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Morre Antonio Meneses, violoncelista brasileiro, aos 66 anos

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Um dos mais importantes músicos clássicos da geração que fez parte, Antonio Meneses batalhava contra um tumor no cérebro

O violoncelista Antonio Meneses morreu na manhã deste sábado (3/8), na cidade suíça da Basileia, onde morava. O músico tinha 66 anos e já estava afastado dos palcos e cursos que lecionava desde junho, quando foi diagnosticado com Gliobastoma Multiforme, um tipo agressivo de tumor cerebral. A informação foi confirmada por Satoko Kuroda, esposa do artista.

Antonio Meneses era um dos mais importantes músicos do planeta e, para muitos que acompanham música clássica, o mais respeitado e prestigiado brasileiro do gênero na atualidade. Ele estava entre os 20 músicos mais importantes do mundo no violoncelo.

Nascido em 1957 em Recife e filho de um trompista, Meneses foi radicado no Rio de Janeiro e aos 16 anos trocou o Brasil pela Europa. Estudou na Alemanha e venceu os concursos de Tchaikovsky, na Rússia, e Munique, na baviera germânica. Muito versátil, o violoncelista já abarcou repertórios que vão do barroco ao contemporâneo.

Ele colaborou com as principais orquestras do mundo e foi regido por maestros lendários. No entanto, apesar da técnica apurada e o virtuosismo, o que movia Meneses era a lidar com pessoas com quem dividia os palcos e as músicas. “Não gosto de tocar com quem não me dá prazer conviver, com quem eu não me identifico”, afirmou em entrevista ao Correio em 2010.

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Além da vasta carreira com participação em mais de 40 álbuns gravados, sem contar os LPs e o toda obra com o grupo de câmara Beaux Arts Trio, que dividiu com o parceiro de longa data e pianista alemão Menahem Pressler. Ao todo, 24 dos trabalhos do violoncelista estão disponíveis no Spotify.

A trajetória do músico foi descrita no livro Arquitetura da emoção, escrito pelos jornalistas João Luiz Sampaio e Luciana Medeiros. A obra descreve 40 anos de trabalho e vida do artista em 256 páginas. Entre pesquisas e entrevistas, a carreira de Antonio Meneses foi destrinchada e uma nova faceta dele mostrada.

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Fato Novo com informações e imagens: Correio Braziliense

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Morre Cid Moreira, ícone do telejornalismo brasileiro, aos 97 anos

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Cid Moreira, que durante décadas foi a voz icônica do Jornal Nacional, morreu na manhã desta quinta-feira de falência múltipla dos órgãos

Cid Moreira, ícone do telejornalismo brasileiro, morreu na manhã desta quinta-feira (3/10), aos 97 anos. O falecimento foi confirmado pela esposa de Cid no decorrer do programa Encontro, de Patrícia Poeta, da TV Globo.

O jornalista, que durante muitos anos apresentou o Jornal Nacional da TV Globo, estava internado em um hospital, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, vinha tratando uma pneumonia, além de um problema crônico no rim. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.


“Não contei para ninguém para dar privacidade. Passamos o aniversário dele, na última quinta-feira, com ele no hospital. E ele disse: ‘Estou cansado, é muita luta. Meu corpo está cansado. Os últimos anos têm sido difíceis’”, revelou Fátima, esposa do jornalista, em entrevista a Patrícia Poeta.

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Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, no dia 29 de setembro de 1927, Cid Moreira começou sua carreira no rádio, mas foi na televisão que encontrou seu verdadeiro palco.

Ao longo de 27 anos à frente do Jornal Nacional, Cid foi responsável por noticiar alguns dos momentos mais marcantes da história do Brasil e do mundo, desde eleições presidenciais até tragédias e grandes conquistas.

Com uma dicção perfeita e um estilo único, ele se tornou referência no jornalismo, sendo lembrado pela forma calma, porém firme, com que transmitia os acontecimentos.

Repercussão

Nas redes sociais, colegas de trabalho e amigos se despediram do comunicador. “Sua voz e talento marcaram gerações e transformaram o jornalismo brasileiro. Agradecemos por sua dedicação e por nos ensinar a importância da verdade. Sua contribuição será eternamente lembrada. Descanse em paz”, escreveu Ana Maria Braga nas redes sociais.

O jornalista William Bonner, atual apresentador do Jornal Nacional, se emocionou com a morte de Cid. Ele ainda relembrou histórias com Cid em entrevista ao programa Encontro nesta manhã.

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“Eu fiquei muito nervoso quando me vi na mesma bancada que Cid Moreira. Acho que isso é uma experiência profissional que eu acho que quem passou por ela tem uma dificuldade enorme de descrever. Ele era uma figura gigantesca. Fundador, cofundador do Jornal Nacional, com uma voz de uma credibilidade indiscutível”, disse.


“A despedida que tocará nossa memória para sempre. O boa noite mais inesquecível da TV brasileira”, lamentou a jornalista Camila Bonfim, da TV Globo.

Celso Portiolli, do SBT, também prestou homenagem. “Muito mais do que um ícone do Jornal Nacional, ele soube se reinventar e levar sua sabedoria e carinho ao público, seja nas redes sociais ou através da gravação da Bíblia, um trabalho que tocou e inspirou milhões de pessoas”, postou o apresentador no Instagram.


Fonte: Metrópoles

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Voz de Darth Vader, James Earl Jones morre aos 93 anos

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Ator norte-americano faleceu em casa, cercado pela família

Morreu nessa segunda-feira (9), aos 93 anos, o ator norte-americano James Earl Jones. Sua característica mais marcante era a voz grave e profunda, eternizada no icônico vilão Darth Vader, da franquia Star Wars. Já a geração que cresceu na década de 1990 o conheceria por emprestar a voz ao leão Mufasa, da clássica animação O Rei Leão, de 1994.

O falecimento de Earl Jones foi confirmado pelo seu agente, Barry McPherson, segundo a agência Reuters. O ator sofria de diabetes há vários anos e morreu em casa, cercado por seus familiares. A causa da morte, no entanto, não foi divulgada.

Carreira

Dono de uma das vozes mais emblemáticas de Hollywood, James Earl Jones teve que lidar muito cedo com uma gagueira severa, que o motivou a parar de falar. “Uma das coisas mais difíceis na vida é ter palavras em seu coração que você não pode pronunciar”, disse ele em uma entrevista.

Ele ficou em silêncio na maior parte do tempo por cerca de dez anos até um professor do ensino médio o ajudar a superar a gagueira, recitando um poema em sala de aula. Assim, ele começou a controlar o problema na fala e se interessou na carreira de ator.

Ele iniciou no teatro e seu primeiro grande papel foi na peça The Great White Hope (A Grande Esperança Branca, em tradução livre), interpretando um personagem baseado no boxeador negro, campeão dos pesos pesados, Jack Johnson. A peça examinava o racismo pela lente do mundo do boxe e a performance de Earl Jones foi muito celebrada pela crítica na época.

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Além dos papéis em O Rei Leão e Star Wars, franquia iniciada em 1977 e que rende novos filmes até os dias atuais, ele também é conhecido no Brasil pelo papel do Rei Jaffe em Um Príncipe em Nova Iorque. No filme de 1988, ele interpreta o pai de Akeem, personagem de Eddie Murphy. Ele também atuou em filmes como Conan, O Bárbaro (1982); O Campo dos Sonhos (1989) e Caçada ao Outubro Vermelho (1990).

Com quase 200 trabalhos na televisão, seus últimos papéis foram exatamente em sequências de franquias que marcaram sua carreira. Ele voltou a dar a voz a Mufasa em 2019, em uma versão mais realista de O Rei Leão. Em 2021, voltou a interpretar o Rei Jaffe em Um Príncipe em Nova Iorque 2 e emprestou sua voz a Darth Vader uma última vez na minissérie Obi-Wan Kenobi, derivada da franquia de filmes Star Wars.


Fato Novo com informações da agência Reuters

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Morre Diana, voz referencial da canção sentimental brasileira dos anos 1970

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