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Governo Federal

Lula assina decreto que institui estratégia da economia circular

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Assinado depois da reunião do Conselhão, decreto aponta a política nacional para o desenvolvimento de novos produtos para país adotar uma economia circular

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (27/6), após reunião do Conselhão, no Palácio do Itamaraty, a Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec). Com a nova diretriz, o país deve buscar a migração de um modo de produção linear para uma economia circular.

Apesar do conceito circular englobar todos os processos de reciclagens, ele vai além, passando pelo projeto de novos produtos que, depois do seu primeiro uso, podem ser reaproveitados em outras utilizações. A Enec apresenta os conceitos de redefinição circular da produção, em que as organizações desenvolvem novos produtos e serviços que não deixem resíduos e poluição, e utilizam materiais que colaboram com a regeneração da natureza.


“Damos hoje mais um passo largo em direção à neoindustrialização, reforçando o papel do governo no fomento a uma indústria sob novos pilares, gerando inovação, novos negócios alinhados ao crescimento sustentável e responsável, criando empregos e reduzindo significativamente o impacto ambiental das atividades produtivas e de consumo”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.


Para Pedro Prata, especialista em políticas públicas da Fundação Ellen MacArthur, o decreto representa um avanço para o país, com a definição de uma transição justa e a orientação pela restauração ambiental.

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“Agora, o Estado brasileiro tem uma visão do que é a economia circular. Tem um decreto do presidente dizendo o que é a economia circular, onde orienta os ministérios de como caminhar para essa transição circular. A norma ainda define temas que poucos países se preocupam como ter políticas para regenerar a natureza, ou seja, não adianta apenas produzir circularmente, precisa recuperar”, aponta o especialista.


Apesar de comemorar a norma, Prata diz que, agora, os ministérios do governo Lula devem fazer a sua parte, criando e direcionando linhas de crédito para o fomento da transição para essa nova economia circular. “É um primeiro passo, agora cabe aos ministérios concretizar o que está no decreto.”

A Estratégia Nacional de Economia Circular traz uma visão do potencial da economia circular, além da reciclagem, com foco no design dos produtos circulares e na regeneração produtiva da natureza. A implementação da política, depois de um tempo, deve ter um papel disruptivo na produção industrial brasileira, explica Prata.

Brasil

Lula apresenta PEC da Segurança Pública; governadores de direita são contra

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Reunião no Palácio do Planalto expôs oposição de governadores à proposta de mudança constitucional

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu na tarde desta quinta-feira (31) com governadores de estados, ministros e representantes dos poderes Legislativo e Judiciário para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que vem sendo elaborada pelo Ministério da Justiça.


“Nós sabemos que a questão da segurança pública hoje não é uma questão local, como já foi em outras décadas”, ressaltou o presidente ao começo da reunião, destacando a necessidade de um novo pacto federativo, com o envolvimento de todos os Poderes da federação envolvidos direta ou indiretamente no tema. “A apresentação dessa PEC é o começo de uma grande discussão que a gente quer fazer sobre segurança pública nesse país”, disse o presidente. 


Coube ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, apresentar a proposta que vem sendo construída pelo governo federal. “O que nos levou a apresentar essa proposta é a constatação que depois de 36 anos de promulgação da Constituição Federal de 1988, evidentemente a natureza da criminalidade mudou radicalmente. Essa institucionalidade que foi gestada pelos constituintes de 88 está absolutamente superada pela dinâmica da criminalidade, que era eminentemente local. [Hoje] é uma criminalidade que se organizou para além dos Estados-nação e atua com muita desenvoltura no plano internacional”, relatou o ministro da Justiça no começo de sua apresentação.

A proposta do governo é alterar os artigos da Constituição para outorgar à União competências sobre a segurança pública, sobretudo na coordenação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), instituído por simples lei ordinária (lei 13.675, de 11 de junho de 2018), permitindo que o governo federal e o Congresso estabeleçam normas a serem seguidas pelas polícias estaduais.

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Além de inserir o Susp na Constituição, a PEC propõe a unificação dos fundos Nacional de Segurança Pública e de Política Penitenciária, cujos recursos seriam repartidos entre os três níveis administrativos da federação para financiar o sistema, que teria seu contingenciamento proibido. A proposta ainda cria um sistema nacional de informações unificado e padronizado, e propõe a criação de uma nova polícia formada por civis, de caráter ostensivo, a partir do efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), proposta que o próprio ministro considerou “polêmica”.


“Nós não temos uma polícia ostensiva, ao contrário do que ocorre nos estados e no Distrito Federal. O modelo dos estados e do Distrito Federal, de duas forças com funções distintas, é um modelo de sucesso, claro, observadas as suas imperfeições, e que merece ser replicado no âmbito da União. Então o que nós estamos propondo é que a União também tenha uma polícia ostensiva tal como têm os estados e o Distrito Federal”, defendeu.


O ministro ainda criticou a ausência de integração entre os sistemas de segurança pública estaduais que, segundo ele, facilita a atuação das organizações criminosas. “Hoje no Brasil existem 27 declarações de antecedentes criminais, 27 boletins de ocorrência diferentes, 27 formatos de mandados de prisão, 27 carteiras de identidade estaduais”. Durante sua exposição, Lewandowski fez questão de se antecipar a críticas ou questionamentos que pudessem ser impeditivos para um acordo sobre a PEC. “[A PEC] não intervém no comando das polícias estaduais, não diminui a atual competência do estado, do município, e não cria novos cargos públicos”, destacou.


A PEC recebeu o apoio do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin. “É importante porque não é uma iniciativa de mudança constitucional para tratar do que é peculiar, é uma mudança constitucional para tratar daquilo que é comum, respeitando os poderes e as necessidades de cada um dos estados. E a pergunta que talvez fique para todos nós é: por que isso não foi feito até agora?”, disse.


Apenas três governadores não compareceram nem enviaram seus vices. São eles: Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.

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Governadores se dividem sobre a proposta

Embora o governo federal tenha focado na apresentação da PEC, alguns governadores levaram à reunião propostas de outras medidas infraconstitucionais para revisão de penas, financiamento de compra de equipamentos e fortalecimento das polícias estaduais.

“A gente está tomando contato com o texto da PEC pela primeira vez. Acho que a gente precisa agora deglutir, digerir e aprofundar, mas entendo que a gente pode fazer uma série de movimentos conjugados antes e submeter não só a PEC, mas um pacote de medidas para o Congresso Nacional”, disse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Já o governador do Rio de Janeiro, Claúdio Castro (PL), defendeu concretamente a retirada dos investimentos em segurança pública de limites de gastos e advogou pelo fim da progressão de pena para criminosos condenados por participação em milícias.


“É impossível que nós, nos estados, consigamos fazer o verdadeiro trabalho segurança pública, se não tivemos o poder de legislar, assim como nos Estados Unidos, assim como são diversos países onde os estados legislam. Uma mudança estrutural é fundamental para os estados poderem legislar sobre pena, legislar sobre progressão, até porque nós somos um país muito grande”, defendeu o governador do Rio.


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), utilizou sua fala para fazer propaganda das medidas de segurança adotadas em seu estado, e considerou a proposta integração do Susp a nível nacional um “engessamento”, contrapondo-se frontalmente à proposta da PEC.

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“Com todo respeito, mas o Sistema Único de Saúde, o sistema de educação, não pode ser confundido com um Sistema Único de Segurança Pública, são coisas distintas. Você trata pneumonia, o câncer, a fratura exposta, igual em qualquer estado da federação. Eu busco a educação de qualidade alfabetização na idade certa ou resultado Ideb em qualquer município ou estado da federação. Agora, segurança pública tem suas peculiaridades. Eu conheço a segurança pública do estado de Goiás, mas eu não conheço segurança pública na Amazônia”, afirmou o governador.

“Nós precisamos de entender que o governo federal tem que servir de apoio a nós e não o governo federal, ou o Congresso Nacional quererem ditar regra para nós, os entes federados. É uma inversão completa”, disse Caiado, que ainda afirmou não aprovará a instauração de câmeras corporais para os policiais militares de seu estado. O governador goiano ainda se somou à proposta de Tarcísio de Freitas para dar aos estados o poder de criar normas sobre a legislação penal e penitenciária, atualmente de exclusiva responsabilidade do Congresso Nacional.

Em representação do Consórcio do Nordeste, que reúne os nove estados da região, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), saudou a inciativa do governo federal e defendeu que fossem superadas as divergências ideológicas entre o conjunto dos governadores para que se possa avançar em medidas concretas para o aumento da segurança nos estados.


“A nossa disponibilidade do Consórcio Nordeste é a disponibilidade de construir um ambiente que não seja afetado por qualquer manifestação nossa de aspectos políticos partidários ou de concepção ideológica. Esse é um tema de extrema importância, é um tema de Estado, é um tema da população brasileira, e nós estamos dispostos a nos darmos as mãos como se o vem fazendo para criarmos um ambiente de segurança”, afirmou.   


O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), fez ponderações à fala de Caiado. “Eu concordo com Caiado. Os estados podem e devem ter mais autonomia para legislar nesse território, nessas áreas. Mas hoje a realidade é essa, que só se alterará com o tempo. Então nós temos uma tarefa agora que é: o governo federal, a União, está disposta a assumir um protagonismo maior no enfrentamento da criminalidade, ponto”, afirmou. “Ressalvado aqui, de fato, a questão da soberania dos estados que a gente pode analisar, mas tem todo o meu apoio para que o governo federal possa fortalecer o Sistema Único de Segurança Pública”, declarou o capixaba.

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Fonte: Brasil de Fato

 

 

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Brasil

Com R$ 1,6 trilhão, Missão 3 da “Nova Indústria Brasil” vai investir em moradia, saneamento e infraestrutura

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Cerimônia de anúncio ocorreu no Palácio do Planalto com a presença do presidente Lula. Objetivo é impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033 baseado em elementos como sustentabilidade e inovação

Em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governo Federal anunciou nesta quarta-feira, 30 de outubro, investimento da ordem de R$ 1,6 trilhão, de recursos públicos e privados, para cidades sustentáveis e mobilidade verde.

Durante o evento, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou que a Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB) melhora a qualidade de vida das pessoas, com investimento em casas, saneamento e infraestrutura.

“É investimento recorde. Esse investimento é o que mais gera emprego. Construção civil é emprego na veia. Ele é rápido, impulsiona a atividade econômica, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Estamos falando de moradia, saneamento básico, energia renovável, estamos falando de mobilidade”, explicou o ministro, ao falar da importância de investimento para o Brasil ter um crescimento sustentável.

A Missão 3 tem como objetivo melhorar a qualidade de vida nas cidades, de modo a integrar mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico.

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Também participaram do evento os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Jader Filho (Cidades), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente da CAIXA, Carlos Vieira, entre outras autoridades e empresários.

Rui Costa ressaltou que é fundamental a valorização dos investimentos nos setores da construção civil e infraestrutura. Além disso, ele mencionou a execução financeira de 40% dos investimentos do Novo PAC. “Nós estamos retomando aquilo que foi abandonado durante alguns anos no Brasil, um planejamento de Estado, que não é apenas um planejamento de governo, um planejamento de Estado se faz com a sociedade. Quem são os que estão nessa sala? Os representantes da sociedade, do setor produtivo. E eu quero transmitir a cada um de vocês os meus parabéns, porque vocês acreditam no Brasil, estão investindo no Brasil, estão apostando que o Brasil está dando certo”, disse o ministro da Casa Civil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a indústria será uma das áreas a serem favorecidas com a Reforma Tributária. “Nós sabemos o que a construção civil pode representar em termos de desenvolvimento econômico. Nós sabemos o déficit habitacional desse país. Nós conhecemos o déficit de infraestrutura deste país e a indústria depende de boa infraestrutura para conseguir competir. Ela vai ser enormemente favorecida pela Reforma Tributária, porque nós vamos deixar de exportar tributos a partir do ano de 2026 e vamos passar a ser muito mais competitivos do que somos hoje”, declarou.

 

INVESTIMENTO PRIVADO – Do total de R$ 1,6 trilhão, alinhado a essa missão, 75% são provenientes da iniciativa privada. A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) anunciaram investimentos de R$ 1,05 trilhão nas áreas de moradia, infraestrutura e saneamento até 2029.

  • R$ 833 bilhões – mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, entre outros
  • R$ 222,5 bilhões – habitação
  • R$ 1,6 bilhão – produção de insumos

Para o presidente executivo da ABDIB, Venilton Tadini, os investimentos em infraestrutura vão contribuir com o processo de industrialização do Brasil. “Os crescimentos são muito significativos na área de saneamento, na área de transporte e logística”, destacou.

Já o presidente da CBIC, Renato Correia, destacou que os investimentos anunciados são reflexos da melhoria do ambiente de negócios. “O setor da construção está pronto para dar sua contribuição, entendendo que não é possível um crescimento sustentável sem fortalecer e expandir a indústria nacional”, afirmou.

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MINHA CASA, MINHA VIDA – Na cerimônia, o ministro das Cidades, Jader Filho, apresentou um balanço do que tem sido feito pela pasta para atender às necessidades da população nos campos habitacional, de mobilidade urbana e de saneamento.


“O Minha Casa, Minha Vida se consolidou como o maior programa habitacional da nossa história, e hoje é responsável por 53% dos lançamentos habitacionais no país, segundo os dados da CBIC. Quer dizer, o programa lançou mais do que o restante do mercado imobiliário no último trimestre”, afirmou o ministro das Cidades.


Quanto ao saneamento, pelo PAC Saneamento Básico, de acordo com Jader Filho, o Ministério das Cidades já tem cerca de mil propostas selecionadas para dar passos concretos em áreas estratégicas, como o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e o manejo de águas pluviais. Os recursos, implementados nas cinco regiões do país, chegam a R$ 25,7 bilhões.

CAIXA REFORÇA NIB – Com aporte de R$ 63 bilhões, a Caixa Econômica Federal entrou no Plano Mais Produção para fortalecer o financiamento do desenvolvimento industrial. Com isso, subiu para R$ 405,7 bi o total de recursos em projetos que se relacionem às seis missões da NIB.

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, falou sobre a importância de colaborar com recursos na Missão 3. “Esses investimentos definidos hoje contribuirão para que o Brasil continue crescendo”, concluiu Vieira.

As demais instituições do Plano Mais Produção são BNDES, Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii. Também entram na conta dos recursos públicos para a Missão 3 outros R$ 492,4 bilhões da Caixa, do BNB e do BNDES destinados a obras do PAC e do programa Minha Casa, Minha Vida, cujos investimentos alavancam as atividades industriais ligadas a esta missão.

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Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, apontou o crescimento da economia brasileira, destacando, inclusive, a liderança do setor da indústria. “Depois de muito tempo, é a primeira vez que a indústria lidera o crescimento, nesse último trimestre. O investimento lidera o crescimento. Teve uma mudança de qualidade. A indústria é decisiva para gerar mais valor agregado, inovação, gerar empregos qualificados e dar suporte, tanto às outras atividades, inclusive à agricultura. O nosso desafio é dar sustentabilidade a essa conquista”, destacou Mercadante.

Plano Mais Produção tem R$ 405,7 bilhões até 2026

R$ 259 bilhões – BNDES

R$ 63 bilhões – Caixa

R$ 51,6 bilhões – Finep

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R$ 16,7 bilhões – Banco do Nordeste

R$ 14,4 bilhões – Banco da Amazônia

R$ 1 bilhão – Embrapii
FINEP ASSINA 11 CONTRATOS – Na cerimônia, a Finep assinou 11 contratos de financiamento com empresas brasileiras que totalizam R$ 320 milhões, sendo R$ 220 milhões da Financiadora e R$ 100 milhões de contrapartidas das empresas. Os recursos de subvenção econômica e de crédito da Finep são do Programa Mais Inovação e serão destinados ao desenvolvimento de novas tecnologias abarcadas por essa missão, que busca atuar nos setores de infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis, visando a integração produtiva e bem-estar nas cidades.

Um exemplo entre as inovações é o projeto de um “barco voador”, veículo capaz de voar sobre a lâmina dos rios e que receberá recursos de R$ 10 milhões. A tecnologia vem sendo desenvolvida pela startup amazonense AeroRiver. Segundo a empresa, o barco voador poderá transportar até 10 passageiros, inclusive em períodos de seca, alcançando 150 km/h.
Conheça os projetos:

Projeto Valor Finep Resumo
Librelato S.A. Implementos Rodoviários R$ 82.569.463,16 Desenvolvimento de soluções para o transporte rodoviário, incluindo eixos adicionais e implementos inovadores que atendam ao mercado nacional e internacional.
Embraer R$ 63.390.890,72 Desenvolvimento de asas aerodinâmicas e tecnologias de automação para reduzir a carga de trabalho da tripulação e permitir operação simplificada, avançando na aviação sustentável.
Ocellott Engenharia Ltda. R$ 19.871.455,90 Projeto de um sistema inteligente de distribuição elétrica para aeronaves elétricas, promovendo sustentabilidade e alta eficiência na gestão de energia de componentes de aviação, contribuindo para a redução de emissões de carbono.
Vetore Indústria e Comercio de Autopeças Ltda. R$ 15.000.000,00 Criação de um sistema de arrefecimento para motores híbridos que otimiza o consumo de combustível em até 27%, com tecnologia de resfriamento simultâneo para óleo e motor, e design avançado de rotor.
Barco Voador Engenharia e Desenvolvimento Ltda. R$ 9.999.632,74 Desenvolvimento do Volitan, veículo de efeito solo que utiliza rios da Amazônia como vias de transporte, superando limitações dos barcos tradicionais com menor impacto ambiental. Iniciativa sustentável para logística regional e global, alinhada com metas de aviação sustentável.
Turbomachine Veículos e Motores Ltda R$ 8.962.020,00 Criação do TG200, um turbogerador movido a etanol que gera até 200 HP para veículos elétricos, melhorando autonomia e capacidade de carga, com inovações para propulsão elétrica sustentável.
Weg Drives & Controls – Automação Ltda. R$ 7.994.771,60 Desenvolvimento e qualificação de componentes automotivos elétricos, incluindo um protótipo de bateria para eletrificação de veículos, atendendo demandas de segurança e desempenho.
Sanesoluti Comércio de Instrumentação e Controle Ltda R$ 4.008.440,00 Projeto para introduzir hidrômetros ultrassônicos para gestão mais eficiente e sustentável de recursos hídricos no Brasil, reduzindo perdas hídricas com suporte técnico da PUC/RS.
Paranoa Indústria De Borracha Ltda. R$ 3.280.656,14 Desenvolvimento do “EcoTapete”, revestimento termoacústico para veículos pesados com formulações híbridas sustentáveis, integrando economia circular com insumos como fibra de coco e borracha sintética.
Robert Bosch Limitada R$ 3.030.947,35 Desenvolvimento de métodos para remanufatura de componentes automotivos, promovendo múltiplo reuso e redução de CO₂. Projeto enfrentará desafios de adaptação tecnológica, com duração de 24 meses.
Lume Robotics S.A. R$ 2.499.821,85 Desenvolvimento do primeiro caminhão elétrico autônomo sem cabine do Hemisfério Sul para operações industriais, com sistemas de mapeamento e navegação autônoma.

TOTAL DE INVESTIMENTOS PRIVADOS – Desde o lançamento da Nova Indústria Brasil, em janeiro deste ano, e outras iniciativas alinhas à neoindustrialização, como o programa Mover (Mobilidade Sustentável), o setor produtivo tem respondido aos esforços do governo federal. Até o momento já foram anunciados R$ 1,7 trilhão de investimento privado para impulsionar a indústria nacional. Confira o investimento, por setor.

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  • Setor da Construção – 1,06 trilhão
  • Setor da TICs – R$ 100,7 bilhões
  • Setor Automotivo – R$ 130 bilhões
  • Setor de Alimentos – R$ 120 bilhões
  • Setor de Aço – R$ 100 bilhões
  • Setor de Papel e Celulose – R$ 105 bilhões
  • Setor de Saúde – R$ 39,5 bilhões

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Emprego e trabalho

Brasil gera mais de 247 mil novos empregos formais em setembro e alcança 1,83 milhão de novas vagas nos últimos 12 meses

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Com estoque de 47,49 milhões de postos, o país chega ao maior número de empregados com carteira assinada registrados na história brasileira. Acumulado em 12 meses é 28,6% maior do que o saldo entre outubro de 2022 e setembro de 2023

A geração de empregos com carteira assinada no Brasil segue em curva ascendente. O país fechou o mês de setembro tendo registrado a criação de 247.818 novos postos formais de trabalho, segundo dados do Novo Caged divulgados nesta quarta-feira, 30 de outubro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O saldo em setembro foi positivo nas 27 unidades da Federação e em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas (veja abaixo). O número representa 15.305 empregos a mais do que o registrado em agosto, quando foram geradas 232.513 novas vagas.

Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, o Brasil chega a mais de 1,83 milhão de novos empregos com carteira assinada criados. O número representa 28,6% a mais do que o saldo observado nos 12 meses anteriores, entre outubro de 2022 e setembro de 2023, quando foram gerados 1,43 milhão de novos postos.

No acumulado de 2024, entre janeiro e setembro, o saldo supera 1,98 milhão de novas vagas. Desta forma, o estoque de empregos formais no Brasil chegou em setembro a 47,49 milhões de postos, o maior número de empregados com carteira assinada registrados na história brasileira.

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Em setembro de 2023, o estoque registrava 45,65 milhões de postos. Desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, o saldo supera 3,57 milhões de novos empregos com carteira assinada no país.

ESTADOS — Todas as unidades da Federação fecharam setembro com saldo positivo na geração de empregos formais. Os estados com maior saldo foram São Paulo (57.067 novos postos), seguido do Rio de Janeiro (19.740) e de Pernambuco (17.851).

REGIÕES — A região Sudeste foi a maior geradora de empregos em setembro, com 98.282 vagas. Em seguida aparecem o Nordeste (77.175), o Sul (38.140), o Norte (15.609) e o Centro-Oeste (15.362).

SETORES — Em setembro, o saldo geral foi positivo em quatro dos cinco grupamentos de atividades econômicas. O destaque ficou por conta do setor de Serviços, responsável pela geração de 128.354 postos. Em segundo lugar aparece a Indústria, com 59.827 novos empregos, principalmente na Indústria de Transformação (55.860 postos). O Comércio vem em seguida, com 44.622 vagas. Por fim, a Construção Civil contribuiu com 17.024 novos vínculos formais. Apenas a Agropecuária apresentou uma leve redução de -2.004 postos.

HOMENS E MULHERES — Dos 247.818 novos postos formais gerados em setembro, os homens ocuparam levemente mais oportunidades do que as mulheres. Eles preencheram 125.544 novos postos, enquanto elas ocuparam 122.274 vagas com carteira assinada.

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ESCOLARIDADE, RAÇA E SALÁRIO — Em relação à escolaridade, os trabalhadores com ensino médio completo representaram o maior saldo nas contratações: 165.388. No recorte por raça/cor, a maioria dos empregos gerados em agosto foi ocupada pelos pardos, com saldo de 207.813 novos postos. O salário médio de admissão em setembro foi de R$ 2.158,96.

ACUMULADO — No acumulado de janeiro a setembro de 2024, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos. O setor de Serviços firmou-se como o maior gerador de empregos nos primeiros oito meses de 2024, com um saldo de mais de 1,04 milhão de postos. Em seguida aparecem a Indústria (405.493), a Construção Civil (231.337), o Comércio (216.778) e a Agropecuária (81.490).

ESTADOS E REGIÕES EM 2024 — Entre as Unidades da Federação, São Paulo teve maior saldo positivo entre janeiro e setembro de 2024, com criação de 561.042 novos postos. Em seguida aparecem Minas Gerais (204.187) e Paraná (152.898).


Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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