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Distrito Federal

Ministério Público acompanha debate sobre o Plano Nacional de Educação no DF

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O 27º Seminário do PNE, no Guará, reuniu especialistas e o MP para discutir o novo Plano (PL nº 2.614/2024). Dados apresentados revelaram que o DF tem índices positivos no ensino superior, mas enfrenta desafios críticos na alfabetização e na educação em tempo integral.

A Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) do Distrito Federal participou, nesta quarta-feira (17), do 27º Seminário do Plano Nacional de Educação (PNE), realizado no Centro Interescolar de Línguas do Guará (CILG). O encontro, promovido pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados em parceria com a Secretaria de Educação, debateu o Projeto de Lei nº 2.614/2024, que definirá as diretrizes da educação brasileira até 2035.

O promotor de justiça Anderson Pereira de Andrade enfatizou a importância da presença do Ministério Público (MP) no debate. “É essencial que o Ministério Público esteja presente nesses espaços de discussão para garantir que as metas do PNE contemplem a efetividade do direito à educação, principalmente para crianças, adolescentes e grupos em situação de vulnerabilidade”, avaliou.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB), relatora do projeto, destacou que a construção do novo plano exige a escuta ampla da sociedade, justificando a iniciativa de percorrer o país com os debates.

Desempenho e Desafios no DF

O novo PNE substituirá o documento vigente entre 2014 e 2024, período em que apenas 2 das 20 metas foram cumpridas. A proposta atual estabelece 18 objetivos, com foco na melhoria da qualidade, valorização profissional e financiamento.

Durante o seminário, dados da Consultoria Legislativa da Câmara revelaram avanços e gargalos na educação do Distrito Federal:

Etapa Educacional Destaque Desafio Crítico
Educação Infantil (4 a 5 anos) 94,5% de frequência (acima da média nacional de 93%).
Alfabetização O percentual de crianças alfabetizadas até o 2º ano caiu de 70,5% (2019) para 51,9% (2021), evidenciando o impacto da pandemia.
Educação em Tempo Integral Apenas 6,8% dos alunos da rede pública do DF têm acesso, muito abaixo da meta nacional de 25%.
Educação Especial 97% dos estudantes com deficiência estão em classes comuns. O percentual dos que recebem atendimento educacional especializado caiu para 39,5%, bem abaixo dos 68,3% de 2013.
Ensino Superior Taxa líquida de escolarização (18 a 24 anos) atingiu 44,3%, quase o dobro da média nacional.

Os dados evidenciam que, apesar do bom desempenho no ensino superior, o DF precisa de atenção urgente em áreas como a recuperação da alfabetização pós-pandemia e a ampliação da oferta de tempo integral.

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Fonte: MPDFT

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