Além de impulsionar a economia do DF, o Cartão Uniforme Escolar também busca desburocratizar a logística dentro das escolas. Hoje, a gestão de entrega dos uniformes exige que os diretores recebam grandes volumes de peças, façam a separação por tamanhos e organizem a distribuição às famílias, acumulando ainda mais responsabilidade. Com a nova proposta, esse processo ficará a cargo das próprias malharias, liberando os gestores escolares para se dedicarem nas atividades pedagógicas e administrativas prioritárias.A proposta também é uma resposta a uma antiga demanda do setor produtivo local, especialmente do Sindicato das Indústrias de Vestuário no Distrito Federal (Sindivest), que sempre pleiteou o fortalecimento das malharias do DF. Dessa forma, as famílias terão mais opções de escolha e as crianças poderão experimentar as peças antes da compra, facilitando a adequação de tamanhos e melhorando a logística.
O padrão de tecidos, cores e modelos dos uniformes será mantido, conforme já ocorre nos editais de pregão. “A Secretaria de Educação estabeleceu critérios técnicos rigorosos para garantir a qualidade das peças, e o acompanhamento desse processo será feito de perto por uma área específica da pasta” reforçou Hélvia.
A produção dos uniformes pelas malharias locais deve começar no segundo semestre de 2025. O projeto de lei que institui o Cartão Uniforme Escolar já foi elaborado e está em fase final de revisão para ser enviado à Casa Civil e, posteriormente, à Câmara Legislativa do DF. A expectativa é de aprovação ainda no primeiro semestre.
A Secretaria de Educação acredita que a adesão das malharias será expressiva, assim como ocorreu com o Cartão Material Escolar, que hoje já conta com cerca de 600 papelarias credenciadas. A produção local também permitirá que os uniformes sejam entregues com mais agilidade e menor risco de atrasos, problema frequente quando a produção dependia de fábricas de outros estados.
*Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)