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Hamas, Fatah e outros grupos palestinos assinam acordo de ‘união nacional’

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Grupos concordam em acabar com divisões e criar uma plataforma conjunta após negociações na China

Em Pequim, 14 organizações palestinas, incluindo o Hamas e Fatah, assinaram um acordo de “união nacional” nesta terça-feira (23/07) para instituir um governo interino na Faixa de Gaza após o fim da guerra de Israel contra o enclave.

O acordo foi firmado sob mediação da China e concluiu três dias de diálogo que tiveram como intuito criar bases para uma unidade, esforços que já vinham ocorrendo desde a escalada da ofensiva israelense contra os palestinos.


“Hoje assinamos um acordo para a unidade nacional e dizemos que o caminho para completar essa jornada é a unidade nacional”, disse Mousa Abu Marzook, dirigente do Hamas, que governa a Faixa de Gaza e rompeu com o Fatah em 2007.


Ainda segundo Abu Marzook, as organizações estão “comprometidas” com a unidade e “clamam” por isso.

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Para a chancelaria chinesa, o acordo para formar um governo e a reconciliação nacional são “questões internas” dos grupos palestinos, mas, “ao mesmo tempo, não pode ser alcançada sem o apoio da comunidade internacional.”

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que de fato o destaque mais importante da cúpula foi o acordo em torno de uma governança de Gaza no pós-guerra.

Esforços anteriores para reconciliar os grupos, em priori Hamas e Fatah, não conseguiram obter resultados satisfatórios. No entanto, por conta do contínuo massacre de Israel em Gaza, tais apelos foram renovados.

O Hamas e o Fatah, inclusive, já haviam se encontrado anteriormente na China em abril para discutir esforços de reconciliação para pôr fim a 17 anos de disputa. A Autoridade Palestina, liderada pelo Fatah, administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, enquanto o Hamas era o poder governante de fato em Gaza antes da guerra atual.

As duas forças romperam após o Hamas vencer as eleições legislativas de 2006, o que culminou em anos de uma rivalidade política e violenta.

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O que prevê o acordo?

À emissora catari Al Jazeera, Mustafa Barghouti, secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina, uma das organizações presentes nas negociações, disse que o acordo “vai muito mais longe” do qualquer outro alcançado nos últimos anos.

De acordo com ele, o acordo prevê quatro elementos principais: estabelecimento de um governo interino de unidade nacional, formação de uma liderança palestina unificada antes de futuras eleições, eleição livre de um novo Conselho Nacional Palestino e uma declaração geral de unidade diante dos ataques israelenses em andamento.

Para Barghouti, um novo governo de unidade nacional “bloqueia os esforços israelenses para criar algum tipo de estrutura colaborativa contra os interesses palestinos”, declarando que a ofensiva do governo de Benjamin Netanyahu contra Gaza foi o “principal fator” que motivou as organizações a deixarem de lado suas diferenças.

“Não há outra maneira agora senão os palestinos se unirem e lutarem juntos contra essa terrível injustiça”, disse.

Porém, os detalhes do acordo ainda não estabeleceram um cronograma para a formação desse novo governo.

Alguns pontos do acordo :
  • exigir o direito do povo palestino à sua soberania;
  • acolher a conclusão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre a ilegalidade da ocupação de Israel em territórios palestinos;
  • dar continuidade na implementação dos acordos da união nacional;
  • afirmar o direito dos palestinos de resistir às ocupações;
  • comprometer-se com o estabelecimento de um Estado palestino independente com capital em Jerusalém;
  • o governo formado exercerá os seus poderes e autoridades sobre todos os territórios palestinos
Israel se opõe ao acordo

Após as negociações dos grupos palestinos, Israel se posicionou contrário ao acordo.

O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, acusou o líder do Fatah e presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, de “abraçar os assassinos e estupradores do Hamas, revelando sua verdadeira face”.

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“Isso [um governo de união nacional] nunca vai acontecer porque o governo do Hamas será aniquilado, e Abbas vai ver Gaza de longe. A segurança de Israel ficará apenas em mãos israelenses”, declarou o chanceler.


Fato Novo: *Com ansa.

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Tropas da França são expulsas de outro país da África, o Chade

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Militares da França devem deixar o Chade após governo encerrar um acordo de cooperação em defesa com o país comandado por Emmanuel Macron

Em mais um episódio que mostra a perca de influência da França na África, o governo do Chade anunciou nesta quinta-feira (28/11) o encerramento de um acordo de cooperação em defesa com os franceses. Com a decisão, militares do país comandado por Emmanuel Macron deverão deixar o país.

“O governo da República do Chade informa a opinião nacional e internacional da sua decisão de rescindir o acordo de cooperação em defesa assinado com a República Francesa revisto em 5 de setembro de 2019”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Chade em um comunicado.

O episódio se soma a outros casos recentes em que países africanos se voltaram contra a França, responsável por colonizar partes do continente e manter força na região mesmo após a independência de diversas nações.

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Após golpes militares, Mali, Burkina Faso e Níger também romperam pactos de defesa com a França, expulsaram militares de ambos os países e buscaram alianças com outros países, como a Rússia.


 

*Metrópoles

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Livro dos Recordes reconhece brasileiro como homem mais velho do mundo

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Brasileiro tem 112 anos e 52 dias de vida. Ele afirma que o segredo da longevidade é estar cercado de pessoas boas

O Guiness Book, o Livros dos Recordes, reconheceu, nesta quinta-feira (28/11), o brasileiro João Marinho Neto como o homem mais velho do mundo. Ele assumiu o posto após a morte do inglês John Tinniswood, que também tinha 112 anos. Ele faleceu na segunda-feira (25/11).

João Marinho tem 112 anos e 52 dias de vida. A confirmação foi feita na terça-feira (26/11). Nascido em Maranguape (CE), em 1912, ele já ostentava o título de homem mais velho da América Latina.

A origem de João Marinho foi no campo. Filho de fazendeiros, a família dele migrou para a área rural do município de Apuiarés (CE). No município, vivem pouco menos de 14 mil habitantes.

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Aos 4 anos, o homem já ajudava o pai no campo. Marinho se casou com Josefa Albano dos Santos e eles tiveram quatro filhos: dois casais. A esposa, nascida em 1920, faleceu em 1994.

Em outra união, esta com Antonia Rodrigues Moura, Marinho teve mais um casal de filhos. Dos seis filhos dele nasceram 22 netos e 15 bisnetos, além de três tataranetos.

Marinho afirma que o segredo da longevidade dele é estar rodeado de gente boa e ter por perto os entes queridos, afirma texto no site do Guiness Book.

Ranking da LongeviQuest aponta que dentre os cinco homens mais velhos do mundo, três são brasileiros:

1 – João Marinho Neto – 112 anos – brasileiro
2 – Josino Levino Ferreira – 111 anos – brasileiro
3 – Ken Weeks – 111 anos – australiano
4 – Hilario Orozco Lemus – 111 anos – mexicano
5 – Primo Olivieri – 110 anos – brasileiro


*Metrópoles

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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

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Continente africano registra maiores taxas desse tipo de crime

Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (25), Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.

Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.

“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.

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“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.

“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.


*Agência Brasil

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