“Lavar as mãos é um ato que une ciência e cuidado ao mesmo tempo. É um gesto simples para proteger o paciente, um ato de carinho”, observou Felipe Teixeira, infectologista do Hmib. “Quem vem de casa visitar um paciente deve higienizar as mãos e informar a equipe de saúde caso apresente sintomas de alguma doença.”
“Temos de higienizar a palma da mão, o dorso [parte externa] e entre os dedos – inclusive o dedão. É preciso lavar até a ponta dos dedos, que talvez seja o que as pessoas mais esquecem e é onde mais suja. Tem que esfregar mesmo”, orienta o infectologista.
O processo total de higienização das mãos costuma durar até 30 segundos, mas não há uma regra que determine o tempo exato. Para eliminar possíveis vírus ou bactérias, é importante lavar todos os lados das mãos. Quem usa unhas longas deve fazer higiene com uma escovinha ou com uma espátula embaixo das unhas diariamente.
Mais de dois séculos de mãos limpas
O reconhecimento da importância da lavagem das mãos na prevenção de doenças infecciosas remonta ao século 19. Ignaz Semmelweis, médico húngaro, foi pioneiro ao estabelecer a obrigatoriedade da higienização das mãos com solução de sal clorado no Hospital Geral de Viena, reduzindo drasticamente a mortalidade materna por febre puerperal.
Seu trabalho abriu caminho para a chamada revolução sanitária, que foi impulsionada por cientistas como Louis Pasteur e Robert Koch, desenvolvedores da teoria dos germes. Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna, também desempenhou papel fundamental ao instituir a lavagem das mãos como prática obrigatória nos hospitais militares britânicos. Esses avanços contribuíram para a melhoria da expectativa de vida mundial, que saltou de cerca de 30 anos, no século 19, para 72 anos atualmente.
*Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)