capaz de gerar alertas territoriais com resolução temporal de até 5 dias, o que possibilita a adoção de medidas tais como a prevenção e o combate aos incêndios florestais, a interrupção de desmatamentos ilegais e o controle de invasões em áreas de preservação”, explica o secretário de Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes.


O uso dessa tecnologia será crucial no combate ao desmatamento ilegal que ainda afeta diversas áreas de vegetação nativa. “Por meio da identificação precoce das atividades irregulares, a Brasil Mais proporcionará uma atuação coordenada entre diferentes órgãos de fiscalização, como Instituto Brasília Ambiental, DF Legal e Polícia Militar Ambiental. Isso garantirá uma resposta mais eficiente e integrada no combate à degradação ambiental, evitando que os danos se intensifiquem”, afirma o secretário.

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CLDF

Câmara Legislativa aprova medida para reestruturação da carreira do Hemocentro

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Instituição garante o fornecimento de sangue para abastecimento da rede de saúde pública do DF

Com as galerias ocupadas por servidores do Hemocentro, os deputados distritais aprovaram nessa terça-feira (17) medida que permite a reestruturação de carreira da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). O Projeto de Lei 1.292/2024 altera a Lei nº 7.313/2023, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2024. Os parlamentares aprovaram a norma por unanimidade, em dois turnos e redação final.

A reestruturação beneficiará 373 servidores, com impacto de aproximadamente R$ 7,2 milhões em 2024; R$ 30 mi no próximo ano e R$31 mi em 2026. A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (COF) da CLDF deu parecer favorável à proposta.

Com a alteração da LDO, o Executivo tem autorização para incluir as medidas no orçamento. Portanto, ainda precisa encaminhar à Câmara Legislativa o projeto específico de reestruturação, visto que a aprovação de hoje acatou apenas a inclusão no orçamento.

Fundada em 1991, a FHB é vinculada à Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Tem como missão garantir o fornecimento de sangue e seus componentes para abastecimento da rede de saúde pública, além de oferecer suporte a transplantes e atendimento ambulatorial multidisciplinar aos portadores de doenças hemorrágicas decorrentes da deficiência de coagulação.

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O estoque de sangue da fundação é monitorado em tempo real por um sistema informatizado: quando se identifica risco de redução, mobilizam-se os doadores. Os meios de chamar a população variam entre mensagens, e-mails, uso de redes sociais e mídia. A doação de sangue pode salvar vidas, saiba como doar.


Com informações: Agência CLDF

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