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Mais crédito, mais casa própria: Reforma de Haddad e Galípolo promete injetar bilhões na economia com novo crédito imobiliário

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O Governo Federal promoveu a maior mudança no crédito imobiliário em 20 anos, alterando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A nova regra reduz o compulsório bancário e flexibiliza o uso da poupança, buscando mais acesso à casa própria para a classe média

O Governo Federal, articulado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gabriel Galípolo (Banco Central), anunciou nesta sexta-feira (10) uma profunda reformulação do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A medida visa modernizar o financiamento habitacional, injetar liquidez na economia e ampliar o acesso ao crédito, especialmente para a classe média, em resposta à perda de atratividade da poupança nos últimos anos.

Especialistas estimam que o novo modelo viabilizará R$ 111 bilhões em recursos no primeiro ano, dos quais R$ 36,9 bilhões serão liberados imediatamente para financiamento habitacional.

O que muda no SBPE e na Poupança

A reforma promove as seguintes alterações principais:

  1. Redução do Depósito Compulsório: O percentual que os bancos precisam manter de depósitos da poupança no Banco Central (BC) cai de 20% para 15%. O diretor regional da RE/MAX, Leonardo Guerra, estima que isso liberará bilhões de reais para o crédito imobiliário.
  2. Fim da Rigidez de Destinação: O modelo que obrigava os bancos a direcionar fixamente 65% da poupança para o crédito imobiliário será substituído por um sistema de “matching” e liberdade gradativa.
  3. Maior Flexibilidade: Bancos terão mais liberdade para captar dinheiro no mercado (via LCIs e CRIs) e, em contrapartida, usar mais recursos da poupança para financiar imóveis.

Além disso, o teto do valor de imóveis financiáveis pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) subiu de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, beneficiando famílias de classe média que estavam fora das faixas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Motivação e Objetivos

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, explicou que a reforma busca modernizar um sistema que se tornou insustentável. Com o aumento do conhecimento financeiro, a poupança perdeu atratividade em comparação a investimentos mais rentáveis (como CDBs e Tesouro Direto), reduzindo o dinheiro disponível para empréstimos.

A medida também visa corrigir o “descasamento de prazos”, onde recursos de liquidez diária (como a poupança) financiam projetos de longo prazo. Ao flexibilizar o uso dos recursos e incentivar a captação de dinheiro de mercado para o setor imobiliário, o governo busca maior estabilidade e potencializa a política monetária.

O ministro Fernando Haddad classificou a mudança como essencial, afirmando que o próximo ano será vital para testar os novos parâmetros, que serão revisados anualmente pelo BC e pela Fazenda para garantir crédito “barato” e seguro.

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Com informações: Revista Fórum

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