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PF prende 22 em Operação que investiga corrupção na Agência Nacional de Mineração (ANM)

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A Operação Rejeito, deflagrada em Minas Gerais, apura um megaesquema de mineração ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os presos estão o diretor da ANM, um ex-delegado da PF e ex-dirigentes de órgãos ambientais estaduais

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (17) a Operação Rejeito, que investiga um sofisticado esquema de mineração ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A ação resultou no cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva e 79 mandados de busca e apreensão.

A Justiça Federal determinou o sequestro e o bloqueio de bens no valor de R$ 1,5 bilhão e a suspensão das atividades das empresas envolvidas, cujos projetos em andamento tinham potencial econômico superior a R$ 18 bilhões. A operação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal.

O Esquema de Corrupção

A investigação aponta que um grupo de empresas teria corrompido servidores públicos em órgãos federais e estaduais de fiscalização e controle ambiental e de mineração para obter autorizações e licenças fraudulentas.

Essas licenças eram usadas para explorar minério de ferro em larga escala em locais sensíveis e tombados, como a Serra do Curral, e próximos a áreas de preservação, gerando graves consequências ambientais e elevado risco de desastres.

Principais Envolvidos Presos ou Afastados

Entre os 22 presos e servidores afastados, destacam-se figuras-chave na administração pública e no setor empresarial:

  • Caio Mário Trivellato Seabra Filho: Diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), preso por supostamente atuar em favorecimento do esquema em troca de propina. Seabra Filho está na ANM desde 2020 e assumiu como diretor em 2023.
  • Alan Cavalcante do Nascimento, Helder Adriano de Freitas e João Alberto Paixão Lages: Líderes do esquema empresarial. Alan, autuado diversas vezes por infrações ambientais, era o coordenador geral, controlando pagamentos e operações financeiras.
  • Rodrigo de Melo Teixeira: Ex-superintendente da PF em Minas e ex-presidente da Feam (2016-2018), preso e suspeito de ser sócio de uma empresa de mineração.
  • Débora França: Ex-superintendente do Iphan em Minas Gerais, citada por supostamente favorecer os empresários.
  • Rodrigo Gonçalves Franco: Ex-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), também preso na operação.
  • Fernando Benício de Oliveira Paula: Membro do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de Minas, preso por facilitar tramitações e influenciar pareceres técnicos.

Além disso, três servidores foram exonerados após serem alvos de busca e apreensão: Fernando Baliani da Silva (diretor da Feam), Breno Esteves Lasmar (diretor do IEF) e Arthur Ferreira Rezende Delfim (diretor da Feam).

A ANM e o Iphan informaram que tomaram conhecimento da operação pela imprensa e se colocaram à disposição para colaborar com as autoridades, observando o devido processo legal.

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Fonte: ECO

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