Conecte-se conosco

Brasil

Polícias do Rio explicam “Muro do Bope” em operação que resultou em 121 mortes

Publicado

em

Autoridades detalharam a tática planejada por dois meses para bloquear rotas de fuga e forçar o confronto na mata dos complexos do Alemão e da Penha. O governo descreve a ação como o maior golpe sofrido pelo Comando Vermelho desde a década de 1970

As autoridades de segurança do Rio de Janeiro detalharam a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em um total de 121 mortes: 117 de suspeitos ligados ao tráfico e quatro de agentes das polícias Civil e Militar. Além disso, foram registradas 113 detenções e a apreensão de 118 armas de fogo.

O governo estadual classifica a ação como o golpe mais significativo sofrido pelo Comando Vermelho (CV) desde sua origem nos anos 1970.

Tática do “Muro do Bope”

A estratégia central da operação, planejada ao longo de dois meses com base em inteligência, incluiu uma tática específica para bloquear as rotas de escape dos criminosos na região de mata próxima às favelas, apelidada de “muro do Bope”.

O secretário de Polícia Militar, Marcelo Menezes, explicou que a manobra envolveu:

  1. O avanço de batalhões pelas vias de entrada das comunidades.
  2. O posicionamento de tropas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na parte mais alta da Serra da Misericórdia, criando uma barreira humana (“muro do Bope”).

O objetivo era forçar os alvos em direção à vegetação densa e concentrar os confrontos longe de residências, visando proteger os moradores. Menezes afirmou que a maior parte dos confrontos se deu na área de mata, que teria sido uma “opção dos marginais”.

Defesa da Letalidade e Vítimas

O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, reforçou que direcionar os embates para a mata foi uma escolha deliberada para minimizar riscos a civis, o que resultou em “um dano colateral pequeno, quatro pessoas feridas inocentes feridas, sem gravidade”.

Santos alinhou-se ao governador Cláudio Castro (PL) ao afirmar que as únicas fatalidades entre não criminosos foram os quatro policiais. Para justificar a classificação das 117 vítimas como integrantes do tráfico, o secretário argumentou que era “difícil ter alguém que não estava a serviço do tráfico naquela mata fechada”, especialmente portando roupas camufladas ou colete balístico, concluindo: “Por isso, temos a base para dizer que os 117 mortos são criminosos.”

Publicidade


Com informações: Revista Fórum

Publicidade

Em alta

Copyright © 2021-2025 | Fato Novo - Seu portal de notícias e informações imparciais.