DF registra mais de 150 mortes no trânsito e reforça alerta por segurança

O número de acidentes e mortes no trânsito do Distrito Federal segue alarmante. De acordo com dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF), entre 2023 e 2024, 153 pessoas morreram em vias urbanas e rodovias da região. Nas avenidas, a Hélio Prates, em Ceilândia, lidera as ocorrências fatais com nove mortes no período, mantendo a média nos primeiros seis meses de 2025 com dois óbitos.

Nas rodovias, a situação é ainda mais crítica. A DF-001 acumula 46 mortes, seguida pela BR-020 com 36 e a DF-003 com 34. Apenas no primeiro semestre de 2025, a DF-001 já registrava nove óbitos, mostrando que alguns trechos continuam sendo de alto risco para motoristas e pedestres. O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) confirmou a tendência, com 6.966 colisões atendidas entre janeiro e agosto de 2025, um aumento em relação às 6.800 do mesmo período de 2024.

Acidentes recentes e suas consequências

O jornalismo tem relatado uma série de acidentes recentes que reforçam o alerta sobre os perigos nas vias. Em 8 de setembro de 2025, um homem de 46 anos morreu atropelado na EPIA Sul. No mesmo dia, uma colisão entre um caminhão e duas motocicletas na BR-080 resultou na morte de um motociclista de 30 anos. A gravidade da situação foi reforçada por outros acidentes no dia 9 de setembro, que mobilizaram o CBMDF.

O motoboy Welbert dos Santos, 30 anos, viveu de perto essa realidade. Vítima de um grave acidente na BR-070 há três meses, ele sobreviveu a múltiplas fraturas e três paradas cardíacas, mas perdeu um amigo, o motorista do veículo. Para Welbert, que ainda lida com sequelas, o acidente foi resultado de imprudência. “O rapaz que dirigia não tinha habilitação e estava mexendo no telefone na hora. Isso custou a vida dele”, relatou.

Ações de conscientização e responsabilidade

Diante do cenário, o Detran-DF tem intensificado as campanhas de conscientização para reduzir os acidentes. A gerente de Ação Educativa do órgão, Magda Brandão, afirmou que o objetivo é zerar os acidentes fatais. Segundo o pesquisador Artur Morais, especialista em segurança viária da Universidade Católica de Brasília, a maior parte dos acidentes é causada por imprudências, como excesso de velocidade, dirigir sob efeito de álcool e uso de celular. Morais ressaltou que, embora o motorista seja o principal responsável, ele também é a solução, desde que respeite o Código de Trânsito Brasileiro.

Com informações: Detran-DF /CBMDF / Jornal de Brasília