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Educação

Infância, o efeito transformador do aprendizado de línguas

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O aprendizado de línguas estrangeiras na educação infantil promove significativos benefícios cognitivos

O aprendizado de língua estrangeira na educação infantil tem ganhado destaque nos últimos anos por conta dos múltiplos benefícios que a exposição precoce a novos idiomas pode proporcionar, seja através das escolas presenciais ou mesmo em aulas de inglês online. Especialistas em educação e desenvolvimento infantil apontam diversas  vantagens cognitivas, sociais e culturais associadas ao aprendizado de línguas.

Crianças que aprendem uma segunda língua têm a oportunidade de desenvolver  habilidades cognitivas avançadas. Além disso, a exposição a diferentes idiomas pode  fomentar a flexibilidade mental e a capacidade de resolver problemas de maneira mais  criativa, benefícios que são acompanhados por vantagens sociais, como facilidade em  se comunicar e interagir com pessoas de diferentes culturas.

A importância vai além do desenvolvimento individual. Ao introduzir uma nova língua na  vida das crianças é possível criar uma base sólida para uma sociedade multicultural e  inclusiva. Dessa forma, o ensino de línguas estrangeiras desde cedo é uma estratégia  valiosa para preparar as futuras gerações para um mundo cada vez mais globalizado.

Desenvolvimento cognitivo: expansão das capacidades mentais 

O aprendizado de línguas estrangeiras na educação infantil promove significativos  benefícios para o desenvolvimento cognitivo. Estudos mostram que crianças bilíngues  ou multilíngues desenvolvem habilidades avançadas de resolução de problemas e  pensamento crítico. A capacidade de alternar entre diferentes idiomas exige flexibilidade  mental, o que fortalece funções executivas do cérebro, como planejamento, controle  inibitório e memória de trabalho.

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Além disso, a exposição à nova língua estimula a capacidade de atenção seletiva.  Crianças que fazem aulas de inglês desde cedo são mais aptas a focar em tarefas  específicas, ignorando distrações irrelevantes, graças ao treino constante de identificar  e processar informações relevantes em dois ou mais sistemas linguísticos diferentes.

Esses benefícios cognitivos não apenas melhoram o desempenho acadêmico das  crianças, mas também preparam o cérebro para enfrentar desafios complexos ao longo  da vida.

Sensibilidade cultural: ampliando horizontes

Introduzir a língua estrangeira na educação infantil também contribui significativamente  para o aumento da sensibilidade cultural. Elas têm a oportunidade de conhecer e  entender culturas diversas, promovendo uma visão de mundo mais ampla e inclusiva.

O novo aprendizado envolve mais do que apenas a aquisição de vocabulário e  gramática. Inclui a imersão em diferentes práticas culturais e formas de pensar. As  crianças começam a reconhecer que existem múltiplas maneiras de interpretar o mundo  e resolver problemas.

língua estrangeira

Crianças que aprendem uma segunda língua têm a oportunidade de desenvolver  habilidades cognitivas avançadas (Foto: Shutterstock)

Melhoria da comunicação: habilidades aprimoradas 

Aprender línguas na infância traz benefícios notáveis para as habilidades de  comunicação. O processo envolve a prática constante de escuta, fala, leitura e escrita, o  que aprimora a proficiência linguística em geral. As crianças se tornam mais articuladas  e confiantes em suas capacidades de comunicação, tanto no idioma nativo quanto no  estrangeiro.

A prática também ensina às crianças a arte da adaptação comunicativa. Elas aprendem  a ajustar seu discurso conforme o contexto e o interlocutor, desenvolvendo uma  compreensão mais profunda de nuances linguísticas e culturais, o que é crucial em um  mundo interconectado, onde interações multiculturais são cada vez mais comuns.

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Outro benefício importante é a melhoria da capacidade de escuta ativa. Crianças  bilíngues ou multilíngues tendem a ser ouvintes mais atentos, pois precisam distinguir e  compreender diferentes sons e estruturas linguísticas. Isso não só melhora a  comunicação, como também fortalece relacionamentos interpessoais, já que a escuta  ativa é fundamental para uma interação eficaz e empática.

Estímulo à criatividade: imaginando novas possibilidades 

Línguas estrangeiras também desempenham um papel fundamental no estímulo à  criatividade das crianças. Elas são desafiadas a pensar de maneiras não convencionais  e a desenvolver soluções inovadoras para problemas linguísticos.

exposição a diferentes idiomas e culturas na infância amplia o repertório de  experiências e referências culturais, o que enriquece a imaginação e incentiva a  produção de ideias originais. As crianças têm a oportunidade de explorar novas formas  de expressão, seja por meio de histórias, músicas ou jogos, o que nutre a criatividade de maneira lúdica e prazerosa.

O impacto duradouro do aprendizado linguístico 

Esse aprendizado oferece uma ampla gama de benefícios, que vão desde o  desenvolvimento cognitivo até a melhoria das habilidades de comunicação e a promoção  da criatividade. Além disso, contribui significativamente para o aumento da sensibilidade cultural e o desenvolvimento pessoal, preparando as crianças para um futuro de sucesso  em um mundo globalizado.


Fato Novo com informações: Revista Educação

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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Distrito Federal

Publicado o calendário escolar da rede pública do Distrito Federal para 2025

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As aulas terão início em 10 de fevereiro, com previsão de encerramento no dia 18 de dezembro; unidades do Centro Interescolar de Línguas (CIL), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional e Tecnológica também tiveram cronograma definido

A Secretaria de Educação (SEEDF) já finalizou o calendário escolar para o ano de 2025. As informações estão disponíveis no site oficial da pasta, facilitando o planejamento de estudantes, famílias e servidores da educação para o novo ano letivo.

As aulas da rede pública de ensino do DF terão início em 10 de fevereiro de 2025, com o encerramento do ano letivo programado para 18 de dezembro. O cronograma respeita a exigência de 200 dias letivos obrigatórios, assegurando uma base sólida para o desenvolvimento educacional ao longo do ano.

“Com a publicação do calendário escolar de 2025, a Secretaria de Educação reforça o compromisso com o planejamento e a organização, proporcionando à comunidade educacional uma estrutura clara para mais um ano de aprendizado e desenvolvimento de qualidade”, afirmou a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da SEEDF, Francis Ferreira.

Parceiras

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Instituições educacionais parceiras (IEPs), como as creches conveniadas, também seguirão o mesmo calendário, iniciando as atividades em 10 de fevereiro. Um ponto essencial do planejamento escolar é a semana pedagógica, programada para o período entre 5 e 7 de fevereiro, quando educadores estarão reunidos para alinhar estratégias e definir as metas pedagógicas do ano.

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Distrito Federal

Colégio público em Brazlândia se destaca por adaptar aulas à realidade dos alunos

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Escola Parque da Natureza recebe estudantes de nove unidades de ensino da região — a maior parte, da zona rural — e aposta na educação ecológica e na valorização do território

“Educação é uma troca.” A frase de uma professora resume o espírito da Escola Parque da Natureza, em Brazlândia. Embora estejam lá para aprender, as crianças têm as próprias vivências, que merecem ser respeitadas e valorizadas.


“A Escola Parque da Natureza de Brazlândia é diferente, porque a gente considera que ela tem alma. Ela não é uma escola que nasceu do acaso, ela já nasceu com um propósito. A missão dela é inovar em termos de emancipação humana por meio do desenvolvimento do sentimento de pertencimento ao território”, explica a supervisora da unidade, Edinéia Alves.


De fato, o colégio é bem diferente do padrão. Quase todas as aulas ocorrem em espaços abertos. Em vez das tradicionais português e matemática, as disciplinas — ou estações, como são chamadas — são: jogos cooperativos; arena circense; artes visuais; brasilidades; expressão corporal; jogos teatrais; educação musical; e alfabetização ecológica. “As coisas funcionam de modo interdisciplinar, não tem um limitante. E a educação ambiental é transversal em todas as estações”, aponta o coordenador Hernando Araújo.

Essa forte presença da educação ambiental está ligada à valorização do território. Brazlândia é uma das regiões com maior área e maior produção rural do Distrito Federal. Tanto que, dos 770 estudantes atendidos pela unidade, cerca de 70% vivem no campo — o que faz com que a Escola Parque da Natureza, ainda que esteja em uma área urbana, seja considerada uma escola do campo.

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Assim como nas demais Escolas Parque fora do Plano Piloto, os alunos da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental têm aulas regulares em outras unidades e vão à Escola Parque da Natureza uma vez por semana. Nove colégios são atendidos — sendo sete de áreas rurais —, em dois turnos, às segundas, terças e quintas-feiras.


“Grande parte dos nossos estudantes é do campo, então é uma experiência muito bacana, uma troca muito bacana. E tem esse trabalho de pertencimento, de reconhecimento da nossa história, dos nossos valores. Não é só valorizar o que é de fora, mas daqui de dentro”, resume Dayane de Oliveira, professora da estação de Jogos cooperativos.


Atividades

Ainda na questão da valorização, na escola são desenvolvidas diversas atividades que exaltam as diferentes características físicas dos alunos. Em uma delas, por exemplo, os estudantes usaram terra misturada a tinta para que cada um encontrasse o próprio tom de pele. O resultado ficou marcado nas paredes do colégio e além delas também: um dos objetivos é plantar a semente nas crianças para que a conscientização chegue aos pais.


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