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Distrito Federal

População cobra solução para saga sobre a expansão do metrô no DF

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Os benefícios do serviço incluem economia de tempo, dinheiro e menos estresse. Sem contar a segurança, que é maior. Porém, a expansão do metrô engatinha, e os especialistas alertam: é uma das infraestruturas mais caras para colocar em prática

Inaugurado em 2001, o Metrô do Distrito Federal foi implantado com o objetivo de melhorar a mobilidade de regiões com grande densidade populacional, como Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, que têm um grande volume de deslocamento para o Plano Piloto. No trajeto, de 42,38km de extensão, os 160 mil usuários passam, além das regiões administrativas citadas, pela Estrada Parque, Águas Claras, Guará, Asa Sul, até chegar à Rodoviária do Plano Piloto.

Com o passar dos anos, porém, aumentar a oferta de transporte público tornou-se uma necessidade.De 2001 a 2022, a população do DF cresceu 28%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso do metrô, a expansão manteve-se estagnada durante 15 anos, considerando que, em 2008, a companhia iniciou os estudos técnicos para abertura de licitação para construção do trecho Asa Norte e ampliação da via em Samambaia e em Ceilândia. Porém, somente este ano os processos tiveram andamento.

“Não havia expansão da linha nem inauguração de novas estações. A partir de 2019, a despeito da pandemia e das inúmeras ações sanitárias realizadas no sistema para a proteção da população, três novas estações foram entregues aos usuários e iniciados os processos para a expansão para Samambaia e Ceilândia”, explicou Handerson Cabral, diretor-presidente do Metrô-DF. A companhia destaca que mudanças no sistema de bilhetagem, com a possibilidade de uso de cartões de crédito diretamente nos bloqueios, também foram implementadas, a fim de reduzir filas.

De acordo com informações da companhia, a licitação da expansão de Samambaia foi concluída e o contrato assinado. “Neste momento, o Metrô-DF aguarda os projetos técnicos, que serão elaborados pelo consórcio contratado, para o início das obras. A previsão é que as obras durem quatro anos”, diz a nota. A estimativa é beneficiar cerca de 10 mil pessoas. “Também foi iniciado o processo de licitação para a expansão em Ceilândia, que deve beneficiar 12 mil pessoas. A companhia está realizando mudanças, a fim de adequar o edital às recomendações do Tribunal de Contas do DF”, completa a nota.

Expansão

Moradores das RAs da parte norte do DF, no entanto, não têm a mesma sorte. A promessa de ampliação é antiga e nunca foi colocada em prática. De acordo com a companhia, a expansão da linha 1 do Metrô-DF, no trecho da Asa Norte, que trata da construção da Estação do Trabalhador, foi sugerida no Plano Plurianual (PPA 2024/2027) do DF. Questionada sobre a ampliação em Sobradinho e Planaltina, a empresa não respondeu até a publicação desta edição.

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Para quem não pode contar com veículos individuais, resta enfrentar os ônibus e, para alguns, o transporte pirata. Em uma parada da Asa Norte, Elba Sales, 56 anos, aguardava pelo coletivo que a levaria para Sobradinho. Em horários de pico, o trajeto costuma durar uma hora. “Se houvesse metrô, com certeza, eu economizaria mais tempo e poderia descansar melhor”, comentou a copeira, que trabalha na Asa Sul e no Lago Sul. Aos fins de semana, quando visita a mãe em Ceilândia, Elba opta pelo metrô. “Levo mais de meia hora para chegar.”

O engenheiro civil Pastor Willy Taco, mestre em transportes urbanos pela Universidade de Brasília (UnB), explica que a maior dificuldade para a expansão do metrô no DF consiste na gestão política da região e na necessidade de investimentos para reconstruir as linhas existentes. “Uma obra como essa requer muito investimento e demoraria anos para ser finalizada, por também estarmos falando de linhas que existem. É um tipo de infraestrutura que vai precisar de alguma forma de subsídio, então, seria um ponto fundamental haver uma política do DF em conjunto com o governo federal”, explicou.

A massoterapeuta Natália Carvalho, 35, mora em Planaltina, e duas vezes por semana se desloca para o Park Sul, no Guará, para realizar seus atendimentos. No total, leva pouco mais de uma hora e meia para chegar ao destino. Somente no ônibus em direção ao Plano Piloto, gasta uma hora, quando não há congestionamento. “Com metrô em Planaltina, acredito que gastaria uns 40 minutos para chegar ao trabalho. Seria uma economia de tempo enorme”, afirma.

Desafios

Segundo Zuleide Feitosa, doutora em transportes e pós-doutora em políticas públicas de transportes, o DF não pode estar sozinho para atender à demanda da expansão de linhas. “É importante que todos os estados próximos ao DF, ou seja, Goiás, Bahia e Minas Gerais, façam uma política de proximidade e discussões sobre o tema, a fim de que o metrô beneficie as RAs, pois muitas delas são próximas desses estados.”

“Nós entendemos que os moradores das RAs mais afastadas do Plano Piloto estão sofrendo e passando por várias necessidades de deslocamento, porque a infraestrutura não oferece viabilidade. Fica claro que a política pública ainda não se incomodou com essa necessidade da população.”

O entrave na expansão do metrô, para Artur Moraes, também doutor em transportes, é financiamento, pois a infraestrutura desse transporte é muito cara. “Seria mais interessante investir, inicialmente, em corredores de ônibus, que são mais baratos. É algo progressivo, pois, a partir do momento em que o corredor de ônibus não suprir mais as necessidades da comunidade, deve-se focar no metrô”, defendeu.

Para ocorrer a expansão do metrô, seria viável aumentar a quantidade de trens. “Por questão de segurança, há locais em que não se pode ter dois comboios no mesmo trecho. Para ampliar essa quantidade, deve-se reduzir o tamanho desse trecho, demandando outro sistema de sinalização, que diminua o tempo entre as composições. Daí a importância da remodelação”, analisou o especialista.

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Compromisso

Existe um Termo de Compromisso entre o Ministério das Cidades e o GDF para a modernização do sistema de energia do Metrô-DF, no valor de R$ 53 milhões. Além disso, existe a proposta de expansão de Samambaia, que está em fase de contratação com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Serão 3,6km a mais e duas novas estações, ao custo de R$ 350 milhões.

Por fim, existem duas propostas apresentadas no processo seletivo do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A construção da estação Onoyama e o apoio aos sistemas de sinalização e telecomunicações das expansões de Samambaia e Ceilândia. Essas propostas ainda estão sendo avaliadas pelo Ministério das Cidades.


Fato Novo com imagem e informações: Correio Braziliense

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Novos beneficiários do “DF Social” têm até o dia 17 para abrir conta no BRB

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Mais de 3 mil famílias precisam verificar se foram contempladas no site do GDF Social e abrir conta pelo aplicativo BRB Mobile

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) selecionou 3.422 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até 18h do dia 17, próxima terça-feira.

Aqueles que não fizerem o procedimento no prazo estabelecido terão que aguardar nova rodada de contemplação. ‌A abertura da conta social deve ser realizada pelo aplicativo BRB Mobile. Basta seguir o passo a passo neste link.

Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site GDF Social e confirmar se está entre os beneficiários. No portal, em Consulta DF Social, é necessário informar CPF e data de nascimento do responsável familiar, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparece mensagem na tela informando se a pessoa está ou não na lista de contemplados.

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Distrito Federal

Agências do trabalhador têm 849 vagas abertas nesta quinta-feira (12)

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Oportunidades são para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência; salários chegam a R$ 3,4 mil

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta quinta-feira (12), 849 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 3,4 mil.

Dois postos oferecem a remuneração mais alta: serralheiro e soldador, ambos em Ceilândia. Há uma vaga aberta para cada um deles. Nos dois casos, não há exigência de escolaridade mínima nem de experiência prévia.

Já o cargo com mais vagas abertas é o de auxiliar de limpeza, no Guará. São 60 oportunidades, todas exclusivas para pessoas com deficiência. É preciso ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência. O salário é de R$ 1.629,62.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).


*Agência Brasília

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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