Cooperação de Cuba contra o terrorismo
Em meados de maio, o governo dos Estados Unidos reconheceu a cooperação de Cuba na “luta contra o terrorismo”, depois que o Departamento de Estado retirou Cuba de sua lista de países que “não cooperam totalmente com os esforços antiterroristas”.
No entanto, a carta, assinada por parlamentares de 73 países, afirma que essa ação “é insuficiente”, já que “Cuba continua a sofrer as consequências de sua exclusão cínica, cruel e ilegal da economia internacional”, como resultado do fato de que permanece – contraditoriamente – na lista de “patrocinadores estatais do terrorismo”.
Além disso, os deputados signatários pedem que “os governos usem todos os meios diplomáticos para reparar essa grave injustiça em curso”.
Esforços internacionais contra o bloqueio
A carta, coordenada pela Internacional Progressista, chega poucos dias depois que 35 ex-presidentes da América Latina e do Caribe, Europa, África e Ásia também pediram ao governo dos Estados Unidos que retirasse Cuba dessa lista arbitrária. Essa carta foi publicada pelo ex-presidente colombiano Ernesto Samper. Entre os signatários estão Dilma Rousseff, a ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e o ex-primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, entre outros.
Nos próximos dias 29 e 30 de setembro, a Assembleia Geral da ONU discutirá mais uma vez o projeto de resolução de Cuba sobre o bloqueio.
Todos os anos, esses projetos de resolução descrevem os terríveis efeitos sociais e econômicos que o bloqueio tem sobre a população cubana. Eles também descrevem o bloqueio como uma medida “ilegal e ilegítima”.
Da mesma forma, todos os anos, desde 1992, o projeto foi aprovado por uma maioria esmagadora de países presentes na Assembleia Geral da ONU. As únicas exceções são os Estados Unidos e Israel, que invariavelmente se opõem à resolução, juntamente com um aliado ocasional.
Este ano, o projeto de resolução apresentado por Havana calcula que, em meio a uma grave crise econômica que afeta o país, na ausência do bloqueio, o PIB de Cuba poderia ter crescido cerca de 8% em 2023. E denuncia que a ilha perde aproximadamente mais de US$ 421 milhões (R$ 2,3 bilhões) por mês devido ao bloqueio.
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