Saúde
Novo estudo define quando a obesidade é uma doença
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O trabalho lista 18 sinais capazes de indicar quando obesidade é uma doença em adultos, além de outros 13 sinais em crianças e adolescentes
Uma comissão composta por 58 especialistas do mundo inteiro apresentou os resultados de um estudo muito aguardado pela comunidade médica. Após três anos de trabalho, ele define o que é obesidade clínica.
Isso significa que agora a ciência determina quando ter excesso de gordura no corpo é uma doença. Além de deixar o diagnóstico mais claro e fácil, a medida ajuda a derrubar alguns conceitos e preconceitos sobre essa condição.
Novo tipo de análise para constatar a condição foi apresentado
Divulgada na revista The Lancet, a pesquisa lista 18 sinais capazes de indicar quando obesidade é uma doença em adultos, além de outros 13 sinais em crianças e adolescentes. Uma das diferenças é que a análise não se baseia mais apenas no IMC (índice de massa corporal) ou simplesmente no peso calculado pela balança.
Os pesquisadores explicam que as técnicas usadas até agora não apresentam nenhum dado sobre quanta gordura está acumulada no corpo, muito menos onde ela se concentra. Por isso, elas não podem indicar se a pessoa é ou não obesa.
O trabalho propõe que o IMC seja sempre complementado por, pelo menos, uma medição corporal: da circunferência abdominal (que pode ser no máximo de 88 centímetros para mulheres de de 102 centímetros para homens); ou a medição da cintura (precisa ser no máximo a metade da sua altura).
Uma vez constada a obesidade, a pessoa deverá ser avaliada por um médico, para ver se apresenta algum dos sintomas capazes de entregar órgãos ou tecidos que deixaram de funcionar como deveriam por causa da infiltração de gordura.
O estudo, no entanto, não entra no mérito do tratamento, sem indicar se isso deve ser feito com remédios, com cirurgia ou com mudanças no estilo de vida. Só deixa claro que, não importa a idade, quando a obesidade é clínica, com sintomas, ela precisa ser tratada.
Os 18 sinais da obesidade clínica em adultos:
- Dores de cabeça recorrentes e perda de visão: isso, às vezes, têm a ver com a pressão intracraniana aumentada.
- Apneia do sono: quando você se deita e dorme, a gordura em excesso no abdômen e na garganta faz o ar ter encontrar resistência para passar, o que faz com que a respiração sofra breves e ruidosas interrupções.
- Falta de ar: quando os pulmões e o músculo da respiração, que é o diafragma, têm dificuldade para se expandir.
- Insuficiência cardíaca de fração reduzida: o coração não se contrai direito para bombear o sangue.
- Fadiga e inchaço nas pernas: indicam outro tipo de insuficiência cardíaca, a de fração preservada, que impede que o coração relaxe direito e prejudica o bombeamento do sangue.
- Palpitações e ritmo cardíaco irregular: sinais que indicam arritmias.
- Hipertensão pulmonar: quando sobe demais a pressão da artéria que leva o sangue do coração até os pulmões para ser oxigenado.
- Trombose venosa: quando surgem coágulos nas veias das pernas.
- Hipertensão: quando a pressão sanguínea fica acima dos valores saudáveis.
- Alterações metabólicas: quando o exame de sangue acusa aumento do colesterol LDL ou dos triglicérides ou, ainda, dos níveis de glicose, por exemplo.
- Doença hepática gordurosa: quando exames de imagem encontram gordura infiltrada no fígado, o que é capaz de inflamá-lo.
- Excesso da proteína albumina na urina: sintoma de rins que não estão funcionando como deveriam.
- Escapes de xixi: se os episódios de incontinência urinária se tornam frequentes.
- Menstruação irregular, falta de ovulação e síndrome dos ovários policísticos: são sinais de problemas reprodutivos em mulheres.
- Deficiência de testosterona nos homens e baixa produção de espermatozoides: indicam problemas reprodutivos no público masculino.
- Dores nos joelhos e/ou na bacia: acusam problemas articulares.
- Linfedema: causa inchaços e dores crônicas.
- Limitações em atividades básicas do dia a dia: se a falta de mobilidade dificulta tarefas como tomar banho, vestir-se e outras.
Fonte: Olhar digital
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