Ligue-se a nós

Mundo

Parlamentares de 73 países exigem que EUA retirem Cuba da lista de apoiadores do terrorismo

Publicado

no

Carta aberta lembra que presidente norte-americano Joe Biden havia prometido normalizar relações diplomáticas com Havana; 14 deputados do Brasil ligados ao PCdoB, PSOL e PT assinaram documento

Cerca de 600 parlamentares de 73 países diferentes publicaram nesta sexta-feira (20/09) carta aberta exigindo que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retire antes do fim de seu mandato Cuba da lista de “Estados patrocinadores do terrorismo”. A lista é elaborada unilateralmente pelo Departamento de Estado norte-americano para isolar financeiramente os países mencionados.

A carta foi publicada por iniciativa da Internacional Progressista, organização que reúne sindicatos, movimentos sociais, intelectuais e políticos progressistas de todo o mundo. Além de importantes figuras globais, como a secretária geral do partido espanhol Podemos, Ione Belarra, e a senadora colombiana Clara López Obregón, entre os signatários do documento se encontram 14 deputados do Brasil, ligados ao PCdoB, PSOL e PT.

A carta descreve a rotulação de Cuba por parte de Washington como “Estado patrocinador do terrorismo” como “cínica, cruel e uma clara violação do direito internacional”.

“A designação é cruel porque foi projetada para maximizar o sofrimento do povo cubano, estrangulando sua economia, deslocando suas famílias e até mesmo restringindo o fluxo de ajuda humanitária”, afirma.

Além disso, a carta lembra que, de acordo com especialistas da ONU, a designação tem minado “os direitos humanos fundamentais, incluindo o direito à alimentação, o direito à saúde, o direito à educação, os direitos econômicos e sociais, o direito à vida e o direito ao desenvolvimento”.

Anúncio

Depois de uma “avaliação minuciosa”, o governo Obama tinha retirado Cuba da lista em 2015. No entanto, foi o republicano Donald Trump (2017-2021) que, apenas nove dias antes de deixar a Casa Branca, decidiu colocar Cuba novamente na lista como parte de sua política de “máxima pressão”.

A inclusão de Cuba na lista ocorreu logo após a campanha internacional que levou milhares de médicos cubanos a países de todo o mundo para combater a pandemia da Covid-19. Na época, Washington justificou a medida depois que Cuba se recusou a extraditar os líderes guerrilheiros colombianos do Exército de Libertação Nacional (ELN), Pablo Tejada e Pablo Beltrán, que haviam viajado a Havana para participar de negociações de paz com o governo colombiano.

O texto observa que “como candidato, Joe Biden prometeu restaurar a relação diplomática promovida por seu antecessor democrata, mas como presidente, Biden recuou, mesmo depois que o governo colombiano retirou as acusações de extradição contra membros de seu Exército de Libertação Nacional (ELN), a justificativa original para a reaplicação de Trump da designação de ‘patrocinador do Estado’”.

Também alega que essa é uma “designação cínica”, já que “Cuba, longe de patrocinar o terrorismo, tem servido como um intermediário fundamental nas negociações de paz entre o governo colombiano, o ELN e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)”.

Os países da lista enfrentam severas sanções econômicas e políticas. Essa designação afeta principalmente a capacidade de um país de se envolver em transações financeiras internacionais ou acessar crédito. Ao mesmo tempo, busca impedir investimentos, pois as empresas ou governos que investem em países da lista podem ser sancionados pelos Estados Unidos.

Anúncio

A designação dessa lista trouxe graves consequências econômicas para a ilha, que está passando por uma profunda crise econômica. E é parte das várias estratégias de bloqueio que Washington mantém contra Cuba.

Os mais de 600 parlamentares signatários observam que, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a designação prejudica “os direitos humanos fundamentais, incluindo o direito à alimentação, o direito à saúde, o direito à educação, os direitos econômicos e sociais, o direito à vida e o direito ao desenvolvimento”.

Cooperação de Cuba contra o terrorismo

Em meados de maio, o governo dos Estados Unidos reconheceu a cooperação de Cuba na “luta contra o terrorismo”, depois que o Departamento de Estado retirou Cuba de sua lista de países que “não cooperam totalmente com os esforços antiterroristas”.

No entanto, a carta, assinada por parlamentares de 73 países, afirma que essa ação “é insuficiente”, já que “Cuba continua a sofrer as consequências de sua exclusão cínica, cruel e ilegal da economia internacional”, como resultado do fato de que permanece – contraditoriamente – na lista de “patrocinadores estatais do terrorismo”.

Além disso, os deputados signatários pedem que “os governos usem todos os meios diplomáticos para reparar essa grave injustiça em curso”.

Esforços internacionais contra o bloqueio

A carta, coordenada pela Internacional Progressista, chega poucos dias depois que 35 ex-presidentes da América Latina e do Caribe, Europa, África e Ásia também pediram ao governo dos Estados Unidos que retirasse Cuba dessa lista arbitrária. Essa carta foi publicada pelo ex-presidente colombiano Ernesto Samper. Entre os signatários estão Dilma Rousseff, a ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e o ex-primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, entre outros.

Anúncio

Nos próximos dias 29 e 30 de setembro, a Assembleia Geral da ONU discutirá mais uma vez o projeto de resolução de Cuba sobre o bloqueio.

Todos os anos, esses projetos de resolução descrevem os terríveis efeitos sociais e econômicos que o bloqueio tem sobre a população cubana. Eles também descrevem o bloqueio como uma medida “ilegal e ilegítima”.

Da mesma forma, todos os anos, desde 1992, o projeto foi aprovado por uma maioria esmagadora de países presentes na Assembleia Geral da ONU. As únicas exceções são os Estados Unidos e Israel, que invariavelmente se opõem à resolução, juntamente com um aliado ocasional.

Este ano, o projeto de resolução apresentado por Havana calcula que, em meio a uma grave crise econômica que afeta o país, na ausência do bloqueio, o PIB de Cuba poderia ter crescido cerca de 8% em 2023. E denuncia que a ilha perde aproximadamente mais de US$ 421 milhões (R$ 2,3 bilhões) por mês devido ao bloqueio.

Siga nossas redes sociais: Facebook Instagram.

Anúncio

Fato Novo com informações e imagens: Opera Mundi

Mundo

Guerra em Gaza completa 1 ano com embates entre Israel, Hamas e Hezbollah e cerca de 45 mil mortos

Publicado

no

Por

Tel Aviv bombardeou campo de Jabalia e matou 17 pessoas após Hamas lançar foguetes de Khan Younis em direção ao sul do país; movimento libanês trava confrontos contra militares de Israel ‘em apoio ao povo palestino’

No marco de um ano da violência israelense na Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (07/10), Israel promoveu ataques contra o enclave palestino, deixando 17 pessoas mortas, sendo nove crianças. Segundo as autoridades da região e a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), a ofensiva israelense deixou pelo menos 41.909 mortos, feriu 97.303, deslocou 2 milhões e prendeu 11.100 de pessoas desde 7 de outubro de 2023. O balanço não inclui os milhares de corpos desaparecidos entre os escombros dos bombardeios de Tel Aviv.

No mais recente ataque, os militares israelenses teriam ordenado que os palestinos deixassem o campo de refugiados de Jabalia, prestes a ser bombardeado, rumo à “zona humanitária” em al-Mawasi. Contudo, o bombardeio ocorreu sem tempo hábil para que a população fosse evacuada. Ademais, regiões anteriormente estabelecidas como seguras por Israel também já foram alvo de ataques.

A violência ocorreu após o porta-voz do exército israelense de língua árabe, Avichay Adraee, posicionar-se sobre um ataque de foguetes que o Hamas havia lançado horas antes contra o sul do país: “será recebido com extrema força”, declarou.

O ataque refere-se ao lançamento de foguetes Maqadmeh M-90, de Khan Younis, em Gaza promovido pelas Brigadas al-Qassam, a ala militar do movimento de resistência palestino Hamas.

Anúncio

Reivindicando o ataque por meio de uma declaração, o grupo declarou visar reuniões de israelenses nas travessias de Rafah e Karem Abu Salem, bem como o kibutz [espécie de comuna] Holit, perto da fronteira com Gaza.

Segundo a agência libanesa de notícias Al Mayadeen, a ofensiva foi realizada quase no mesmo momento em que a Operação Inundação de Al-Aqsa contra Tel Aviv no ano passado, em 7 de outubro de 2023.

Já o grupo justificou o ataque como parte da “batalha de atrito em andamento” e em resposta aos “massacres contra civis e ao deslocamento deliberado do nosso povo”.

Por sua vez, as Forças de Defesa Israelenses (FDI, como é chamado o exército do país), informaram que seus jatos destruíram os lançadores de foguetes do Hamas, que estavam localizados no sul de Gaza, após o ataque.

As FDI ainda reconheceram que além da ofensiva de foguetes, foram registradas “explosões secundárias, indicando a presença de armas”. Duas pessoas ficaram “levemente feridas” com estilhaços e estão hospitalizadas, segundo a Al Jazeera.

Anúncio

UNRWA – Guerra de Israel em Gaza deixou 41.909 mortos, feriu 97.303, deslocou 2 milhões e prendeu 11.100 pessoas desde 7 de outubro de 2023

Após um ano, Israel expande ofensiva para o Líbano

Em uma evidente expansão das violências de Israel na Oriente Médio, Tel Aviv também realizou numerosos ataques em subúrbios e áreas densamente povoadas ao sul de Beirute, bem como em outras localidades do Líbano, na noite de domingo e nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, causando grandes explosões e deixando dezenas de mortos e feridos. Também informou novos ataques terrestres no sul do país, com a adição de soldados de sua  91ª Divisão e da reserva.

Em duas semanas de violência, Israel já matou mais de 2 mil pessoas e forçou o deslocamento de um milhão.

Siga nossas redes sociais: Facebook Instagram.

Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

Anúncio
Continuar Lendo

Mundo

Papa Francisco condena ataques de Israel que vão “além da moralidade”

Publicado

no

Por

Chefe da Igreja Católica tem feito apelos pelo fim do conflito

Questionado neste domingo sobre os ataques aéreos israelenses no Líbano que mataram o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, assim como não combatentes, o Papa Francisco criticou os ataques militares que, segundo ele, vão “além da moralidade”.

No voo de volta para Roma da Bélgica, o pontífice disse que os países não podem “exagerar” no uso de suas forças militares.

“Mesmo na guerra, há uma moralidade a salvaguardar”, disse. “A guerra é imoral. Mas as regras da guerra dão a ela alguma moralidade.”

Ao responder perguntas sobre os últimos ataques de Israel durante uma coletiva de imprensa dentro do avião, o papa de 87 anos disse: “A defesa deve ser sempre proporcional ao ataque. Quando há algo desproporcional, você vê uma tendência de dominação que vai além da moralidade.”

Na posição de líder dos 1,4 bilhão de católicos do mundo, Francisco frequentemente faz apelos pelo fim de conflitos violentos, mas normalmente tem cuidado para não parecer que está apontando agressores. Ele tem falado mais abertamente nas últimas semanas sobre as ações militares de Israel em sua guerra de quase um ano contra o Hamas.

Na semana passada, o papa disse que os ataques aéreos israelenses no Líbano eram “inaceitáveis” e pediu à comunidade internacional que fizesse todo o possível para interromper o combate. Em uma coletiva de imprensa em 28 de setembro, ele condenou as mortes de crianças palestinas em ataques israelenses em Gaza.

Anúncio

Francisco afirmou neste domingo que fala ao telefone com membros de uma paróquia católica em Gaza “todos os dias”. Ele disse que os paroquianos contam sobre as condições no local e “também a crueldade que está acontecendo lá”.

Siga nossas redes sociais: Facebook Instagram.


Fato Novo com informações e imagens: Reuters e Agência Brasil.

Anúncio
Continuar Lendo

Brasil

Dilma recebe medalha de presidente chinês Xi Jinping

Publicado

no

Por

Medalha da Amizade é maior honraria chinesa

A ex-presidente Dilma Rousseff recebeu neste domingo (29) a Medalha da Amizade da China, maior honraria concedida pelo governo do país a um estrangeiro, por contribuições à modernização do país asiático, segunda maior economia do planeta, atrás dos Estados Unidos.

Dilma preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), vinculado ao grupo dos Brics, com sede em Xangai, desde 2023.

A honraria foi assinada e concedida pelo presidente chinês Xi Jinping, por ocasião do 75º aniversário da fundação da República Popular da China.

“Eu me sinto muito honrosa e orgulhosa por receber a Medalha da Amizade de um país que tem uma história milenar e que hoje obteve realizações tão importantes”, disse a presidente do NBD, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.


“Dificilmente em algum momento no passado um país conseguiu se transformar em 75 anos na segunda maior economia do mundo, no país que conseguiu elevar o nível educacional do seu povo para competir com os níveis dos países desenvolvidos, (no país) que lidera hoje em ciência e tecnologia e na aplicação de inovações em todos os campos e áreas, especificamente na indústria”, acrescentou a ex-presidente brasileira.


Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial e uma importante origem de investimentos para o Brasil, que, por sua vez, é o maior parceiro comercial do país asiático na América Latina.

Anúncio

Em agosto, Brasil e China celebraram o 50º aniversário das relações diplomáticas.

Siga nossas redes sociais: Facebook Instagram.


Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

Anúncio
Continuar Lendo

Mais vistas