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Tecnologia

Golpes digitais devem disparar no segundo semestre com uso de inteligência artificial

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Especialista alerta para aumento de fraudes mais sofisticadas, em um período marcado por datas comerciais como Dia dos Pais, Black Friday e Natal

O segundo semestre de 2025 começa com um alerta de especialistas em segurança digital : o número de golpes virtuais deve aumentar significativamente , impulsionado pelo uso de inteligência artificial (IA) e pela alta no volume de transações online , especialmente em datas com grande movimentação comercial, como Dia dos Pais, Black Friday e Natal .

De acordo com dados do relatório da PSafe , foram mais de 5 milhões de tentativas de golpes digitais no primeiro trimestre de 2025 . Com a evolução tecnológica e a maior disponibilidade de ferramentas de IA, especialistas preveem ataques mais realistas, personalizados e difíceis de identificar .

IA torna golpes mais convincentes e perigosos

O perito em crimes digitais Wanderson Castilho , CEO da Enetsec , destaca que a inteligência artificial está mudando o jogo para os criminosos :

“Estamos entrando em uma nova era do golpe. A inteligência artificial deu aos criminosos um poder de convencimento que nunca existiu antes. Os ataques ficaram mais críveis, mais personalizados e, por isso, mais perigosos.”

Antes, muitas fraudes eram identificadas por erros de linguagem ou abordagens genéricas. Hoje, os golpistas usam:

  • Deepfakes
  • Áudios sintéticos
  • Mensagens automatizadas hiper-realistas

Tudo isso para simular a voz de familiares, colegas de trabalho ou atendentes bancários , enganando vítimas em situações de alta carga emocional.

“Antes bastava prestar atenção em um erro para desconfiar. Hoje, um áudio pode imitar com precisão a voz da sua mãe pedindo ajuda urgente. A vítima não tem tempo de racionalizar. Está tudo mais emocional, mais imediato, e isso é o que os criminosos sabem explorar com maestria”, afirma Castilho.

Três frentes de golpes mais preocupantes

Segundo o especialista, os principais tipos de golpe digital que devem se intensificar nos próximos meses são:

  1. Clonagem de voz e vídeos falsos – Facilitada pelo uso de IA, essa técnica tem sido usada em golpes de engenharia social .
  2. Automação de ataques com bots inteligentes – Criminosos utilizam assistentes virtuais que interagem em tempo real, simulando atendentes, parentes ou empresas.
  3. Fraudes altamente personalizadas – A partir de dados vazados , os golpistas criam abordagens extremamente específicas , incluindo nomes, hábitos e localização das vítimas.
Datas comerciais ampliam risco de fraude

O segundo semestre é tradicionalmente marcado por maior volume de transações e compras online , o que abre espaço para o aumento de golpes. O calendário comercial é um dos alvos estratégicos dos criminosos, com destaque para:

  • Dia dos Pais
  • Dia das Crianças
  • Black Friday
  • Natal

Nesses períodos, crescem os golpes com:

  • WhatsApp clonado
  • Links maliciosos
  • Boletos falsos
  • Clonagem de sites de lojas

“O crime entendeu o calendário e a tecnologia. Eles sabem quando as pessoas estão comprando mais e gastando mais, e agora têm ferramentas para atacar com mais eficiência e em maior volume”, alerta Castilho.

Empresas e cidadãos devem reforçar protocolos de segurança

Com a evolução dos golpes, empresas e consumidores precisam elevar seu nível de proteção. Wanderson Castilho reforça a importância de medidas preventivas:

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Para empresas:

  • Reforçar protocolos de segurança digital
  • Revisar canais de atendimento e autenticação de identidade
  • Investir em sistemas de autenticação mais robustos
  • Realizar campanhas contínuas de conscientização digital

Para os cidadãos:

  • Confirmar cobranças em outros canais
  • Evitar transferências após mensagens de desconhecidos
  • Ligar diretamente para a pessoa ou empresa antes de enviar dinheiro
  • Desconfiar de ofertas boas demais para ser verdade
  • Verificar a origem de links e mensagens recebidas

“Não dá mais para tratar segurança digital como algo secundário. A prevenção precisa ser parte do dia a dia das pessoas e das estratégias das empresas.”

Vigilância e educação como aliados

A principal recomendação do especialista é manter a vigilância ativa e educar continuamente sobre os novos métodos de fraude. Castilho destaca que a educação digital e a cultura de segurança são fundamentais para reduzir o impacto dos golpes.

“O alerta está dado. E ignorá-lo pode custar caro.”


Com informações: Enetsec / Wanderson Castilho 

Brasil

Relatório da Abin alerta que interferência externa é elemento estrutural na geopolítica e risco ampliado para o Brasil em 2026

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O relatório “Desafios de Inteligência – 2026”, da Abin, descreve um cenário onde a interferência externa deixou de ser excepcional e passou a ser um elemento estrutural da disputa geopolítica, operando de forma contínua em múltiplos eixos: ambiente digital, eleições de 2026, cadeias econômicas e disputa por recursos estratégicos na Amazônia. A agência alerta que a dependência brasileira de big techs e infraestruturas digitais estrangeiras compromete a soberania informacional e cria vulnerabilidades capazes de afetar as decisões internas do país.

O relatório “Desafios de Inteligência – 2026” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sustenta que atores transnacionais, empresas de tecnologia e Estados estão moldando processos políticos e econômicos brasileiros sem a necessidade de ações clássicas de ingerência, usando algoritmos, pressão econômica e disputa narrativa.


Risco Ampliado nas Eleições de 2026 e Soberania Digital 🗳️

A Abin alerta que a possibilidade de interferência externa no processo eleitoral brasileiro é um fator de risco que não pode ser subestimado.

  • Vulnerabilidade Digital: A centralização de dados sensíveis em infraestrutura privada estrangeira sujeita o Brasil a legislações de outros países, criando um risco estratégico. A agência afirma que a assimetria entre Estados e plataformas digitais condiciona decisões públicas a critérios comerciais alheios ao interesse nacional.

  • Guerra Cognitiva e IA: O documento alerta para a guerra cognitiva (uso de desinformação e algoritmos para dividir sociedades) e para o uso de Inteligência Artificial (IA), que reduz as barreiras para a criação de conteúdos falsificados com alto grau de verossimilhança.

  • Risco Eleitoral: A combinação de ambientes digitais não regulados, plataformas transnacionais e IA cria condições inéditas para manipulação de percepção pública em larga escala, potencializando os riscos de instabilidade nas eleições de 2026.

Amazônia e Pressões Geopolíticas 🏞️

O relatório dedica atenção à Amazônia como alvo estratégico de influências externas, onde o discurso ambiental é frequentemente instrumentalizado.

  • Contestação e Governança: A crescente internacionalização do discurso ambiental abre brechas para a contestação de políticas domésticas e para tentativas de impor padrões externos de governança sobre o território brasileiro.

  • Influência Disfarçada: A presença de organizações transnacionais em áreas sensíveis e a baixa capacidade estatal criam oportunidades para operações de influência que se apresentam como cooperação ambiental, mas carregam objetivos geopolíticos mais amplos, explorando pressões ambientais para justificar interferências indiretas.

Vulnerabilidade Econômica e Dependência Tecnológica 💲

A Abin reforça que a disputa econômica global é um instrumento relevante de interferência, onde sanções, tarifas e restrições comerciais assumem o papel de pressão política.

  • Exposição Brasileira: O Brasil, por ser altamente dependente de importações tecnológicas e exportações de commodities, torna-se vulnerável a retaliações que visam influenciar decisões políticas internas.

  • Risco nas Cadeias: A capacidade de uma potência estrangeira de interromper cadeias críticas (como semicondutores e fertilizantes) pode produzir efeitos socioeconômicos imediatos, impactando a estabilidade política interna.

A Abin conclui que a interferência externa não é mais episódica e o Brasil deve reforçar mecanismos de defesa cibernética, proteger o processo eleitoral e reduzir as dependências tecnológicas e econômicas para proteger sua soberania.


Com informações: ICL Notícias

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Mundo

Inteligência Artificial: Mistral Lança Novos Modelos e Acelera Competição Global na Europa

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🚀 Startup francesa de IA revela modelos multimodais de código aberto e compactos, o Mistral 3. A empresa, avaliada em quase 12 bilhões de euros, busca acompanhar gigantes globais, impulsionar o mercado europeu e oferecer soluções de inteligência distribuída e baixo custo.

Mistral Reforça Presença Europeia com Lançamento de Modelos de IA

A startup francesa Mistral, especializada em inteligência artificial (IA), anunciou o lançamento de um novo conjunto de modelos de IA, fortalecendo sua posição no mercado europeu e intensificando a competição com empresas globais como Google, OpenAI e DeepSeek. O objetivo da empresa é expandir suas aplicações comerciais e tecnológicas, consolidando-se como uma das startups mais promissoras da Europa, com uma avaliação que se aproxima de 12 bilhões de euros (cerca de R$ 69,5 bilhões, conforme conversão citada).

O anúncio ocorre após a Mistral fechar um acordo estratégico com o banco HSBC, demonstrando a aplicação prática de suas tecnologias no setor financeiro.

Modelos de IA: Robustez e Compactação para Diversas Aplicações

A Mistral apresentou duas categorias principais de modelos, visando atender a um amplo espectro de necessidades tecnológicas:

Modelo Grande Multimodal

A startup revelou o que descreveu como o “melhor modelo multimodal e multilíngue de código aberto do mundo”. Este modelo robusto é indicado para demandas de alto desempenho e complexidade, incluindo:

  • Assistentes de IA avançados.

  • Sistemas de recuperação aumentada.

  • Pesquisas científicas e complexas.

  • Fluxos de trabalho corporativos de grande escala.

Modelo Compacto – O Mistral 3

Em contraponto aos modelos de grande escala, a Mistral lançou o Mistral 3, um modelo pequeno projetado para ser executado diretamente em dispositivos de borda (edge devices). Essa característica permite a implantação da IA em uma vasta gama de equipamentos, como:

  • Drones e veículos autônomos (carros).

  • Robôs.

  • Laptops e smartphones.

A empresa destaca que os modelos pequenos oferecem vantagens significativas para a maioria das aplicações do mundo real, defendendo que a próxima geração de IA será mais inteligente, rápida e aberta.

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  • Vantagens Operacionais: Os modelos compactos proporcionam menor custo de inferência e latência reduzida.

  • Desempenho Segmentado: Permitem desempenho específico e otimizado para tarefas e fluxos de trabalho definidos.

  • Implantação Acessível: Podem ser implantados em uma única GPU, agilizando as operações e ampliando a disponibilidade da IA para cenários desconectados ou locais.

Capital Bilionário e Expansão Estratégica

Fundada em 2023, a Mistral consolidou seu crescimento por meio de aportes financeiros significativos. A startup arrecadou 1,7 bilhão de euros (aproximadamente R$ 9,8 bilhões) em sua rodada de financiamento mais recente, que contou com a participação de investidores importantes como a fabricante de chips holandesa ASML e a Nvidia. Esse investimento impulsionou a avaliação da empresa para 11,7 bilhões de euros.

O CEO da Mistral afirmou que o investimento reforça a capacidade da empresa de agregar valor à indústria de semicondutores e consolidar suas operações comerciais. A startup já firmou contratos de centenas de milhões de dólares, incluindo o acordo com o HSBC, que utilizará os modelos da Mistral em tarefas como análises financeiras e traduções.

A estratégia da Mistral envolve, ainda, a avaliação de potenciais fusões e aquisições (M&A) como forma de acelerar seu crescimento e fortalecer sua posição na Europa, em um momento em que concorrentes dos Estados Unidos, como OpenAI e Anthropic, também expandem suas operações no continente. A Mistral aposta em uma era de inteligência distribuída, combinando modelos robustos e compactos para garantir competitividade global e provar a força da inovação europeia em IA.


Com Informações de: Olhar Digital

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Brasil

Evento Conecta PretaLab promove inclusão de mulheres negras no debate e uso prático da inteligência artificial

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O evento Conecta PretaLab, do Olabi, com abertura nesta terça-feira (2) no Sesc Pompeia, em São Paulo, oferecerá oficinas práticas e rodas de conversa para ensinar mulheres negras a usar a inteligência artificial (IA) no cotidiano, trabalho e estudos. O objetivo é promover o acesso, a autonomia e a participação dessas mulheres nas decisões sobre o futuro da IA, combatendo a desigualdade no acesso à tecnologia, que, segundo a codiretora do Olabi, Silvana Bahia, tende a excluir grupos historicamente marginalizados. A abertura contará com a mesa “Inteligência artificial e justiça social“, com a participação de Jurema Werneck (Anistia Internacional Brasil) e Mayara Ferrão.

O evento Conecta PretaLab, uma iniciativa do Olabi, será realizado no Sesc Pompeia, em São Paulo, com o objetivo de democratizar o acesso e o conhecimento sobre Inteligência Artificial (IA) para mulheres negras.


Inclusão e Autonomia na IA 💡

O projeto parte da premissa de que mulheres negras precisam estar no centro da conversa sobre inteligência artificial, não apenas como usuárias, mas como criadoras e participantes das decisões sobre o futuro da tecnologia.

  • Desigualdade de Acesso: A codiretora do Olabi, Silvana Bahia, destacou que o acesso real à IA é desigual, concentrando-se em pessoas com familiaridade digital, boa conexão e condições materiais, deixando mulheres negras, pessoas periféricas e grupos historicamente excluídos para trás.

  • Reprodução de Desigualdades: Silvana ressaltou que a IA, sendo construída a partir de dados e prioridades definidas por grupos restritos, tende a reproduzir as mesmas desigualdades que já marcam o país, e a ausência dessas mulheres na construção das tecnologias resulta em impactos negativos ainda mais intensos sobre elas.

Programação e Oficinas Práticas 💻

O evento oferece oficinas práticas, rodas de conversa e debates para facilitar o primeiro contato com essas ferramentas.

  • Abertura: A abertura do Conecta, na terça-feira (2), às 19h, terá a mesa “Inteligência artificial e justiça social“, com a participação de Jurema Werneck (diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil), Mayara Ferrão (artista visual) e Silvana Bahia (Olabi).

  • Temas das Oficinas: Nos dias 6 e 7 de dezembro, as facilitadoras, muitas delas formadas pelo próprio PretaLab, apresentarão ferramentas de IA que auxiliam a montar currículos, organizar planilhas, revisar textos, criar artes para pequenos negócios, estudar para provas e planejar finanças, de forma simples e acessível.


Com informações: Agência Brasil

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