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Natureza

Inseminação artificial inédita em leopardo-de-amur na França acende esperança para felino mais raro do planeta

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O Zoológico de Mulhouse, na França, realizou o primeiro procedimento de inseminação artificial em uma fêmea de leopardo-de-amur, Khala, de 15 anos. A experiência, coordenada por uma equipe internacional, busca promover a reprodução em cativeiro da espécie, que tem apenas algumas dezenas de indivíduos restantes na natureza

Um procedimento inédito de inseminação artificial em um leopardo-de-amur (o felino mais raro do mundo) foi realizado no Zoológico de Mulhouse, na França, próximo à fronteira com a Alemanha. O sucesso do procedimento com a fêmea Khala, de 15 anos, pode ser um avanço significativo para os programas de reprodução em cativeiro da espécie, que é nativa da fronteira entre Rússia e China e tem sua população selvagem estimada em apenas algumas dezenas.

O Procedimento em Khala e Baruto

A experiência foi coordenada por Benoit Quintard, diretor do Zoológico de Mulhouse e coordenador do programa europeu de reprodução da espécie, e por uma equipe de sete veterinários, incluindo o professor Thomas Hildebrandt, especialista em reprodução de espécies ameaçadas, do Instituto Leibniz de Berlim.

Etapas do Procedimento:

  1. Coleta de Sêmen: O macho, Baruto (14 anos), foi sedado e seu esperma foi coletado sob a supervisão do professor Hildebrandt.
  2. Preparação da Fêmea: Khala foi sedada. Um ultrassom revelou que ela havia ovulado, mas também apresentava cistos no útero, um problema que poderia impedir a fixação de um óvulo fecundado.
  3. Inseminação: O procedimento seguiu, e o sêmen foi inserido com sucesso.

A veterinária Susanne Holtze avaliou a chance de sucesso em 50%. Khala acordou após a cirurgia e foi devolvida ao seu recinto. A equipe espera que ela dê à luz um filhote raro em cerca de três meses.

Esforços Globais de Conservação

O esforço global para salvar o leopardo-de-amur enfrenta desafios e tem alguns pontos de otimismo:

  • China: O Conselho Nacional de Florestas da China estima que a população de leopardos selvagens quase dobrou no lado chinês da fronteira, passando de 42 antes de 2017 para 80 em 2025, graças a um programa de conservação.
  • Obstáculo: O programa russo de reintrodução da espécie foi suspenso indefinidamente devido à guerra na Ucrânia.

O sucesso da inseminação artificial na França representa uma nova via de esperança para a diversidade genética da espécie em cativeiro.


Com informações: Olhar Digital

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