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Educação

O poder transformador da leitura em futuros educadores

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Por Daniela Pannuti: Além do bem-estar emocional, hábito melhora escrita, expande vocabulário e estimula criatividade

Por Daniela Pannuti*, diretora do ensino fundamental da Avenues School: Como diretora do ensino primário em uma escola com muitos estagiários, tenho observado a importância de cultivar hábitos que promovam tanto o desenvolvimento profissional quanto o bem-estar pessoal. Um dos hábitos mais valiosos que posso compartilhar é a leitura. Além de ser uma atividade prazerosa, ela traz inúmeros benefícios essenciais para a formação de futuros educadores.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sussex, Reino Unido, revelou que a leitura pode reduzir os níveis de estresse em até 68%. Os participantes do estudo apresentaram uma diminuição na frequência cardíaca e relaxamento muscular, evidenciando que a leitura é uma ferramenta poderosa para aliviar a tensão. 

Para quem está começando na carreira docente, em que desafios emocionais e a carga de trabalho podem ser intensos, essa é uma informação extremamente relevante.

Contudo, os benefícios da leitura não se limitam ao bem-estar emocional. Para nós, educadores, a leitura é uma oportunidade de ampliar competências essenciais. Ela melhora a escrita, expande o vocabulário e estimula a criatividade. Além disso, ao ler, desenvolvemos um senso crítico mais apurado, fundamental para refletir sobre nossas práticas educacionais e o impacto que temos como educadores.

Transitando pelas palavras

Nossos estagiários e professores têm livre acesso à extensa coleção de títulos da escola, que cobre uma vasta variedade de publicações em diversos temas e idiomas.

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Nossa biblioteca é desenhada num formato único que não se restringe a um espaço fechado e com entrada controlada, mas se expande por todo o campus num conceito de ‘escola dentro da biblioteca e biblioteca dentro da escola’. Neste sentido, nosso acervo está espalhado pelos diferentes andares, despertando ainda mais o interesse pela leitura.

Também incentivamos a visita a diferentes espaços leitores para além da escola, como bibliotecas públicas, livrarias e museus que disponibilizam livros para consulta ou empréstimo.

Embora os estagiários estejam focados em atividades práticas e rotinas escolares, é importante reservar um tempo para a leitura.

Aqui estão algumas sugestões para integrar esse hábito na sua rotina:

  1. Leitura sobre temas educacionais atuais: explore literatura sobre metodologias inovadoras, como a aprendizagem baseada em projetos (PBL), que pode inspirar novas formas de ensinar;
  2. Escolha leituras que expandam o vocabulário e o pensamento crítico: invista em livros sobre psicologia infantil, gestão de sala de aula e desenvolvimento cognitivo;
  3. Prática da leitura colaborativa, como clubes de leitura: organize pequenos grupos de leitura com colegas. Discutir um livro em conjunto pode trazer novas perspectivas e enriquecer a experiência;
  4. Anotações reflexivas: ao ler, conecte o conteúdo com suas próprias experiências na sala de aula. Isso ajuda a aplicar as ideias de forma mais ativa e significativa.

A leitura é um recurso poderoso para o desenvolvimento pessoal e profissional. Ao adotá-la como hábito, futuros professores não só aprimoram suas habilidades, mas também ganham uma ferramenta valiosa para enfrentar os desafios da carreira docente.

Sugestões de leitura

A arte de ler – Michele Petit

A importância do ato de ler – Paulo Freire

Malala – Malala Yousafai

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Os sete saberes necessários à educação do futuro – Edgar Morin

Entre a ciência a sapiência – Rubem Alves

O dilema da educação – Rubem Alves

O banquete dos deuses – Daniel Munduku

Espaços de leitura na cidade de SP

Biblioteca do Parque Villa Lobos

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Biblioteca de quadrinhos do CCSP

Instituto Moreira Salles

Biblioteca Brasiliana Guita

José Mindlin, USP

Unidades do SESC

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*Daniela Pannuti é diretora do ensino fundamental da Avenues School, em SP, doutora em psicologia escolar e do desenvolvimento humano

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Distrito Federal

Publicado o calendário escolar da rede pública do Distrito Federal para 2025

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As aulas terão início em 10 de fevereiro, com previsão de encerramento no dia 18 de dezembro; unidades do Centro Interescolar de Línguas (CIL), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional e Tecnológica também tiveram cronograma definido

A Secretaria de Educação (SEEDF) já finalizou o calendário escolar para o ano de 2025. As informações estão disponíveis no site oficial da pasta, facilitando o planejamento de estudantes, famílias e servidores da educação para o novo ano letivo.

As aulas da rede pública de ensino do DF terão início em 10 de fevereiro de 2025, com o encerramento do ano letivo programado para 18 de dezembro. O cronograma respeita a exigência de 200 dias letivos obrigatórios, assegurando uma base sólida para o desenvolvimento educacional ao longo do ano.

“Com a publicação do calendário escolar de 2025, a Secretaria de Educação reforça o compromisso com o planejamento e a organização, proporcionando à comunidade educacional uma estrutura clara para mais um ano de aprendizado e desenvolvimento de qualidade”, afirmou a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da SEEDF, Francis Ferreira.

Parceiras

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Instituições educacionais parceiras (IEPs), como as creches conveniadas, também seguirão o mesmo calendário, iniciando as atividades em 10 de fevereiro. Um ponto essencial do planejamento escolar é a semana pedagógica, programada para o período entre 5 e 7 de fevereiro, quando educadores estarão reunidos para alinhar estratégias e definir as metas pedagógicas do ano.

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Distrito Federal

Colégio público em Brazlândia se destaca por adaptar aulas à realidade dos alunos

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Escola Parque da Natureza recebe estudantes de nove unidades de ensino da região — a maior parte, da zona rural — e aposta na educação ecológica e na valorização do território

“Educação é uma troca.” A frase de uma professora resume o espírito da Escola Parque da Natureza, em Brazlândia. Embora estejam lá para aprender, as crianças têm as próprias vivências, que merecem ser respeitadas e valorizadas.


“A Escola Parque da Natureza de Brazlândia é diferente, porque a gente considera que ela tem alma. Ela não é uma escola que nasceu do acaso, ela já nasceu com um propósito. A missão dela é inovar em termos de emancipação humana por meio do desenvolvimento do sentimento de pertencimento ao território”, explica a supervisora da unidade, Edinéia Alves.


De fato, o colégio é bem diferente do padrão. Quase todas as aulas ocorrem em espaços abertos. Em vez das tradicionais português e matemática, as disciplinas — ou estações, como são chamadas — são: jogos cooperativos; arena circense; artes visuais; brasilidades; expressão corporal; jogos teatrais; educação musical; e alfabetização ecológica. “As coisas funcionam de modo interdisciplinar, não tem um limitante. E a educação ambiental é transversal em todas as estações”, aponta o coordenador Hernando Araújo.

Essa forte presença da educação ambiental está ligada à valorização do território. Brazlândia é uma das regiões com maior área e maior produção rural do Distrito Federal. Tanto que, dos 770 estudantes atendidos pela unidade, cerca de 70% vivem no campo — o que faz com que a Escola Parque da Natureza, ainda que esteja em uma área urbana, seja considerada uma escola do campo.

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Assim como nas demais Escolas Parque fora do Plano Piloto, os alunos da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental têm aulas regulares em outras unidades e vão à Escola Parque da Natureza uma vez por semana. Nove colégios são atendidos — sendo sete de áreas rurais —, em dois turnos, às segundas, terças e quintas-feiras.


“Grande parte dos nossos estudantes é do campo, então é uma experiência muito bacana, uma troca muito bacana. E tem esse trabalho de pertencimento, de reconhecimento da nossa história, dos nossos valores. Não é só valorizar o que é de fora, mas daqui de dentro”, resume Dayane de Oliveira, professora da estação de Jogos cooperativos.


Atividades

Ainda na questão da valorização, na escola são desenvolvidas diversas atividades que exaltam as diferentes características físicas dos alunos. Em uma delas, por exemplo, os estudantes usaram terra misturada a tinta para que cada um encontrasse o próprio tom de pele. O resultado ficou marcado nas paredes do colégio e além delas também: um dos objetivos é plantar a semente nas crianças para que a conscientização chegue aos pais.


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CLDF

Gestores escolares do Guará recebem homenagem da CLDF

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal homenageou diretores e vice-diretores da Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Guará, da Secretaria de Educação do DF, em sessão solene na manhã desta quinta-feira (21). O evento, realizado no Clube da Saúde, no Guará, foi transmitido ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube.

A autora da homenagem, deputada Dayse Amarilio (PSB), lembrou que a sessão solene ocorre em alusão ao Dia do Diretor Escolar, comemorado em 12 de novembro, e ressaltou a excelência dos gestores escolares, defensores da educação. “Sinto-me honrada de devolver à escola pública aquilo que tive através da educação”, afirmou, ao acrescentar que realiza visitas regulares às escolas e destina recursos, via emenda parlamentar, às instituições de ensino.

Amarilio salientou o papel fundamental dos diretores e vices no funcionamento das escolas, cujo trabalho inclui a coordenação pedagógica, além da gestão administrativa e financeira. Ela citou que a Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Guará abrange 29 escolas públicas e cerca de 21 mil estudantes, abarcando Guará, Lúcio Costa e Estrutural.

Por sua vez, o deputado Martins Machado (Republicanos) destacou a “responsabilidade” dos diretores e vices, que precisam, entre outras habilidades, saber lidar com as diferenças de pensamento e de comportamento entre os membros de uma comunidade escolar. Ele exaltou a importância do trabalho desses profissionais, que enfrentam desafios diários, como “comunicar com todos de forma respeitosa e tomar decisões difíceis”.

Protagonistas

Segundo a coordenadora da regional de ensino do Guará, Karine Rodrigues, os diretores e vices escolares “são a base sob a qual edificamos sonhos, superamos desafios e construímos o futuro de tantos estudantes e famílias que dependem da educação pública para transformar suas realidades”. Ela completou que liderar uma escola vai muito além da gestão administrativa, pois significa “tocar vidas, inspirar mudanças e criar oportunidades, é ser um farol, assegurando que cada estudante encontre um ambiente acolhedor, inclusivo e transformador”.

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Nesse sentido, a gestora do Centro Educacional 4 do Guará, Ana Patrícia dos Santos, apontou que ser gestor, eleito pela comunidade escolar, é uma honra, mas também uma responsabilidade e um compromisso social, ético e político. “Diretores e vices são heróis sem capa”, disse, ao enumerar as funções e atribuições dos cargos. Ana Patrícia agradeceu à comunidade e, em especial, ao apoio de Dayse Amarilio e Martins Machado na melhoria de estruturas e ações escolares.

Ao término do evento, que contou com apresentação musical e participação da comunidade local, foram entregues moções de louvor da CLDF a gestores por suas contribuições à educação.


*Agência CLDF

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