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Distrito Federal

Nova sala de monitoramento em tempo real vai ampliar serviços de proteção a mulheres

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‌Local comporta três vezes mais servidores, que fazem o acompanhamento de vítimas e agressores dentro dos programas Viva Flor e Dispositivo de Proteção à Pessoa; atualmente, mais de 800 pessoas são protegidas pelo sistema do GDF

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP) inaugurou, nesta quarta-feira (7), a nova sala de operações da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP), no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). Mais espaçoso que o anterior, o local permitiu a ampliação da equipe responsável pelo acompanhamento em tempo real das vítimas e agressores de violência doméstica. O número de servidores designados ao serviço quase triplicou, passando de 15 para 44 pessoas.

A medida cumpre o eixo Mulher Mais Segura do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em novembro do ano passado. “Essa inauguração faz parte do aprimoramento do combate à violência doméstica, principalmente a cometida contra as mulheres. Contamos com a dedicação de profissionais competentes e eficientes que acreditam na causa, somado ao que a tecnologia nos oferece, para que tenhamos atendimentos rápidos sempre com o foco em salvar vidas”, salientou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

O titular da pasta lembrou ainda que a Lei Maria da Penha completou 18 anos de existência nesta quarta-feira. A norma foi batizada em referência à farmacêutica cearense que sobreviveu a duas tentativas de assassinato cometidas pelo então marido e estabelece que todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime.


“É um dia importante para que as instituições públicas, a imprensa e a sociedade civil estejam imbuídas do mesmo espírito: incentivar a denúncia”, ressaltou Avelar. “Se você tem conhecimento de que uma mulher é vítima de violência, denuncie. Não se omita, não se acovarde perante o covarde que bate mulheres e que pode, ao longo do ciclo de violência, culminar no feminicídio. O GDF tem trabalhado forte para fazer do Distrito Federal um exemplo. O nosso objetivo é feminicídio zero, enquanto tiver um feminicídio não temos do que nos orgulhar.”

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A sala antiga contava com 3,94m x 5,84m e, agora, comporta a área administrativa da diretoria. Já o novo espaço tem 4,87 m x 7,47 m e conta com estações para os servidores, sendo cada uma equipada com dois monitores, além de televisões para a visualização da localização dos monitorados.


“Por ser uma sala menor, nós atuávamos com um efetivo menor, em três estações de trabalho. A partir do momento que passamos a ter dez estações, conseguimos ampliar a equipe e aumentar a capacidade de monitoramento, alcançando mais pessoas e protegendo mais vítimas”, esclarece a subsecretária de Operações Integradas, Cintia Queiroz de Castro. “O monitoramento existe há três e, até o momento, nenhuma das mulheres que são monitoradas foram vítimas de feminicídio, o que demonstra a efetividade do dispositivo e a importância em buscar o serviço.”


Casos de violência doméstica podem ser denunciados por meio da Central de Atendimento à Mulher, pelo telefone 180, ou presencialmente em uma das duas unidades da Deam, localizadas no centro de Ceilândia e na Asa Sul, que funcionam 24h por dia

As medidas de monitoração eletrônica são o Dispositivo de Proteção à Pessoa (DPP) e o Viva Flor. O DPP é utilizado mediante decisão judicial junto com medida protetiva após avaliação de riscos. A vítima recebe um aparelho com o aplicativo do programa e o agressor passa a utilizar uma tornozeleira eletrônica. Quando o homem viola a área de exclusão, que é o perímetro de distanciamento determinado pelo Judiciário, todos recebem um alerta: a vítima, o ex-companheiro e a Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas.

Já o Viva Flor pode ser obtido pela vítima de violência doméstica por meio de decisão judicial e nas delegacias policiais. Semelhante a um celular, o programa mostra a localização do agressor, facilitando com que a vítima evite o contato com ele, e conta com um botão que pode ser ativado em situações de risco, imediatamente acionando a equipe policial mais próxima para o atendimento do caso.

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Segundo a SSP, 807 pessoas são acompanhadas atualmente, em tempo real, de forma simultânea, 24h por dia e sete dias por semana, por meio de tecnologia de georreferenciamento, com abrangência em todo o DF. Desde 2021, mais de 2 mil pessoas foram monitoradas e houve 67 prisões de agressores, sendo que 29 ocorreram neste ano.

Denúncia

Distrito Federal

Novos beneficiários do “DF Social” têm até o dia 17 para abrir conta no BRB

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Mais de 3 mil famílias precisam verificar se foram contempladas no site do GDF Social e abrir conta pelo aplicativo BRB Mobile

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) selecionou 3.422 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até 18h do dia 17, próxima terça-feira.

Aqueles que não fizerem o procedimento no prazo estabelecido terão que aguardar nova rodada de contemplação. ‌A abertura da conta social deve ser realizada pelo aplicativo BRB Mobile. Basta seguir o passo a passo neste link.

Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site GDF Social e confirmar se está entre os beneficiários. No portal, em Consulta DF Social, é necessário informar CPF e data de nascimento do responsável familiar, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparece mensagem na tela informando se a pessoa está ou não na lista de contemplados.

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Distrito Federal

Agências do trabalhador têm 849 vagas abertas nesta quinta-feira (12)

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Oportunidades são para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência; salários chegam a R$ 3,4 mil

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta quinta-feira (12), 849 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 3,4 mil.

Dois postos oferecem a remuneração mais alta: serralheiro e soldador, ambos em Ceilândia. Há uma vaga aberta para cada um deles. Nos dois casos, não há exigência de escolaridade mínima nem de experiência prévia.

Já o cargo com mais vagas abertas é o de auxiliar de limpeza, no Guará. São 60 oportunidades, todas exclusivas para pessoas com deficiência. É preciso ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência. O salário é de R$ 1.629,62.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).


*Agência Brasília

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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