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PIB, Câmbio e Bolsa em queda: Argentina de Milei vê Risco País disparar

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A economia argentina volta a dar sinais de fragilidade com a queda do PIB no 2º trimestre e a intervenção do Banco Central para conter a disparada do dólar, que chegou a 1.490 pesos. O cenário coincide com a maior taxa de desaprovação do governo Milei.

A economia argentina mostrou novos sinais de fragilidade em setembro, em um contexto de deterioração de indicadores macroeconômicos e crescente pressão política sobre o governo de Javier Milei.

Volatilidade Cambial e Intervenção do BC

A volatilidade voltou a dominar o mercado cambial. Nesta quarta-feira (17), o Banco Central da Argentina (BCRA) interveio diretamente pela primeira vez desde a adoção do câmbio flutuante em abril.

O BCRA vendeu US$ 53 milhões (cerca de R$ 280 milhões) para tentar conter a disparada do dólar, que atingiu 1.474,50 pesos no mercado atacadista e chegou a 1.490 pesos em alguns bancos varejistas. A operação resultou na redução das reservas internacionais do país em US$ 98 milhões, totalizando agora US$ 3,97 bilhões.

Indicadores em Queda e Risco País

A instabilidade do câmbio refletiu-se em outros indicadores importantes:

  • PIB: O Produto Interno Bruto (PIB) argentino registrou uma queda de 0,1% no segundo trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior, segundo o INDEC. No entanto, o resultado anualizado mostrou alta de 6,3%, devido a uma base de comparação baixa de 2024.
  • Risco País: O índice, calculado pelo JP Morgan, disparou nesta semana, superando os 1.400 pontos básicos pela primeira vez em um ano. Este indicador é uma medida da confiança do mercado na capacidade do país de honrar seus títulos de dívida externa.
Pressão Política

O cenário econômico desfavorável coincide com a pior avaliação pública da gestão Milei. Uma pesquisa da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, realizada entre 10 e 14 de setembro, revelou que 54% dos argentinos desaprovam o governo. A crise econômica e denúncias envolvendo Karina Milei, irmã e assessora-chave do presidente, são apontadas como fatores que pesam sobre a percepção popular.


Fonte: Revista Fórum

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