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IA é tema de abertura do Conecta CLDF

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Na abertura do maior evento de comunicação e inovação do Centro-Oeste, o Conecta CLDF: Comunicação 360º, a Câmara Legislativa foi palco, nesta quarta-feira (6), de uma palestra ministrada pelo doutor em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) Márcio Carneiro dos Santos, que abordou a comunicação e inovação no setor público.

A solenidade de abertura oficial foi comandada pelo vice-presidente da CLDF, deputado Ricardo Vale (PT), e contou com as presenças do secretário de Comunicação do DF, Weligton Luiz Moraes, do secretário de ciência, tecnologia e inovação do DF, Leonardo Reisman e do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jean Lima. Vale fez questão de destacar a importância de se debater uma comunicação pública que fortaleça a democracia e que seja instrumento de combate à desinformação e às fakenews.


“É muito importante o debate que estamos fazendo aqui para que a comunicação seja usada para o bem. As novas ferramentas têm um grande poder de construir, mas também de destruir. Eu tenho muito orgulho de estar à frente da comunicação desta Casa. A CLDF não poderia ficar de fora dessa discussão”, pontuou o distrital.


Inteligência artificial na comunicação pública

Na palestra inaugural do evento, o professor Márcio Carneiro abordou o conceito e as possibilidades de uso profissional da Inteligência Artificial. Para ele, ainda há muita desinformação acerca do tema, como, por exemplo, a ideia de que IA é uma ferramenta tecnológica recente, quando, na verdade, ela é fruto de um processo que se iniciou no pós-Segunda Guerra mundial. Para exemplificar que a aplicação da IA não é recente, o professor citou o filtro de spam embutido nos e-mails, que, por meio de algoritmos pré-determinados, reconhece padrões de mensagens com alta possibilidade de serem maliciosas.

Outro conceito incorreto é o de que a IA generativa – projetada para criar novos conteúdos em vez de apenas processar, classificar ou reconhecer padrões –, a exemplo do ChatGPT, “serve para tudo”. De acordo com Carneiro, essas ferramentas não devem ser operadas como se fossem buscadores, uma vez que “foram feitas para serem criativas”. Ou seja, ao executarmos um comando em alguma interface de inteligência artificial generativa, a ferramenta utiliza dados disponíveis no repositório on-line para “criar” sua própria versão da informação por meio do cruzamento das informações encontradas.

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“Quando utilizadas em áreas nas quais a qualidade da informação é crítica, como no jornalismo, educação ou ciência, é preciso um cuidado redobrado”, aponta o pesquisador.

Ainda segundo Márcio Carneiro, o avanço da aplicabilidade das IAs generativas – como OpenAI, Copilot e Gemini – levanta questões éticas em diversas áreas, em especial na política, acadêmica, econômica e artística. Ele afirma que tem crescido o número de trabalhos acadêmicos produzidos por meio de IA, o que enseja uma avaliação mais aprofundada sobre o tema sob a ótica dos direitos autorais.

Outro ponto sensível que carece de um debate mais aprofundado é a barreira entre o uso recreativo e profissional das ferramentas. Atualmente, já é possível gerar vídeos de personalidades, inclusive políticas, emulando sua voz para que se assemelhe bastante à voz original, o que abre um leque de possibilidades dentro de uma realidade virtual. Carneiro não acredita que a solução para os efeitos nocivos dessas ferramentas esteja na regulamentação dos softwares especificamente, mas das plataformas, chamadas “Big Techs”, que são empresas de tecnologia reconhecidas pelo seu impacto global na economia, sociedade e comportamento digital, a exemplo de Google, Apple, Meta (Facebook) e Microsoft.

Para ele, é preciso que os Estados reúnam esforços para compelir esses grandes conglomerados a tomarem atitudes com relação a conteúdos falsos ou maliciosos. Além disso, o pesquisador aponta para a necessidade de um maior letramento tecnológico do usuário comum das redes, para que ele, gradualmente, aprenda a não dar engajamento a postagens e conteúdos nocivos nas redes.

Márcio falou ainda sobre o impacto das ferramentas de IA generativa nos postos de trabalho públicos e privados. Ele não acredita na substituição da mão de obra humana pelos algoritmos como um processo direto e irreversível, mas pondera que a maioria dos profissionais terá de aprender a operar as ferramentas para não se tornar obsoleto frente às novas necessidades. “O humano continua sendo necessário, só que um humano com treinamento”, avaliou.

O Conecta CLDF: comunicação 360° continua na tarde desta quarta-feira e se encerra na quinta-feira.  Você pode acompanhar a programação completa na página do evento e assistir as palestras e mesas de debate no YouTube da Casa.

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Fonte: Christopher Gama/ Agência CLDF de Notícias

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Na abertura do Festival, Câmara Legislativa reforça compromisso com audiovisual do DF

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A cerimônia de abertura do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro destacou a importância da premiação que a Câmara Legislativa concede, durante a competição, para produções audiovisuais do Distrito Federal

As apresentadoras observaram que a disputa de filmes brasilienses chega à 26ª edição, “celebrando o vigor” da produção do DF. Ao subir ao palco da Sala Vladimir Carvalho do Cine Brasília, sede do festival, o deputado Ricardo Vale (PT), vice-presidente da Casa, representante da CLDF na ocasião, reforçou o compromisso do Legislativo local com o setor.

Entre as funções da Casa, o parlamentar observou que “temos o papel de incentivar e fomentar a cultura no Distrito Federal, além de cobrar a execução de políticas públicas voltadas para a área artística e cultural”. Referindo-se ao secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes, Ricardo Vale lembrou que, por ter sido deputado distrital, o gestor conhece bem as obrigações do poder legislativo.

Vale ainda elogiou o Festival por exibir, durante esta semana, simultaneamente, os filmes que concorrerão ao Troféu Câmara Legislativa no Gama, Taguatinga e Planaltina e avaliou a premiação em dinheiro que será entregue aos vencedores do prêmio local – ao todo, R$ 240 mil. “Acho até que é pouco, diante da importância do audiovisual do Distrital Federal”, elogiou.

Na cerimônia de abertura, o deputado esteve acompanhado do coordenador do Comitê Gestor do Troféu Câmara Legislativa, Claudinei Pirelli, que ratificou o comprometimento da CLDF com o fomento do audiovisual local, afirmando que a Casa está empenhada em fortalecer o setor. “Viva o cinema de Brasília”, comemorou.

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Programação

Os 12 filmes (oito curtas e quatro longas-metragens) que concorrem ao 26º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal começam a ser exibidos nesta terça-feira (3), durante a Mostra Brasília, que prossegue até sexta-feira (6). Clique aqui para conhecer a programação.


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Gilmar Mendes é cidadão honorário de Brasília

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Ministro do STF é formado pela UnB e mora no DF há 50 anos

Em solenidade que reuniu autoridades dos três poderes no plenário da Casa nesta segunda-feira (2), a Câmara Legislativa concedeu o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. A iniciativa da homenagem é do deputado Ricardo Vale (PT), que classificou o agraciado como uma das figuras responsáveis por “proteger e oxigenar nossa democracia” por meio de sua carreira jurídica.

Vale comentou que o ministro, além de cumprir os critérios formais exigidos para a concessão do título – idoneidade moral, reputação ilibada e notório reconhecimento público –, tem uma “carreira enciclopédica” de contribuições em prol da sociedade brasileira. “O ministro sempre atuou com firmeza, seriedade e serenidade intelectuais permitidas pela sua sólida formação acadêmica e pelo rigor de sua personalidade. É reconhecidamente um jurista de renome”, pontuou.

Para o distrital, a atuação de Gilmar Mendes nos diferentes órgãos por onde passou revela uma conduta focada na defesa da democracia e do estado democrático de direito. O deputado destacou que o ministro foi um dos primeiros juristas a se pronunciar contra ações adotadas no âmbito da Operação Lava Jato, que, segundo ele, criou um código de processo penal próprio e desviou todo o noticiário nacional para Curitiba. “O ministro foi o primeiro a dizer que o presidente Lula não teve um julgamento justo”, declarou.

O presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), falou do sentimento de gratidão para com o ministro por sua atuação em favor da categoria de policiais civis do DF na época em que ocupava o cargo de advogado-geral da União. Segundo narrou, Mendes deu parecer favorável à concessão de gratificação para operações especiais pela corporação, benefício que, segundo o deputado, conferiu melhorias significativas à classe. “Isso não tem preço. O ministro contribuiu para a melhoria de nas forças de segurança, deu melhores condições de trabalho, o que atraiu melhores policiais”, declarou.

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Segundo o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a atuação do magistrado tem sido fundamental para a manutenção da democracia e para a autoafirmação do judiciário. O governador pontuou que Gilmar tem uma profunda ligação com os temas da Capital Federal desde que ingressou no curso de direito na Universidade de Brasília (UnB), ainda nos anos de 1970. “Quem, como eu, é do mundo jurídico, vê a inteligência, a determinação e, acima de tudo, a coragem como um dos traços de sua personalidade”, elogiou.


O doutor em direito Francisco Schertel Mendes, filho do agraciado, narrou aspectos da vida privada do pai, enaltecendo seu caráter empreendedor, acolhedor e visionário. “Para além dos títulos, é um homem profundamente comprometido com a família. Pai dedicado e avó presente. Nos dá um exemplo a ser seguido”, declarou.


Reconhecimento

Momentos de instabilidade política da história recente do Brasil foram relembrados para demonstrar o quão destacada foi a atuação do ministro. O processo de impeachment de 2016, a Operação Lava Jato e os ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023 foram mencionados como cenários em que o desempenho do jurista teve papel relevante.

Autoridades como o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Georges Carlos Seigneur, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, e o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, foram unânimes em reconhecer como justo o reconhecimento da CLDF. “Mais do que merecido. Nos momentos mais difíceis ele sempre esteve presente e atuante”, pontuou Gustavo Rocha.

Gilmar mendes relembrou importantes momentos de sua trajetória que exigiram empenho de sua parte, como a consolidação do plano Real, em 1994, momento em que atuava como consultor jurídico da Secretaria Geral da Presidência da República.

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Outro momento significativo foi a crise do apagão elétrico, no governo Fernando Henrique Cardoso, em que o apoio de consultoria jurídica de Mendes, que exercia o cargo de advogado-geral da União, foi determinante para que o governo contornasse o problema. “Na AGU, fizemos uma maratona com ritmo de prova de cem metros”, brincou.

O ministro relembrou também eventos marcantes de sua vida acadêmica, como o dia em que tropas militares invadiram a UnB, prenderam estudantes e intimaram professores e funcionários no período da ditadura militar. Mencionou ainda a experiência de estudos que teve na Alemanha, tornando-se mestre e doutor pela Universidade de Münster.  “São muitos os aprendizados, eu tentei aproveitar cada um deles”, afirmou.

O homenageado finalizou sua fala agradecendo à CLDF e aos presentes pela honraria. Pontuou que, apesar de mato-grossense, tem grande admiração por tudo relacionado ao DF, seja por sua concepção visionária, por Juscelino Kubitschek, ou por ser um lugar de oportunidades.


 “Hoje eu tive um dia de grande conforto da alma. Estou emocionado de receber esse título. Sou candango por adoção”, declarou. A Solenidade teve transmissão ao vivo pela TV Câmara Distrital (Canal 9.3) e pelo YouTube da Casa.


Histórico

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Nascido em 30 de dezembro de 1955, em Diamantino (MT), Gilmar Ferreira Mendes é uma figura proeminente no cenário jurídico brasileiro. Formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) em 1978, ele continuou seus estudos na Alemanha, onde obteve títulos mestrado e doutorado pela Universidade de Münster. Sua tese de doutoramento abordou o controle abstrato de normas perante a Corte Constitucional Alemã e o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro.

No serviço público, Mendes iniciou sua carreira como procurador da República em 1985. Posteriormente, atuou como consultor jurídico da Secretaria Geral da Presidência da República e assessor do Ministério da Justiça. Entre 1996 e 2000, foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, antes de ser nomeado Advogado-Geral da União em 2000, cargo que ocupou até 2002.

Em 20 de junho de 2002, Gilmar Mendes foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na corte, exerceu a presidência entre 2008 e 2010. Além disso, presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois períodos, de 2006 e de 2016 a 2018, destacando-se por sua atuação em questões eleitorais.

Além de sua carreira no Judiciário, Mendes é co-fundador do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e autor de diversas obras jurídicas. Sua contribuição para o campo do Direito foi reconhecida com prêmios como o Prêmio Jabuti em 2008 e 2014.

Christopher Gama/ Agência CLDF de Notícias

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Tradicional vitrine do cinema do DF tem início na terça-feira (3)

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Os filmes que integram a Mostra Brasília do Festival de Cinema concorrem ao Troféu Câmara Legislativa. Confira a programação e prestigie o cinema local

O 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro será aberto amanhã (30), em solenidade às 20h, no Cine Brasília (EQS 106/107). Na terça-feira (3), entra em cartaz a tradicional Mostra Brasília, onde são exibidos os filmes da cidade que concorrem ao Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal; este ano, em sua 26ª edição.

A programação da mostra vai de 3 a 6 de dezembro, às 18h, no principal palco do cinema do DF: o Cine Brasília – que, como de costume, vai contar com a presença dos realizadores das produções do dia. As sessões acontecerão também, concomitantemente, no Gama (Cia Lábios da Lua), Taguatinga (Faculdade Estácio, Pistão Sul) e Planaltina (Complexo Cultural). Todas as sessões têm entrada gratuita, mediante a retirada de ingresso, e contarão com legendagem descritiva e audiodescrição ao vivo.

Nesta edição, serão exibidos quatro filmes de longa-metragem e oito curtas, os quais foram selecionados entre mais de 130 títulos inscritos. As obras – cuja curadoria é assinada por cinco profissionais na área (saiba mais) – mostram a diversidade da produção audiovisual do DF e reforçam o vigor do cinema local.

Os 12 filmes concorrem a um total de R$ 240 mil em prêmios do Troféu Câmara Legislativa, além da estatueta exclusiva da premiação. A escolha dos vencedores será feita por um júri integrado por Antonio Grassi, ator, diretor e gestor cultural; Catarina Accioly, diretora, roteirista e atriz; e José Delvinei, ator, professor e produtor cultural.

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Além disso, o público que comparecer às sessões – em qualquer um dos espaços de exibição – poderá escolher seus filmes favoritos, os quais também serão premiados pela Câmara Legislativa. Para votar, é imprescindível ter retirado o ingresso (gratuito) na bilheteria dos espaços.

Confira a programação e prestigie o cinema “prata da casa” do DF

3 de dezembro (terça-feira), às 18h

Caravana da Coragem, de Pedro B. Garcia
Distrito Federal, Documentário/Experimental, 11 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 10 anos

A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio, de Silvino Mendonça
Distrito Federal, Documentário Experimental, 17 minutos, 2024
Classificação indicativa Livre

Nada, de Adriano Guimarães
Distrito Federal, Ficção, 92 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 12 anos

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4 de dezembro (quarta-feira), às 18h

Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges
Distrito Federal, Ficção, 9 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 12 Anos

ONA
, de Clara Maria e M4vi Afroindie
Distrito Federal, Drama Espiritual, 15 minutos, 2023
Classificação indicativa Livre

Manual do Herói, de Fáuston da Silva
Distrito Federal, Ficção, 103 minutos, 2024
Classificação indicativa Livre

5 de dezembro (quinta-feira), às 18h

Xarpi, de Rafael Lobo
Distrito Federal, Ficção, 25 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 14 Anos

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Via Sacra, de João Campos
Distrito Federal, Ficção, 20 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 12 anos

A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão
Distrito Federal, Documentário, 89 minutos, 2023
Classificação indicativa Livre

6 de dezembro (sexta-feira), às 18h

Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell
Distrito Federal, Animação, 20 minutos, 2023
Classificação indicativa Livre

Cemitério Verde, de Maurício Chades
Distrito Federal/Goiás, Ficção/Experimental, 24 minutos, 2023
Classificação indicativa Livre

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Tesouro Natterer, de Renato Barbieri
Distrito Federal, Documentário, 84 minutos, 2023
Classificação indicativa Livre


*Agência CLDF

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