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Distrito Federal

Leitos de UTI no DF: um aumento de 73% nos últimos anos

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O número de leitos de UTI no Distrito Federal cresceu de 386 em 2019 para 668 em 2025, um aumento de 73% que reflete investimentos do GDF e parcerias com a rede privada. A expansão busca suprir a demanda da população por atendimento intensivo

A oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Distrito Federal registrou um crescimento de 73% nos últimos sete anos. O número passou de 386 leitos em 2019 para 668 em agosto de 2025, de acordo com dados oficiais. Essa expansão é resultado de uma combinação de investimentos na rede pública e o credenciamento de leitos em hospitais privados, uma estratégia que visa agilizar o atendimento a pacientes em estado grave e diminuir a pressão sobre o sistema de saúde.

Desmond Samuel, 9 anos, é um exemplo do impacto desse aumento. Após sofrer infecções respiratórias graves, ele precisou de atendimento intensivo no Hospital de Base. Sua mãe, Adriana Rodrigues, relatou que o atendimento rápido foi essencial para a recuperação. “Se não tivesse tido um atendimento tão rápido, ele teria morrido”, afirmou. A história de Desmond se assemelha a de outros pacientes que encontraram atendimento mais ágil na rede pública, como Sérgio Willian Vieira, 32 anos, diagnosticado com meningite, que foi transferido para um leito de UTI no Hospital de Base após ser intubado.

A estratégia de expansão da rede pública

A ampliação da capacidade hospitalar no DF se baseia em duas frentes principais. A primeira é o investimento na infraestrutura das unidades de saúde já existentes, com reformas e expansões. A segunda, e de impacto mais imediato, é a parceria com a rede privada por meio de credenciamentos. Atualmente, a população do DF dispõe de 233 leitos de UTI credenciados em hospitais particulares, que se somam aos 433 leitos da rede pública.

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, um novo edital de credenciamento foi lançado para a contratação de outros 113 leitos na rede particular, incluindo leitos adultos, pediátricos e neonatais. Essa iniciativa pode elevar o crescimento total para 102%, com o objetivo de zerar a fila de espera por atendimento de terapia intensiva.

Eficiência e otimização dos recursos

A gerente de Serviços de Terapia Intensiva da SES, Priscila Domingues, destaca que o credenciamento com a rede privada é uma solução rápida e eficaz para lidar com a alta demanda das unidades públicas. Ela explica que o pagamento pelos leitos credenciados é feito apenas pelos dias efetivamente utilizados, o que garante a eficiência e o uso otimizado dos recursos públicos. A demanda por leitos de UTI tem aumentado significativamente, um fenômeno atribuído, em parte, ao envelhecimento da população.

Ainda que a fila por leitos persista, a gestão da SES está estudando o perfil dos pacientes para otimizar a alocação de vagas. Além disso, consideram alternativas como cuidados paliativos e atenção domiciliar, que podem contribuir para a liberação de leitos de forma mais ágil, permitindo que a infraestrutura hospitalar se concentre nos casos de maior gravidade. A expansão de serviços de alta complexidade é outro ponto estratégico, como a reforma de UTIs para cirurgias mais ágeis e a ampliação do cuidado oncológico.

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O impacto social do aumento de leitos

O acolhimento e o cuidado humanizado são aspectos que emergem dos relatos de quem passou pelo sistema de saúde. A mãe de Sérgio, Regiane Vieira, afirmou que a família sempre buscou hospitais particulares, mas se surpreendeu com o atendimento recebido na rede pública. “Nada se compara ao atendimento que recebemos no Base”, comentou. A história de Desmond também reforça a importância do cuidado integral, com Adriana Rodrigues destacando o papel da equipe multidisciplinar, incluindo a psicóloga que oferece suporte tanto ao paciente quanto à família. Esses relatos indicam que a expansão dos leitos vai além dos números, refletindo na qualidade do cuidado oferecido e no impacto direto na vida das pessoas.

Além do Hospital de Base, outros hospitais da rede pública, como o Hospital de Samambaia, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o Hospital da Criança, também contribuem para a oferta de leitos, com uma gestão que busca integrar os serviços e otimizar o atendimento. Atualmente, a rede pública conta com 192 leitos próprios, 146 administrados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), 39 no HUB e 56 no Hospital da Criança. O plano de expansão contínua busca tanto novas parcerias quanto a construção de novas unidades hospitalares.


Com informações: Agência Brasília

 

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