A temperatura vai variar entre 14°C a 12°C graus pela manhã e à tarde vai estar entre 27°C e 29°C graus
Nos últimos dias quem mora no DF o clima ficou um pouco mais frio. Agora, o quadradinho e o entorno estão no período de seca, de temperaturas mais amenas e poucas nuvens. Segundo o Instituto de Meteorologia (Inmet), a temperatura vai variar de 14°C a 12°C graus pela manhã, e no período da tarde entre 27°C a 29°C graus. A umidade começa a cair neste período, e a previsão é de que varie entre 25% e 30% durante a tarde, e pela manhã esteja na casa de 90% a 95%.
Aline Almeida, 34 anos, professora, sentiu que principalmente no último sábado, dia primeiro, a temperatura caiu bastante. “Eu estava na rua, mais ou menos umas 23 horas e eu passei muito frio”. Ela não estava preparada para tal, e até pegou um resfriado. Agora ela já está mais agasalhada, com um casaquinho. “Eu vou ficar pouco tempo fora, depois vou voltar para casa, então eu acho que não preciso me agasalhar tanto”, explica.
A professora gosta bastante do frio, principalmente se comparado com o calor. “Apesar do meu sistema imunológico não ser bom”, brinca. Ela brinca que é controverso gostar do frio, apesar de viver doente no inverno. “Mas quero curtir esse friozinho até ele acabar”.
Como é junho, ela acredita que tem que se preparar melhor porque geralmente as temperaturas vão caindo mais. “A gente cuida da saúde, tenta se alimentar melhor, se agasalhar melhor. Eu sou fumante, então tento diminuir o cigarro que atrapalha bastante também”.
O Distrito Federal registrou no Gama, na última sexta-feira (31), a temperatura mais baixa do ano, de 10,6°C. Mas para a próxima semana não tem previsão de uma temperatura inferior a essa. A temperatura vai se manter estável, até ligeiramente acima.
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O meteorologista Heráclio Alves, explica que a estação de inverno está próxima, por isso as temperaturas estão mais amenas, portanto a segunda metade do outono tem essa característica de ser mais seca com temperaturas baixas. Em relação, então, o período também que a umidade já começa a cair, ou seja.
Pela manhã, a previsão é que tenham poucas nuvens e pouca nebulosidade, e a temperatura tende a cair. Heráclio explica que com isso, durante o dia, devido a radiação solar, o calor é absorvido, mas durante a noite, o calor se perde. “Então essa é uma das características bem dessa época do ano. Ou seja, com poucas nuvens, tanto esfria rápido, como também aquece rápido”. Então, devido a isso, nos próximos dias, o tempo deve continuar seco.
O vento também é outro fator que atenua as temperaturas mais baixas e o tempo seco normalmente nesta época, o vento é mais forte. “Favorecendo a sensação de que realmente está mais frio”.
Heráclio destaca que mesmo com a massa de ar mais fria que está atuando em grande parte do Brasil central, incluindo o DF, ainda existe uma tendência de que o inverno deste ano tenha uma temperatura acima da média. “Não quer dizer que não vai ter frio, mas vão ter dias mais aquecidos”.
O alerta, é para que a população não espere aqueles períodos muito frios, por conta dessa incursão dessas massas de ar. “Ainda vão ter uns dias frios, mas também vão ter aqueles dias com temperaturas mais altas”.
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A recomendação para períodos com temperaturas mais baixas, uma vez que a pessoa já está mais agasalhada, é que se mantenha bastante hidratada, por conta da umidade baixa. Heráclio também recomenda que as atividades físicas de mais esforço, sejam evitadas, principalmente nos horários entre as 10 e as 16 horas. “Até por conta de ser um horário em que a temperatura se eleva, enquanto a umidade está caindo”. Também é importante evitar o manuseio com fogo, principalmente a queima de lixo, ou jogar o cigarro no mato. “Já que é um período em que a vegetação começa a ressecar também. Então isso pode dar origem a uma queimada”.
Nesses locais, umidade do ar deve ficar entre 20% e 12%
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou, nesta segunda-feira (9), um alerta laranja de perigo para 12 estados brasileiros e o Distrito Federal (DF) devido à baixa umidade. Segundo o instituto, nesses locais a umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 12%, com risco de incêndios florestais e riscos à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.
Além do DF, o alerta vale para os estados de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Maranhão. Em alguns locais a umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 12%.
O instituto também emitiu um alerta amarelo, de perigo potencial, para os estados do Acre, Amazonas, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul. Nesses locais, a umidade relativa do ar deve oscilar entre 30% e 20%.
A baixa umidade causa ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. Entre as recomendações estão beber bastante líquido, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, evitar a prática de atividades físicas. Também são recomendados o uso hidratante para pele e umidificar o ambiente.
Ondas de Calor
O Inmet emitiu ainda um alerta de ondas de calor para os Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e parte de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O alerta vale até a quinta-feira (12). Nesses estados as temperaturas podem ficar até 5ºC acima da média.
Há orientações de segurança específicas para população dos 1,3 mil municípios afetados pelo alerta
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de que ventos de até 60 quilômetros por hora (km/h) podem atingir municípios dos Estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
A orientação do Inmet para as pessoas é que, em caso de rajada de vento, elas não se abriguem debaixo de árvores, por causa do risco de descargas elétricas e também não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. O alerta especifica que há “baixo risco” de queda de galhos de árvores.
A orientação é que as pessoas que moram na região afetada pelo aviso busquem mais informações junto ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil. Ao todo, 1.324 municípios estão sob a área de alerta.
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O alerta do Inmet teve início na quarta-feira (28/8) e é válido até às 18h da sexta-feira (30/8). O aviso é classificado como de “perigo potencial”. O indicador é o mais brando em uma escala que tem ainda outros dois níveis: “perigo” e “grande perigo”.
Costa
As regiões costeiras da Bahia, Sergipe, Alagoas, Recife, João Pessoa e Rio Grande do Norte estão ainda sob um alerta de ventos costeiros. Este aviso específico abrange 117 municípios que podem ser afetados. O Inmet pede atenção para a possibilidade de movimentação de dunas de areia sobre construções na orla.
O aviso tem grau de severidade de “perigo potencial”. Ele teve início à meia noite desta quinta-feira (29/8) e segue até às 18h da sexta-feira (30/8).
Mais cedo, aviões que iriam pousar no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus (BA), tiveram de arremeter. As aeronaves se depararam com rajadas de ventos. A estação local do Inmet registrou ventos de até 40,7 km/h.
Aumento da temperatura global em 3ºC poderá elevar consideravelmente as mortes por calor, mas não provocará redução significativa das mortes por frio até o fim do século. É o que indica novo estudo
Cerca de oito vezes mais pessoas morrem de frio do que de calor na Europa atualmente. Mas é provável que essa proporção diminua até o fim do século. Um estudo publicado no periódico The Lancet Public Health sugere que, até 2100, as mortes por ondas de calor podem triplicar entre europeus, especialmente na região sul do continente.
O novo estudo, que considerou dados de 854 cidades europeias com populações acima de 50 mil habitantes, foi o primeiro a estimar mortes atuais e futuras em decorrência do calor com o nível de detalhes regionais oferecidos. O levantamento analisa, ao todo, 1.368 regiões em 30 países do continente.
Um aumento da temperatura global em 3ºC poderia elevar as mortes de 43.729 para 128.809 até o final do século em decorrência do calor. Já as mortes por frio sofreriam uma leve redução nesse cenário (de 363.809 para 333.703), mas permaneceriam altas. No total, as mortes relacionadas à temperatura aumentariam em 13,5%, e a maioria delas atingiria pessoas com mais de 85 anos.
Estima-se que, atualmente, 43,729 pessoas morram por causa do calor todos os anos. As taxas de morte pelas temperaturas excessivas são mais baixas no Reino Unido e nos países escandinavos, e mais altas na Croácia e nas partes mais centrais do continente.
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Consequências das temperaturas extremas
O envelhecimento e a maior suscetibilidade da população a doenças respiratórias, por exemplo, são fatores que irão inibir as reduções na mortalidade relacionada ao frio. No cenário previsto, elas terão redução no Leste Europeu e “ligeiras quedas” em partes da Alemanha, França, Itália e Portugal. Mas na Irlanda, Noruega e Suécia, as mortes relacionadas ao frio aumentarão. Essas são regiões que também devem registrar aumento de cidadãos acima dos 85 anos de idade.
“Espera-se que ocorram muito mais mortes relacionadas ao calor à medida que o clima se aquece e as populações envelhecem, enquanto as mortes causadas pelo frio diminuem apenas ligeiramente em comparação”, afirmou David García-León, do Joint Research Centre da Comissão Europeia, em comunicado.
O estudo identificou locais críticos em que o risco de morte por altas temperaturas aumentará de forma drástica. Os hotspots que serão afetados por um aquecimento maior e populações cada vez mais idosas incluem Espanha, Itália, Grécia e partes da França.
O artigo destaca que as pessoas idosas correm um risco acrescido de morte devido a temperaturas extremas. Ao mesmo tempo, o número de pessoas que atingem a velhice deve ficar maior nos próximos anos.
“Há uma necessidade crítica de desenvolvimento de políticas mais direcionadas para proteger essas áreas e os membros da sociedade que correm mais risco com temperaturas extremas”, comentou García-León.
Limitações do estudo
Os autores notam, entretanto, que as estimativas podem ser ligeiramente exageradas, uma vez que os resultados baseiam-se em pessoas que vivem em áreas urbanas. Esses grupos enfrentam níveis de estresse por temperatura, especialmente calor, mais altos do que aqueles que vivem no meio rural.
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Além disso, gênero, etnia e o efeito em bebês não foram levados em conta na pesquisa. As estimativas levaram em conta diferentes cenários de aquecimento global, para 1,5°C, 2°C, 3°C e 4°C, usando uma combinação de 11 modelos climáticos diferentes.